Homenagem a Frei Rovílio

Por Paiva Netto | 22/06/2009 | Sociedade

Desde menino, com as histórias contadas pelo meu saudoso pai, Bruno Simões de Paiva — que na mocidade andou pelos pampas —, nutro carinho especial pelo Rio Grande do Sul. Na maturidade, a graça divina premiou-me com um filho nascido neste rincão. Povo hospitaleiro, ofertou-me amizades leais. Uma delas, o professor, escritor e editor Frei Rovílio Costa, deixou-nos no sábado, 13/6. Seu amor pelos pobres e zelo com o desenvolvimento da cultura sempre nos acompanharão. Caro amigo, receba, onde estiver, pois os mortos não morrem, as minhas sinceras homenagens e da Legião da Boa Vontade. Sua vida prossegue em novos pagos e que, do seio do Criador, suas obras continuem a nos inspirar. Deus o abençoe!

 

É urgente reeducar!

No próximo 4 de julho, ocorre, em diversas regiões do país e no exterior, a conclusão do 34o Fórum Internacional da Juventude Ecumênica Militante da Boa Vontade. O tema por eles escolhido foi “É urgente reeducar”, título de página de minha autoria, constante do editorial de “Sociedade Solidária”, encaminhada pela LBV à ONU, em diversos idiomas, a partir de 2000, como modesta contribuição para a vivência pacífica dos povos.

Esses jovens solicitaram-me que publicasse extratos do documento que norteou o estudo deles. Com muita honra, dentro do possível, os atenderei:

 

Cuida do Espírito, reforma o Ser Humano. E tudo se transformará.

É de Aristóteles (384-322 a.C.) o ensinamento:

“Todos quantos têm meditado na arte de governar o gênero humano acabam por se convencer de que a sorte dos impérios depende da educação da mocidade”.

Tem razão o estagirita.

Educação e cultura com espiritualidade ecumênica para o povo, desde o ensino básico, destacam-se entre as preocupações antissectárias maiores da Legião da Boa Vontade, ao lado de sua aplaudida promoção humana e social (...). Aliás, na verdadeira democracia — que deve ser entendida e vivenciada como o regime da responsabilidade — todos têm direito à liberdade de expressão, manifestado com o necessário bom senso e sentido de dever, alcançado com o amadurecimento espiritual, ético, portanto, democrático. E mais: o direito ao trabalho, à segurança, à saúde, à alimentação, ao lazer (alegria sem baixaria). Tudo isso com a indispensável espiritualização do sentimento, em qualquer estágio histórico do progresso das nações.

No ensino reside a grande meta a ser atingida, já! E vamos mais longe: somente a reeducação, até mesmo dos educadores, como recomendava o jornalista, radialista e poeta Alziro Zarur (1914-1979), é capaz de garantir-nos dias de prosperidade e harmonia.

        

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@uol.com.br — www.boavontade.com