hoje I

Por kelton medeiros | 11/05/2017 | Poesias

Hoje foi um dia comum, ou seja, estive no olho do furacão, como um móbile, e dançei como um bebê de seis meses ao ver os raios do sol. Pode parecer exagero, mas nem de longe isso é tudo do que poderia contar, não que me intimide, simplemente há um limite semiológico entre o que sinto e como represento.

De resto comi pipoca e comi maçã, minha ceia tradicional

hoje foi divertido, embora tenha morrido em alguns momentos

amanhã contudo, ressucitarei e novamente estarei em pleno voo

 

Olhando para traz pode parecer que manhã, tarde e noite possuem uma inicidade, mas são um contínuo tanto quanto passado, presente e futuro, ou seja, as vezes nunca.

 

Sem dúvida isso está mais para crônica do que para poema, mas como crônica seria menos entendido do que em versos, pois que estes são semelhantes a arquitetura gótica, um tipo de geometria que se impõe por curvas e circunferências.

 

A rigor, falamos de diários, como fazer o diário do começo dos tempos:

faria sentido no primeiro dia escrever: "no começo eram..."?

Talvez, de certo que cosmologia e cosmogonia são duas formas de racionalizar o que há de mais sensível.

Como dizia Nietzche a ciência é uma ficção.