HISTÓRIA GLOBAL E MICRO HISTÓRIA

Por FRANCISCO CARLOS DE OLIVEIRA | 23/01/2015 | História

TEORIA E METODOLOGIA DA

HISTÓRIA I

INTRODUÇÃO

 

Nossa discussão se insere no contexto conceitual da chamada “História Global” e “Micro História”, buscaremos mostrar dentro deste trabalho os pontos de aproximação e distanciamento entre os conceitos e pensadores, que discutiram este tema.

Sabemos, entretanto que como nosso trabalho se baseia na obra de Reis (2006), parte dos conceitos e pensamentos aqui contidos muito embora citadas as fontes tenham o pensamento do autor colocado de forma bem forte e presente. Dentro desta sistematização iremos discorrer sobre os conceitos de Descartes, que estão próximos da micro história pela forma como visa fragmentar o todo em partes para melhor compreensão.

HISTÓRIA GLOBAL E MICRO HISTÓRIA

Sabemos que ao longo da história existirão diversas formas de se pensar e registrar o que definimos como história, muito embora estejamos embasados na obra de Reis, que por sua vez discute o conceitos, baseado na Escola de Annales, um movimento historiográfico que se constitui em torno do período acadêmico. Este movimento tinha por objetivo dar um passo a mais que a visão positivista do contexto social e cultural de uma época deixar que história seja contada por acontecimento de longa duração com objetivo de mostrar dentro da ciência sociais o contexto histórico. A história global pode ser definida segundo Foucault:

O projeto de uma história global é o da restituição do conjunto de uma

civilização, do principio de uma sociedade, da significação comum a.

todos os fenômenos de um período, da lei que dá conta de suas coe-

sões, do rosto de uma época”.

 

Já o conceito de micro história esta diretamente relacionado à fragmentação da história e é uma adaptação às mudanças da histórico-sociais do século XX, pós-estruturalista, segundo nos diz Reis(2006). Agora, com ambos os conceitos, podemos discutir a forma de pensar e escrever a história, dentro de cada segmento. Dentro da Visão antológica da história global, o que temos é a abstração da filosofia, que tida como ciência, raciocínio lógico ou razão; sempre buscou universalizar os conceitos, por este motivo o direcionamento ao todo. Porém, como nos cita Reis (2006), a contextualização não esta dentro do ramo ou área de atuação das ciências-sociais, pois a filosofia e os filósofos, tem um direcionamento diferente ao que tange questão do tempo e espaço, buscam somente universalizar e a questão sob a ótica da filosofia segue seu curso.

Procurando problematizar a questão da micro história, iremos perceber que a ciência, busca desconstruir, conceitos filosóficos baseados em abstração e direcionar a discussão as partes, ou melhor dizendo, ao tudo, que por sua vez irá mostrar o todo, só que dentro de cada área segundo Foucault:

Ela pretende articular essa séries divergentes em uma história geral,

isto é, em totalidades parciais, séries de séries, quadros de quadros”.

 

CONCLUSÃO

Não se pode conhecer cientificamente o todo, só as partes segundo Reis(2006), se olharmos pela visão de Dosse, o que ocorre na verdade, não é uma avanço, com relação ao pensamento desenvolvido pela escola Annales, é justamente o inverso. Agora, sabemos que o todo quando dividido em partes, fica mais simples de entender absorver os conceitos e compor uma visão geral, então a forma como a história é contada dentro de cada segmento, tem uma conotação diferente, pois na visão global não se consegue chegar ao conceito final de forma uniforme segundo nos diz Reis (2006), é impossível ou inalcançável. Já a micro história conta os fatos de cada série, o que invariavelmente para compreendermos é mais fácil.

Poderíamos encerra nossa discussão neste ponto, não fosse o fato da forma como Descartes desenvolve sua sistematização, que esta a nosso ver dentro da micro história, ou seja, dividir os problemas em níveis menores, reduzir a problematização, tornando com isso a compreensão, ou melhor colocando, a forma de analisar as questões em menores proporções, fica mais fácil chegar a uma conclusão e consequentemente ir subindo o nível de problematização até construir a resposta do todo.

 

BIBLIOGRAFIA

 

REIS, José Carlos. História & Teoria: historicismo, modernidade, temporalidade e verdade \ José Carlos Reis – 3. Ed. – Rio de Janeiro : Editora FGV, 2006. 248p

http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_dos_Annales Acesso:(09/09/2011)