HISTÓRIA DO PROJETO DE LEI ORGÂNICA DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA: O "ANIMUS" DO DELEGADO BADA E O DESTINO DO DELEGADO KOCH – PARTE XIII (Felipe Genovez)

Por Felipe Genovez | 18/01/2018 | História

Data: 27.04.2015, por volta das quinze horas, estava na DRP/Criciúma para ouvir o Delegado "Bada" (José Castro, irmão do Delegado "Beto" (João Castro). Logo que chegou para ser ouvido como testemunha numa sindicância, pude perceber que não era mais aquela pessoa que transmitia a alegria de outrora (especialmente nos tempos que era Delegado Regional de Lages e Diretor de Polícia do Interior), pois parecia meio amargo e distante. Depois de concluir sua oitiva procurei puxar assunto sobre a importância da "lei orgânica". "Bada" argumentou que estava desiludido com tudo na Polícia Civil, não tinha mais esperanças como antigamente. Perguntei como estava se sentido em Criciúma e se sua "Jô" tinha se adaptado à cidade. "Bada" respondeu afirmativamente e, sem demonstrar muita animação sobre assuntos institucionais, foi falando que qualquer projeto tinha que passar pelo governo, dando a entender que era preciso uma "abertura". Imediatamente emendei, dizendo: "Ah, sim um alinhamento dos astros". "Bada" sorriu dando a entender que eu tinha achado a frase certa para a ocasião. Pensei comigo: "Como tenho puxado essa frase do alinhamento dos astros, mas funciona". Aproveitei para falar um pouco sobre o futuro alinhamento dos astros que imaginava deverá ocorrer no ano de 2018, lembrando que o último foi na época que Leoneu Pavan assumiu o governo por oito meses e que Maurício Eskudlark, André Mendes da Silveria, Renato Hendges, Ademir Serafim e Magali Ignácio não souberam aproveitar. Argumentei que 2018 estaria chegando, e que era  preciso termos um único projeto para a ocasião, que a lei orgânica tinha que ser tralhada desde já... "Bada" investiu novamente para dizer que está pensando em se aposentar, ir embora e que estava muito descrente das coisas. Cheguei a pensar que talvez fosse em razão do processo disciplinar que estava respondendo e que remontava à época que era "Super Diretor de Polícia do Interior". "Bada" fez questão de dizer que era meu "seguidor"... No final da conversa "Bada" perguntou se ficaria à noite em Criciúma e entendi que era um convite para nos encontramos. Lamentei já que iria retornar em seguida para a Capital. 

Em contraposição a esse estado de "animus", já de saída, isso por volta de dezessete horas e cinco minutos, quando estava deixando a Delegacia Regional de Criciúma encontrei o DRP Jorge Koch que veio me dizer que vai seria candidato a Prefeito de Orleães, que pretendia nos dois primeiros anos optar pela remuneração de Delegado de Polícia para assegurar os subsídios de Delegado Especial e, depois, isto sim, receber salários de prefeito. Fiquei impressionado com a convicção de Jorge que já se investia do cargo de prefeito, como se já estivesse eleito. Não duvidei dessa sua proeza, só que fiquei pensando como a Polícia Civil está encolhendo, como os Delegados estão pensando em irem embora.