HISTÓRIA DO PROJETO DE LEI ORGÂNICA DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA: "DELEGADO 'TONINHO': DOMÍNIOS DA ADEPOL E O FEEDBACK DO DELEGADO YGOR SIQUEIRA" - PARTE XLIX (Felipe Genovez)
Por Felipe Genovez | 16/02/2018 | História
DATA: 12.12.2016, Por volta das dezoito horas e trinta e cinco minutos cheguei na Diretoria de Polícia do Interior na cidade de Curitibanos e o Delegado Toninho (Diretor) parecia que estava me aguardando sempre com aquele seu velho frescor no trato amigo. Acabei reprisando toda a conversa que tive com o Delegado Luiz Ângelo horas antes na DPCAMI/Lages. Na minha presença o Delegado Toninho duvidava que o Delegado Ulisses não seria mais candidato à reeleição à presidência da Adepol (de certa forma me lembrou o que sempre me disse sobre o Delegado-Geral Nitz deixar o cargo), passou a mão no telefone e entrou em contato com o Delegado Ygor, DRP de Videira para perguntar se tinha ouvido durante a assembleia-geral da Adepol na cidade de Gaspar alguma coisa nesse sentido. Fiquei ouvindo em silêncio a conversa enquanto o Delegado Toninho falava ao telefone com seu interlocutor (Delegado Ygor): “.Tu sabias que o Ulisses tá indo para a Corregedoria do Sul, que o Bermudez está indo para a Corregedoria da Capital? É, o Ulisses falou alguma coisa lá que não iria ser mais candidato à reeleição?” Durante a pausa para ouvir o interlocutor o Delegado Toninho me fitava e ao mesmo tempo repetia as palavras do Delegado Ygor, tipo assim: “Ah, sim, ele falou sobre o sindicato, sobre aquele doido do T., não foi aprovado os três anos de mandato sem direito à reeleição, sim, falou alguma coisa sobre a lei orgânica? Ah, falou pouco. Olha aqui, eu tô lançando um nome de um Delegado para substituir o Ulisses na Presidência da Adepol. Sim, tô lançando um nome, é o Felipe Genovez, o que tu achas desse nome?”; (...); “Não, não ele não é oposição ao Ulisses, ele é da chapa do Ulisses”; (...); “Ah, sim, concordo, ele tem bagagem...”. Depois que encerraram a conversa o Delegado Toninho fez questão de dizer: “Felipe, eu tenho todos esses Delegados Regionais na minha mão, eles vão todos comigo. Ele disse que tu tens bagagem. Tu vais querer sair candidato?” Os mesmos argumentos que expendi ao Delegado Ângelo repassei para Toninho, vaticinando: “Quem apoiou os subsídios que se candidate porque agora vai começar o jogo. Até agora foi só treinamento. O Ulisses se saiu bem nesse treinamento, mas só que agora vão começar os embates, os Delegados vão querer alguma coisa de impacto, não água com açúcar. E aí eu quero ver como é que vai ser. Imagina, quem apoiou os subsídios que vá consertar essa m. que fizeram. Eu acredito que foi por isso que Ulisses estaria querendo cair fora porque ele sabe que agora vão começar as cobranças, os desgastes, a provação”. O Delegado Toninho deu a nítida impressão que também entendeu meus argumentos (a exemplo do Delegado Luiz Ângelo), sem saber quem será o nome para assumir a Adepol. Conversamos sobre o Delegado L. em razão de uma sindicância que estava presidindo e o Delegado Toninho de início teceu fortes críticas contra o mesmo, no entanto, depois amoleceu, especialmente quando percebeu minha posição de flexibilizar. Comentei que o Delegado-Geral Nitz falou bem do Delegado L. e nisso o Delegado Toninho bradou: “Mas também, o Nitz é um louco, uma hora diz uma coisa outra hora diz outra coisa”. Insisti que estava avaliando tudo com muito critério. No final da conversa argumentei que se os Delegados não fizessem a sua parte nós não iríamos ter projeto algum para o final do ano de 2017 ou 2018 e mais uma vez correríamos o risco de perdermos o bonde da história. Acertei como Delegado Toninho na quinta-feira à noite jantarmos juntos na mesma pizzaria para continuarmos nossa conversa.