História da Estimulação Magnética

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História da estimulação magnética

A primeira estimulação magnética do sistema nervoso foi realizada no final do século XIX por um médico e físico chamado d'Arsonval(1896). Ele apresentou para a Sociedade de Biologia de Paris o relato da percepção de fosfenos (termo utilizado para os flashes de luz "vistos" ou percebidos visualmente por um indivíduo) quando um campo magnético era aplicado à cabeça da pessoa. Poucos anos depois, em 1902, Berthold Beer também relatou fosfenos induzidos por um campo magnético aplicado à cabeça. Ao que parece, estas sensações surgiam devido à estimulação direta da retina e não à uma estimulação central.

Bickford e seus colaboradores, em 1987, parecem ter sido os primeiros a observar elevações transitórias do humor em pacientes voluntários recebendo estimulação magnética de pulso simples no córtex motor.

Em 1992, a equipe do professor Alvaro Pascual-Leone, estudando a possibilidade da estimulação magnética ser útil para pacientes com doença de Parkinson (eles apresentavam uma melhor resposta motora e um aumento na velocidade de resposta, ou seja, uma diminuição da acinesia), observou também que dois pacientes portadores de Parkinson com depressão apresentaram melhora do humor após as estimulações.

Hoflich e colaboradores publicaram no ano seguinte, 1993, o primeiro relato de dois casos de depressão maior resistente às medicações nos quais foi utilizada a estimulação magnética.

A seguir houve uma verdadeira explosão de estudos utilizando a estimulação magnética. a aprovação do tratamento pela Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos em 8 de outubro de 2008, foi um marco extremamente importante na história da estimulação magnética que demonstra o reconhecimento da importância desta técnica no armamentário psiquiátrico moderno.

Marina Odebrecht Rosa, MS, MD (Psiquiatra e pós-doutoranda pela Universidade de Columbia/NY).

Moacyr Alexandro Rosa, PhD, MD (Psiquiatra e pós-doutorando pela Universidade de Columbia/NY).

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