Hiperatividade e a sua relação com a Ritalina

Por Vinicius D' Amato Vaz | 01/02/2016 | Saúde

Criança com sintomas de TDAHO mundo e o avanço tecnológico não alteraram somente os adultos. Muitas crianças sofrem com isso, praticamente em silêncio, ou em forma de muita bagunça e agitação. Alguns pais não conseguem saber o motivo do filho andar tão hiperativo e também com déficit de atenção, e pensa que é só preguiça de encarar a escola a sério ou julgam a criança de irresponsável (mesmo em idades baixas).

Mas também há os pais que suspeitam logo do TDAH, que é o déficit de atenção e a hiperatividade juntos. As crianças com este transtorno têm dificuldade na alfabetização e um comportamento desatento e a inquietude motora. Geralmente, quando diagnosticada corretamente, a doença acompanha a pessoa da infância ao resto da vida. Ocorre em cerca de 3% a 5% da população de crianças do Brasil, e cerca de 4% dessa doença acompanha os adultos até a fase madura. Essa doença também atinge mais os meninos do que as meninas, na proporção de 2:1 em crianças e 1,6:1 em adultos.

Quando levadas ao médico, as crianças na maioria das vezes são diagnosticadas com o TDAH, e muitas vezes, o diagnóstico não é concreto, mas pode ser identificado a partir dos 6 anos, ou até mesmo antes, quando se inicia a vida escolar da criança. O distúrbio deve ser identificado por vários uma equipe de profissionais multidisciplinares, como psiquiatras e neurologistas, além de professores e os pais da criança.

O medicamento mais utilizado no tratamento desse distúrbio é a Ritalina. Bastante consumida no Brasil, a elevação na aquisição desse remédio chama a atenção de especialistas, que condenam o uso sem restrição. A Ritalina deve ser utilizada em crianças que tiveram o diagnóstico comprovado de TDAH, o que muitas vezes não acontece, e a criança acaba sendo medicada por um diagnóstico precoce.

Como diagnosticar o TDAH

As crianças podem apresentar o TDAH com os sintomas como a hiperatividade (a inquietude motora), desatenção e a impulsividade. Dependendo do nível de cada um, este déficit pode ser classificado em três subtipos.

A apresentação combinada (se os critérios de desatenção e hiperatividade são preenchidos nos últimos seis meses); predominantemente desatento (se os critérios de desatenção são preenchidos nos últimos seis meses, mas a hiperatividade não); e por último predominantemente hiperativo impulsivo (quando os critérios de hiperatividade são preenchidos nos últimos seis meses, mas a desatenção não são).

Para cada critério ser preenchido, as crianças precisam apresentar seis ou mais sintomas, já os adolescentes com mais de 17 anos e adultos até cinco sintomas para serem classificados dessa forma. Além disso, o TDAH pode atingir em três intensidades: leve, moderada e grave (em que vários sintomas estão presentes, mais do que os necessários para fazer o diagnóstico).

Outros sintomas devem ser observados, tanto nas crianças quanto nos adultos. Porém para começar a seguir o tratamento correto, deve consultar um psiquiatra para fazer a primeira avaliação e então seguir a orientação médica.

Ritalina no TDAH

Questionada por muitas pessoas, a Ritalina ainda é o medicamento mais prescrevido por médicos que diagnosticam a TDAH. Os estimulantes presentes no medicamento aumentam a liberação de dopamina (importante neurotransmissor precursor natural da adrenalina) em determinados circuitos do sistema nervoso central, ajudando a corrigir o funcionamento deficitário e auxiliando no controle da hiperatividade. Ele também auxilia na melhora da concentração e diminuição da desatenção.

Este porém não é o único tratamento do distúrbio. A prática de atividades físicas podem aliviar a hiperatividade – já que a pessoa terá onde extravasar toda a inquietude – e também evitar que a Ritalina cause dependência, já que um número grande de jovens e adultos usam este medicamento indiscriminadamente e sem prescrição médica.