Hiperatividade: barreiras e possibilidades vivenciadas e o papel do psicopedagogo.
Por Mara Nascimento | 30/10/2014 | EducaçãoINTRODUÇÃO
Este artigo intitula-se “Hiperatividade: barreiras e possibilidades vivenciadas e o papel do psicopedagogo”, objetivando identificar os desafios enfrentados por professores ao lidarem com crianças hiperativas. Observando-se a necessária atuação do psicopedagogo, visto que este profissional, entre outras possíveis atribuições, levanta dados da rotina do aluno, observando rendimento escolar, interesse, comportamento em sala, bem como, relacionamento com o professor e com as outras crianças.
Um aluno com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), geralmente, não coopera, não para quieto, está sempre em movimento, manipulando objetos e, ainda, vale ressaltar que a impulsividade e inquietude aumentam as chances de brigas e acidentes no âmbito escolar. Nesse sentido, compreende-se que não é fácil lidar com elas.
A criança com Déficit de Atenção muitas vezes se sente isolada e segregada dos colegas, mas não entende por que é tão diferente. Fica perturbada com suas próprias incapacidades. Sem conseguir concluir as tarefas normais de uma criança na escola ou em casa, a criança hiperativa pode sofrer de estresse, tristeza e baixa autoestima.
A partir da problemática exposta surgem questões que nortearam essa análise, englobando o que realmente é Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Quais suas causas, quais procedimentos são tomados pelos profissionais que atendem essas crianças, como a escola pode auxiliar no desenvolvimento destes educando, bem como qual o papel do psicopedagogo qual a relevância da percepção diagnosticada da hiperatividade.
Para a execução deste trabalho foi feito levantamento do referencial teórico pertinente ao tema buscando informações quanto à definição e histórico da Hiperatividade, particularidades da relação professor com este aluno, ressaltando as dificuldades, assim como, problemas da hiperatividade na escola.
TDAH: DEFINIÇÕES E ASPECTOS HISTÓRICOS
Muita ansiedade, euforia e distração pode significar mais do que simplesmente conduta inadequada, indisciplina, falta de educação ou uma fase passageira. Este tipo de comportamento deve ser observado com atenção, pois pode significar que a criança sofre de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Este transtorno é crônico e apresenta falhas nas funções responsáveis pela atenção e memória.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, mais conhecido como TDAH [...] é um problema de ordem neurológica, juntamente com inquietude, desatenção, falta de concentração e impulsividade. Esses diagnósticos só devem ser feitos por profissionais capacitados para a criança não ser rotulada erroneamente. (BARROS www.brasilescola.com.2013.)
Em um apanhado geral, o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é uma síndrome, um conjunto de sintomas neurológicos e que possui características que mostram atenção debilitada, impulsividade verbal, motora e social e hiperatividade.
O distúrbio de déficit de atenção e hiperatividade o TDAH, é uma síndrome diagnosticada com mais frequência em crianças na idade escolar e encontra-se entre as melhores pesquisas de todas as desordens psicológicas infantis. (SAUVÈ; 2009:13).
Segundo BENCZICK (1999:81), o TDAH é um problema de saúde mental que tem como características básicas desatenção, agitação e impulsividade, podendo levando dificuldade de relacionamento, de ordem emocional, apresentando baixo desempenho escolar. O Dicionário de Saúde Mental atual, DSM IV, subdivide o em três tipos: TDAH com predomínio de sintomas de desatenção; TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade e TDAH combinado.
Informações sobre a história da hiperatividade demonstram que por muito tempo ela foi vista como uma inquietação e julgada como danação. THORLEY (apud WEISS, 1999:13) comenta que no final do século XIX esta síndrome foi descrita na literatura médica por termos, tais como “idiotas loucos, insanidade impulsiva e inibição defectiva”. Segundo BARKLEY ( apud BENCZIK, 2002:38), o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade estava relacionado “à maneira como as crianças aprendiam a inibir seu comportamento”.
Na atualidade, a Medicina tem promovido estudos para obter mais entendimento e, inclusive, primando pela necessidade da criação de vínculo afetivo e de confiança, pois estes vínculos podem ser determinantes para a compreensão e concepção da indisciplina e seus motivos. Houve estudos em áreas tais como a Psicologia e a Psiquiatria que estudam o comportamento da criança para entender suas atitudes, com o intuito de amenizar o comprometimento psicológico do aluno.
Quanto ao tratamento do transtorno, há muita controvérsia sobre o assunto. Há especialistas que defendem o uso de medicamentos estimulantes, antidepressivos e terapias, enquanto outros que afirmam que a Hiperatividade é um transtorno social. E que a pessoa deve aprender a lidar com ele sem a utilização de medicamentos. De qualquer forma, caso não seja detectado e a criança não for tratada de alguma forma desde cedo, na fase adulta terá sintomas de falta de atenção, falta de concentração e deficiência na organização de ideias e tudo isso dificultará o aprendizado e também sua relação no meio social e profissional.
POSSÍVEIS SINTOMAS E CAUSAS
A origem do TDAH pode ser genética e pode também ter como fatores influências externas tais como traumas inclusive cerebrais, infecções, desnutrição, dependência química dos pais. Pode ser percebida desde a gestação quando o bebê se mexe com muita frequência, ou no seu desenvolvimento, até os sete anos de vida.
A associação Psiquiátrica Americana usa este diagnóstico médico desde a década de 1980 para descrever uma síndrome de dificuldades emocionais e comportamentais que apresenta como características centrais níveis extremos de impulsividade, falta de atenção e atividade motora. (O`REGAN, 2007:31).
Apesar de todo o estudo realizado para tentar descobrir as possíveis causas do transtorno de déficit de atenção com hiperatividade, elas ainda continuam desconhecidas. Existindo muitas hipóteses, apoiadas por evidências, focalizadas em alguma anormalidade de funcionamento cerebral e genética, mas, nenhuma responde com cem por cento de certeza em todos os casos.
Os sintomas da hiperatividade aparecem acompanhados, principalmente, pela baixa capacidade de manter a atenção, que é chamado Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA). No geral, os sintomas compreendem: o humor passa da raiva para a tristeza rapidamente, apresenta dificuldade de foco de atenção, que leva a criança a passar de um estímulo a outro, não conseguindo focar a atenção em um único tópico. O hiperativo dá a impressão de que é desligado, mas, na verdade, está ligado em tudo ao mesmo tempo, não conseguindo concentrar-se em um único estímulo. Pouca tolerância à frustração, problemas com organização de modo geral, podem provocar conflitos apenas para satisfazer essa necessidade de estímulo, meso que inconscientemente e também há tendência ao isolamento e à solidão. A ansiedade leva o hiperativo atacar com palavras grosseiras que ferem os demais. Desde os primeiros passos, ou seja, á medida a criança se desenvolve chama a atenção pelas excessivas suas peraltices.
APREDIZAGEM ESCOLAR DO ALUNO HIPERATIVO
Segundo VIGOTSKY (2003:23), a dificuldade escolar é um dos problemas mais comum na vida da criança hiperativa, essa sintomatologia leva a criança a não conseguir realizar suas tarefas e não acompanhar o ritmo da turma.
Tendo como consequência de sua incapacidade de satisfazer as exigências na sala de aula, algumas crianças tornam-se deprimidas e retraídas, enquanto outras se tornam irritadas e agressivas. Esses comportamentos são geralmente encarados como desajustados e trazem conseqüências negativas tanto no campo social, como na aprendizagem. (GOLDSTEIN, 2002:18)
Partindo-se da experiência profissional docente é possível afirmar que alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem têm potencial mas podem enfrentar impedimento em alcançar um desenvolvimento satisfatório, enfrentando, inclusive, preconceito e discriminação, pois, falta conhecimento ou mesmo compreensão por parte do meio escolar.
Uma criança pode ter TDAH, mas não possuir dificuldades de aprendizagem, ou ter dificuldades de aprendizagem, mas não apresentar TDAH. Alunos com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, com o apoio e intervenções adequados, podem ter sucesso escolar, até com destaque.
Para compreender a hiperatividade, é necessário conhecer a criança hiperativa; como funciona o seu desenvolvimento, quais as características apresentadas como conseqüência desse distúrbio, e como ela se diferencia das crianças normais. O inicio da vida de uma criança é marcado por um forte predomínio da vertente afetiva, marcado pela necessidade especial, de carinho, apoio e reconhecimento, necessidade de respostas afetiva dos outros, que inclui o reconhecimento, o desejo de afeto dos pais e dos outros, necessidade de conseguir e obter satisfação pela realização e aumento da auto-estima. (BARBOSA, 2005: 24)
O que impede o aluno hiperativo a aprender é a falta de atenção e a dispersão que ele apresenta, e, nesse sentido, em relação à aprendizagem seus problemas grande dificuldade para transformar suas ideias em ação, para se fazer entender ou explicar seu ponto de vista e falta de iniciativa. . Para esta criança o ambiente da sala de aula é complexo, atarefado e ela não consegue controlar-se, apresentando dificuldade em completar tarefas e em desempenhar funções ou habilidades específicas, acabando por não conseguir aprender com rapidez.
Um dos aspectos mais marcantes da criança portadora de TDAH consiste nos relacionamentos, nos problemas que se envolvem em casa, na escola e com os amigos. Essas são mal vistas pelos colegas, professores, irmãos e pais. (WEISS; 1999:32).
Em sala de aula o hiperativo não consegue permanecer sentado, produz sons estranhos, está sempre em movimento e atrapalhando o funcionamento de algo. Os que não apresentam dificuldades no aprendizado executam as tarefas antes que os outros ocupando-se em atrapalhar o trabalho dos colegas causando insatisfação e indignação por parte do grupo e até dos pais dos alunos.
Toda essa inquietude faz com que passem a ser pouco apreciadas pelos colegas e logo pelos familiares destes, e mesmo pelos próprios parentes, ficando e passando a ser rejeitadas e excluídas de futuros convites, seja para as festinhas, seja para passar uma tarde na casa de amigos. (CYPEL, 2010:65)
Comenta RUSSEL (apud BEE, 2003:485), que uma das marcas do transtorno de déficit de atenção com hiperatividade é a inquietação e a dificuldade em prestar atenção, mas, apesar dos problemas para fixar sua atenção as crianças com TDAH não tem problemas para filtrar informações. São atraídas pelos aspectos recompensadores, divertidos e reforçativos e reduzir a estimulação torna ainda mais difícil para uma criança com TDAH manter a atenção.
Para muitos professores, que não conhecem a hiperatividade, acabam rotulando a criança de danada, mal educada, ignorante, estressada e lhe oferecendo desprezo.
As crianças com TDAH são frequentemente acusadas de “não prestar atenção em nada”, mas na verdade prestam atenção em tudo. O que não possuem é a capacidade para planejar com antecedência, focalizar a atenção seletivamente e organizar respostas rápidas. (RUSSEL, 2002:52).
BENCZIK (2002:49), de uma maneira geral, a escola que parece ser a melhor para a criança com TDAH é aquela que valoriza o desenvolvimento global desta, reconhece e respeita as diferenças individuais valoriza e promove o desenvolvimento da criatividade e da espontaneidade.
Alunos com TDAH podem aprender adequadamente, uma vez que estejam adequadamente tratados/medicados, e dessa maneira que ficarão interessados em participar das atividades propostas. Segundo informações do Centro de Ensino Unificado de Teresina – CEUT, os hiperativos diferenciam-se demonstrando ter pensamento original, e tendem a adotar um jeito diferente de encarar a própria vida. Então se percebe que mesmo sendo muito trabalhoso, há possibilidades de reverter essa situação.
Então, se acredita que para compreender a criança hiperativa é necessário que se entenda a Hiperatividade, como funciona o seu desenvolvimento, quais as características apresentadas e como esse distúrbio diferencia uma criança hiperativa das outras crianças.
Tentar melhorar a convivência é desgastante, porém vale a pena somente assim poderá melhorar a situação para os dois lados, pois a compreensão é fundamental para conseguir uma relação amigável. Para conseguir se socializar toda criança deve aprender três noções fundamentais: dividir, seguir as regras, e principalmente saber esperar chegar a sua vez, sem causar nenhum tumulto.
A criança hiperativa está sempre em movimento, correndo de um lado para outro, pulando, gritando e isso incomoda principalmente os professores na escola. No entanto:
A brincadeira bem conduzida estimula a memória, exalta sensações emocionais, desenvolve a linguagem interior e, ás vezes, a exterior, exercita níveis diferenciais de atenção, e explorada com extrema criatividade diferentes estados de motivação. (ANTUNES, 2010: 31
O hiperativo pode representar um tormento em sala de aula atrapalhando a aprendizagem de todos, e principalmente dele mesmo. O professor acaba por ter que ocupar grande parte do seu tempo com ele.
Por vezes chegam a andar aos pulos como se seus passos fossem lentos demais para acompanhar a energia contida em seus músculos, Em ambientes fechados, mexem em vários objetos ao mesmo tempo, derrubando grande parte deles no ímpeto de checá-los simultaneamente. São crianças que costumam receber designações, pejorativas como: bicho carpinteiro, elétricas, desengonçada, pestinhas, diabinhos, desajeitadas entre outros. (SILVA; 2003:26)
Pode acontecer aluno provocar o professor, e enfim tudo é motivo para distanciar cada vez, e ainda pode acontecer do o professor se descontrolar, mesmo sem intenção.
Por isso torna essencial a estes professores buscar informações, lerem a respeito do transtorno para entenderem qual a melhor maneira de auxiliar seus alunos, para que dessa forma possa haver um relacionamento. É importante ressaltar que o professor tem papel fundamental para auxiliar essas crianças, mas também se faz necessário cuidar de si já que este trabalho é cansativo e estressante. ( GOLDSTEIN; 2002:45).
Relacionar-se com o portador de transtorno de déficit de atenção não é fácil, e por se tratar de professor e aluno é ainda mais complicado, e afirma-se que . isso se deve a falta de informação do professor sobre o TDAH, pois enxerga o aluno de forma errada, por não saber as causas, os sintomas e o que deve fazer.
Na verdade, o conhecimento sobre TDAH, é o passo inicial para ajudar a criança em seu processo educacional. Quanto mais informado o professor estiver a respeito do TDAH, suas implicações e formas de manejo, maior a chance de a criança conseguir um bom desempenho escolar. (BENCZIK, 2008:49)
Acredita-se que quanto mais informado o professor estiver sobre o caso mais ele entenderá o aluno facilitando então uma relação segura e valorosa e tudo facilitará no desempenho escolar.
É essencial compreender o comportamento da criança hiperativa, ver o mundo através dos olhos dessa criança e fazer a distinção entre o comportamento que resulta da falta de capacidade e comportamento que resulta de desobediência deliberada (GOLDSTEIN; 2002;76)
Selecionar estímulos para a realização de uma tarefa, apresentando chaves significativas para sua execução. Controlar elementos externos dispersores. Ter cuidado com a sequencia do grau de dificuldade das atividades. Colocar o hiperativo na primeira fileira, próximo ao professor, longe da janela e do pátio, para não distrair-se. Aproveitar seu auxílio ao professor, podendo auxiliá-lo sempre. Pedir dicas ao psicólogo para o professor manejar os sintomas de TDAH em sala de aula;
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Manter contato com os pais da criança regulamente, Perguntar a orientar o aluno previamente sobre o que e esperado dele, em termos de comportamentos e aprendizagem. Usar recursos especiais. Tentar entender as necessidades e as dificuldades temperamentais e educacionais da criança, Ser tolerante para que o aluno possa sentir-se aceito, Ser flexível para descobrir o estilo de aprendizagem da criança, Incentivar e recompensar todo o bom comportamento e o desempenho. Dar conteúdo passo a passo. |
Apresentar tarefas em pequena quantidade Estimular o interesse do aluno para aprender, Envolver e motivar. Reduzir os estímulos que possam distrair Manter a sala de aula organizada e bem estruturada, Estabelecer regras claras e consistentes. Estabelecer uma rotina escolar. . Monitorar as tarefas, marcando tempo, ajuda a criança a se programar e se orientar dentro de um prazo preestabelecido. |
Para facilitar o relacionamento com um aluno hiperativo em sala de aula, orientação e intervenção por parte dos professores e tudo que envolve a aprendizagem é imprescindível que professores tenham pelo menos uma noção básica sobre o TDAH (causas, sintomas, peculiaridades gerais), saber diferenciar incapacidade, desobediência e fazer uso das intervenções que mais se ajustem. Algumas sugestões para serem utilizadas no cotidiano da sala de aula para facilitar o trabalho do professor com os alunos hiperativos:
É preciso considerar-se que não há uma solução fácil para lidar com a criança com TDAH na sala de aula. A eficácia destas sugestões varia conforme a cada uma, mas, podem ser de grande utilidade.
As intervenções no contexto escolar são extremamente importantes. É obvio que professor que tem em sua sala de aula casos de crianças com problemas de atenção e hiperatividade precisa mais do que nunca de auxilio do orientador educacional, que deve ser um psicopedagogo.
O acompanhamento psicopedagogico é importante já que auxilia no trabalho, atuando diretamente sobre a dificuldade escolar apresentada pela criança, suprindo a defasagem, reforçando o conteúdo, possibilitando condições para que novas aprendizagens ocorram. (BENCZIK, 2008:95)
Segundo análise das informações prestadas por BEAUCLAIR (bwww.profjoaobeauclair.2013), o psicopedagogo educacional, entre outras atribuições, busca compreender o processo do desenvolvimento da aprendizagem, recorrendo e orientado os professores e pais a recorrerem a áreas e estratégias pedagógicas, objetivando e ocupando-se, então, dos problemas que surgem no decorrer do processo de ensino\aprendizagem, inclusive, no que se refere as possíveis transtornos, pois, se identificados, a Psicopedagogia busca as origens, causas, as habilidades e as limitações, a partir de conhecimento técnico, prestando, assim, valiosa colaboração aos professores e familiares.
No diagnóstico de uma criança ou adolescente com TDAH a avaliação Psicopedagógica tem papel muito importante. O acompanhamento psicopedagógico promove estímulos e cria condições para que o aluno retenha a atenção e concentração durante as atividades.
A Psicopedagoga também orientará as atitudes da família que poderá colaborar com o acompanhamento da criança ou do adolescente com TDAH, no que diz respeito a limites, regras e reconhecimento dos aspectos positivos que este aluno apresenta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em suma, esta pesquisa visou identificar o comportamento indicativo da hiperatividade.O transtorno TDAH mexe com o corpo, com o emociona e se caracteriza por desatenção, inquietude e impulsividade, agitação, desorganização, perda de objetos e materiais escolares, esquecimento de compromissos, dificuldades para concluir atividades, inconveniência diante do grupo.
A criança hiperativa fala sem parar e nunca espera por nada, interrompendo a todos, além de agir sem pensar e sempre envolver-se em pequenos acidentes. Os sintomas da indisciplina e da hiperatividade são semelhantes, confundido os professores que não tem conhecimento sobre este transtorno. Estão sempre querendo chamar atenção, tornando-se intransigentes, causando impaciência nos professores, situação que se agrava pelo fato da criança hiperativa não confia nos adultos, e por tal não conseguem se comunicar. No entanto, são crianças inteligentes e afetuosas.
A eletricidade do hiperativo pode ser aproveitada e canalizada em esportes, dança, e outros, mas, infelizmente, atividades como estas não estão no currículo, dependendo do apoio do poder publico para que as crianças possam participar delas.
Ressalta-se que o trabalho da Psicopedagoga orientadora escolar é imprescindível para auxiliar o aluno com o TDAH no processo da aprendizagem, atentando, inclusive, aspectos metodológicos propostos pela escola, bem como orientar o professor na sua atuação em sala de aula com o aluno hiperativo.
No caso da percepção do psicopedagogo quanto às características do TDAH, se faz necessário uma atenção especial, pois o descaso da escola pode representar agravamento desse transtorno. A escola precisa oferecer clima afetivo, calma e regularidade.
Foi passível de conclusão observar o quão são importantes as medidas de adequado encaminhamento, o que só é possível através da informação a respeito desse transtorno que tanto dificulta a aprendizagem e as relações sociais e familiares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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CYPEL, S. Déficit de Atenção e Hiperatividade e as Funções Executivas- Atualização para pais, professores e profissionais da saúde. Revisada e ampliada. 4ª Edição- 2010.
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O`REGAN, Fintan. Sobrevivendo e vencendo com necessidades educacionais especiais. Porto Alegre:Artemed,2007.
RUSSEL, A BARKLEY- Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) – Manual para Diagnóstico e Transtorno. Porto Alegre: Artemed, 2002.
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WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia clínica: Uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar / Maria Lúcia Lemme Weiss. – 5. Edição – Rio de Janeiro: DP&A- 1999.