Herbert Marcuse.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 06/05/2013 | FilosofiaHerbert Marcuse.
1898-1979.
Filósofo alemão nasceu em Berlim estudou em Freiburg, foi aluno de Husserl e Heidegger, mais tarde aproximou-se de Adorno e Horkheimer, trabalhou no Instituto de Frankfurt, posteriormente tornou se um filósofo muito importante dessa Escola.
Mudou-se para os Estados Unidos, juntamente com os principais membros da Escola de Frankfurt, foi professor em diversas universidades entre elas Harvard.
Formou criticamente o seu pensamento filosófico, alcançando grande destaque ao meio acadêmico, a partir, sobretudo dos movimentos estudantis no ano de 1968 na França, Alemanha e Estados Unidos.
Marcuse ficou famoso por defender teses revolucionárias em referência crítica a sociedade industrial contemporânea. A principal formulação a questão da alienação de consumo na sociedade capitalista.
Outra crítica elaborada por ele, que se entende análise frankfurtiana, que pode ser compreendida de forma analítica a relação desenvolvida do pensamento de Marx e Freud.
A interpretação epistemológica que defende o pensamento libertário em ambos, do marxismo como a teoria psicanalítica de Freud.
Para Marcuse não seria possível liberdade sem poder econômico, sendo que o mesmo na sociedade capitalista não se atinge a globalidade dos trabalhadores.
O motivo de sua defesa do socialismo. É impossível chegar à liberdade e o amadurecimento na pobreza.
Teria que necessariamente superar o modelo de produção e a forma da distribuição de renda ou não poderá haver liberdade.
O mundo contemporâneo é o reino da opressão na ideologia da democracia, com o capitalismo em voga não é possível libertação das classes trabalhadoras.
As formas de repressão são conjugadas no mesmo modelo, por esse motivo qualquer ideologia de repressão sexual e social é inseparável do modelo cultural.
Logicamente que todo modelo de cultura depende naturalmente de como é constituído o Estado repressor. No caso específico trata-se do modo de sociedade. Alienação resulta-se da forma produtiva.
Motivo pelo qual toda liberdade passa necessariamente por uma revolução cultural, sendo que a mesma só será afetiva na mudança radical da forma constituída do Estado político, superação da sociedade de consumo.
Marcuse reflete e denuncia as aparentes tolerâncias no liberalismo e nas sociedades industriais tidas como avançadas, como pseudoliberdade.
A finalidade ideológica de certas tolerâncias é levar o individuo ao conformismo, aceitando o que é errado como se fosse certo.
Mas por outro lado, criticou também o marxismo de Estado Soviético, como ideologia política opressora, considerava como uma teoria de Estado, muito distante dos princípios estabelecidos por Marx.
Suas principais obras: Razão e Revolução. Eros e Civilização. O fim da utopia, sem contar inúmeros artigos. Grande filósofo teve seu tempo histórico e prestou as Ciências humanas, exuberante contribuição crítica.
Edjar Dias de Vasconcelos.