Henri Bergson.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 14/05/2013 | ArteHenri Bergson.
1859- 1941.
Considerado como grande filósofo nasceu na França, na cidade de Paris, teve grande influência na produção do pensamento filosófico da sua época.
Professor no Collège de France, posteriormente membro da Academia Francesa em 1914, ganhou o premio Nobel da literatura no ano de 1927. Muito famoso no seu tempo histórico.
Construiu uma Filosofia cujo fundamento foi essencialmente espiritualista, a crítica internacional entendeu como tentativa por parte do seu trabalho, recuperar a metafísica.
Bergson sempre esteve preocupado em duas variáveis do pensamento epistemológico, por um dos lados, era contra a veemência do pensamento formulado por Kant, a questão especificamente do empirismo e do racionalismo, relação do sujeito com o objeto e a teoria do conhecimento dialético.
Por outro, tinha profunda preocupação com a teoria epistemológica formulada pelo positivismo, a possível exatidão da linguagem aplicada à análise cientifica fundamentada na aplicação do empirismo com a teoria da observação pura.
O positivismo do seu tempo formulou uma teoria da análise, cuja perspectiva objetivava levar uma compreensão cuja natureza era contrária o princípio dualista, matéria espírito.
Para o positivismo, o espírito sempre foi invenção da linguagem, nunca teve existência real, confundido a linguagem com o espírito como se fossem duas realidades distintas, quando de fato era apenas uma ideologia convencional da fala.
O que faz Bergson para tentar salvar pelo menos em parte a metafísica desenvolveu uma teoria fundamentada no princípio vitalista o que foi denominado de o elã vital.
A sua teoria rejeitava a princípio o fundamento do materialismo, como também do mecanicismo e o determinismo, apesar de ser evolucionista, isso é importante ressaltar, coloca de forma coerente a criatividade e não a seleção natural como fundamento da explicação da evolução.
Ataca o intelecto com a seguinte ideologia epistemológica, para Henri, o referido não é capaz de apreender a realidade como tal, toda tentativa na sua complexidade seria formado por auto-engano, mesmo que seja parcialmente.
Para resolver essa problemática de fundamental importância ele volta a defender a intuição, uma vez que a própria razão em última instância não consegue explicar profundamente, os resultados da experiência do campo observacional.
Propõe etimologias próprias, a distinção da análise do tempo, a duração do mesmo, sendo que epistemologicamente a teoria em referência, ou seja, o tempo real, só pode ser apreendido intuitivamente.
Nega a sucessão real, na perspectiva da temporalidade, procura entender o fenômeno da religião e da moral, como fatos originários da sociedade natural em defesa de uma moral da obrigação e de uma religião estática.
Entende a religião e a moral como defesa contra a natureza que sempre costuma ser hostil a própria existência do Homem, mas em outros aspectos entende que a moral é criadora de valores benéficos.
Sua Filosofia desenvolveu e fez muito sucesso como sistema epistemológico, mas com o nascimento da Filosofia existencialista e da Fenomenologia como método de análise, sua teoria entrou em declínio.
Escreveu diversas obras: citarei duas de maior influência, Matéria e Memória, Evolução criadora. Passou o tempo de Bergson, mas como foi um filósofo importante para a formulação do pensamento do seu tempo histórico, a importância de compreendê-lo.
Edjar Dias de Vasconcelos.