Hanseníase

Por Leandro Divino Espirito Santo | 01/06/2009 | Saúde

No Brasil temos mais de 50.000 mil doentes com hanseníase, sendo 5.000 no estado de São Paulo, deste 800 no município, anualmente são registrado 350 novos casos. A região com maior índice de infectados é a Sul, por ser uma região mais carente.

As predominâncias dos casos são no sexo masculino numa proporção de dois homens por uma mulher.

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria (bacilo de Hansen) que acomete principalmente a pele e os nervos, deixando seqüelas se não for tratada precocemente.

As manifestações da hanseníase são:

Manchas na pele esbranquiçadas ou avermelhadas com diminuição da sensibilidade, manchas dormentes, essas não doem, não coçam, não incomodam, por isso muitas vezes passam despercebidas, se localizadas nas partes do corpo não freqüentemente observadas (as costas e nádegas).

Diminuição da sensibilidade ou formigamento de extremidades de mãos, pés e olhos, o que possibilita ferimentos, queimaduras ou ulceração sem dor, possibilitando infecções locais, sem as pessoas sentir dor e não procurarem assistência.

Diminuição ou perda da força muscular em mãos, pés e pálpebras, levando a queda de objetos ou um andar arrastado ou ressacamento dos olhos por não conseguir fechar as pálpebras direito.

Forma de transmissão: a hanseníasese transmite de pessoa para pessoa através de secreção das vias respiratórias, sendo necessário um contato íntimo e prolongado com o doente sem tratamento. A enfermidade tem uma lenta evolução sendo que, após o contagio, o individuo leva de 2 a 7 anos para iniciar os sintomas.

Temos dois tipos de doentes os paucibacilares "indeterminada e tuberculóide" tem uma baixa carga bacilar, não transmite a doença. Multibacilares "virchowianos e dimorfos" constituem um grupo contagiante, até iniciar o tratamento específico. É detectada a doença através de exame laboratorial (exame baciloscopia).

Tratamento é feito nas unidades básicas de saúde por medicamentos poliquímioterapica (PQT/OMS) Rifampicina, Dapsona, Clofazimina.

Se o tratamento for tardio inadequado, o paciente pode ficar com seqüelas irreversíveis, mesmo estando curado da infecção. Ex: dano físico (mãos, pés, visão), pode afetar órgão como fígado, olhos e testículos podendo ficar estéril.

Referência Bibliográfica

1. Ribeiro SLE, Guedes EL, Pereira HLA, Souza LS. Vasculite na Hanseníase mimetizando doenças reumáticas. Revista Brasileira de Reumatologia [periódico na Internet], 2007 [citado 2007 nov 9];47(2):140-44. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbr/v47n2/13.pdf .

2. Muniz JR, Taunay MSE. Grupos de enfermaria no hospital geral. In: Mello Filho J, organizador. Grupo e corpo: psicoterapia de grupo com pacientes somáticos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul; 2000. p. 146-62.