HÁ CREPÚSCULO?!...HÁ ESPERANÇA?!... HÁ ESPERANÇA NO CREPÚSCULO?!
Por Alcimar Villar | 06/06/2009 | PsicologiaHÁ CREPÚSCULO?!... HÁ ESPERANÇA?!...
HÁ ESPERANÇA NO CREPÚSCULO?!
Amanhece.
Nem sabe ao certo porque sabe, mas amanhece.
Espreguiça-se porque amanhece.
Nem sabe ao certo porque espreguiça-se e se de fato amanhece, mas espreguiça-se.
Abre a janela e do horizonte quer ver o nascer do sol, já que espreguiçou-se por deduzir que amanheceu.
Ao longe, não vislumbra qualquer raio vindouro do amanhecer.
Volta ao útero do quarto.
Percorre o olhar – em parte esperançoso, em parte ausente – buscando o relógio para certificar-se que amanheceu.
Constata que o espreguiçar não fora em vão, pois amanheceu de fato.
Volta à janela mas ela, a alvorada com tudo o que dela se aguarda,... não vem!
Passa uma lua, passam outras.
Passa uma estação, outras mais passam.
Diariamente,... a janela é aberta com a mesma expectativa de... n´alguma tarde,... a paisagem mudar!
Volta ao interior da alcova.
Nele habitam plumas na tentativa, frustrada,
delas aquecerem a cútis, que se encontra no desalento,
ao desejo da febre.
Todas essas ações, estão muito além do enamorar ou de uma paixão por vislumbrar o raio solar.
Assim como a fotossíntese é fundamental para a existência da vegetação,
é a ação do despertar cotidianamente, quem impulsiona com sofreguidão, à algo maior.
Alcimar Villar
Entre 4 e 5/6/09 às 00:00 min.