Eis a minha questão. Você já reparou que tudo que agente gosta não presta ou faz mal. E tudo que a gente não gosta de fazer, faz um certo bem para gente mesmo que à longo prazo. Pois é, me encontro encurralado por esse confuso dilema:

• Devo fazer o que gosto,

• Devo fazer primeiro o que não gosto, para depois fazer o que gosto,

• Devo fazer somente o que não gosto.

Logo de cara descarto a primeira hipótese, pois sei que se fizer só o que gosto, estarei de alguma forma contribuindo para o meu fracasso, e que mesmo sendo o caminho mais fácil, só estaria favorecendo para o inchaço dessa grande massa de alienados da qual denominamos de: FRACOS.

Ao partimos para segunda hipótese, estaremos a primeira vista sendo mais sensatos e equilibrados, mas ilusoriamente, pois no momento em que me disponho a fazer o que não gosto, para só depois fazer o gosto, só estaria facilitando minha entrada num ciclo nada mais do que vicioso. E partindo para esse caminho mais ou menos difícil, estaria me colocando no grupo dos ponderados, os: MEDIOCRES.

         E por fim só me resta a seguir o último e mais árduo dos caminhos. Vou procurar fazer sempre o que não gosto, pois sei que por mais difícil que seja, estarei de alguma forma contribuindo para meu bem. E sei que se eu me der uma chance, com o tempo poderei passar a gostar do que não gosto. Vai ser duro, mas não posso me acovardar fechar os olhos e prosseguir no erro. Vou buscar fazer sempre o que não gosto até gostar, aí então se eu estiver certo, poderei ou não, me incluir no mais cobiçado e nobre dos grupos, o grupo dos: FORTES.

 

 

                                                                             S.BARRETO