Golpe Militar de 1964 no Brasil.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 04/05/2013 | História

Golpe de Estado de 1964 e a sua relação com os movimentos operários. 

A Revolução de 1964 ou Golpe de Estado tinha unicamente apenas um objetivo, evitar a socialização da sociedade capitalista, cecear definitivamente as demandas trabalhistas.

Logicamente que o Golpe de Estado foi um movimento muito mais complexo, evitar também por outro lado, a extensão de influência do leste europeu em área sabidamente de demanda americana.

Mas do ponto de vista prático, a respeito da revolução podemos analisar três aspectos: O primeiro deles, o movimento de caráter revolucionário, diversas forças sociais organizadas em partidos ou organizações de esquerda, essas forças desejavam a verdadeira revolução de caráter comunista.

 Outras forças de diversas tendências desejavam reformas capitalistas com finalidade de melhorar  a vida real dos trabalhadores na perspectiva do capitalismo.

Em um determinado momento essas tendências se misturam, sendo que muitas organizações populares, perderam suas características originais e passaram também defender a revolução armada, contra o militarismo, a burguesia e o capitalismo.

Tendências políticas partidárias, que levantavam a bandeira desses movimentos, em diversos setores da economia de forma demagógica para atender suas reivindicações, cujo objetivo era apenas controlar a maquina do Estado via democracia.

O desejo de acabar com as insatisfações dos trabalhadores tanto do campo como da cidade, sobretudo, dos seus ideários políticos, a substituição do comando da sociedade política e do seu regime de governo, mudança do sistema de produção que levou como reação o militarismo ao poder.

 Foi necessária a força bruta, violência por parte do militarismo e estabelecimento de um regime de exceção, intervenção nos diversos setores dos trabalhadores organizados e politizados.

 A violência de todas as formas estabelecidas pelo  militarismo, o capitalismo precisava ser salvo a qualquer preço, a burguesia sentia profundamente ameaçada, com medo da sua proletarizaçao, se a economia passasse para o comando do Estado.  

Mortes e prisões, fechamento de sindicatos, tanto rurais como da cidade, perseguição à imprensa, a partidos políticos e não foram poucos aqueles que foram mortos.

 A abertura política e o restabelecimento da democracia só foram possíveis no Brasil e em outros países, quando todas as organizações trabalhistas de esquerdas foram eliminadas, não teria nenhum perigo de ser ameaçada a sociedade capitalista.

O processo de redemocratização voltou ao Brasil, abertura política, quando o regime de exceção teve o mais absoluto controle tanto do poder político como da economia liberal, foi um mecanismo lento, profuso, mas o Brasil não corria mais risco de ser uma democracia socialista.

Economia controlada censura imposta a todos os aparelhos ideológicos, como também aos meios de comunicação, legislação pesada a antigreve, a proibição a qualquer forma de manifestação, permitiram a multinacionalizaçao da economia e desenvolveram uma política de comprimir os salários.

 Quando a sociedade estava inteiramente controlada pelos aparelhos de repressão, os movimentos sociais eliminados ou despolitizados, associados aos interesses burgueses.

 Iniciou-se a democratização do Brasil e a modernização do capitalismo, vivemos exatamente esse momento, em que as forças políticas e sociais todas articulam com o desenvolvimento capitalista.  

Edjar Dias de Vasconcelos..