Gestão estratégica em comunicação organizacional: Um elemento estratégico na realização dos objetivos e da intencionalidade das organizações

Por ana conceição batista do nascimentos santos | 12/01/2015 | Adm

 

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA

 

 

 

 

 

Ana Conceição Batista do Nascimento Santos

 

 

 

 

 

Gestão estratégica em comunicação organizacional

Um elemento estratégico na realização dos objetivos e da intencionalidade das organizações

 

 

 

 

 

 

 

 

RECIFE

2012

 


Ana Conceição Batista do Nascimento Santos

 

 

 

 

 

 

 

 

Gestão estratégica em comunicação organizacional

Um elemento estratégico na realização dos objetivos e da intencionalidade das organizações

 

 

 

 

 

 

 

Monografia apresentada ao Programa de Pós-graduaçãoem Gestão Públicada Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) como requisito parcial para obtenção do título de Especialistaem gestão Pública

Orientador: Prof.º Rodolfo Araujo de Moraes Filho (Dr.)

Co-orientador: Profª. Adriana Dornelas de Luna  (MS)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RECIFE

2012


DEDICATÓRIA

           

 

 

Dedico este trabalho a minha mãe que sempre apostouem mim. Dedicotambém ao meu marido

que ao seu modo sempre me ajudou na construção deste projeto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AGRADECIMENTOS

 

 

 

 

 

Primeiramente a Deus, meu mentor maior, meu guia. Agradeço a minha família, em especial a minha mãe, que sempre me incentivou a continuar meu curso. A meu marido que pacientemente me apoiou em todos os momentos, mesmo aqueles em que eu pensei em desistir, ele estava ali, ao meu lado segurando minha mão e não me deixando cair. A minha orientadora Adriana Dornelas, que sempre me ajudou, me encaminhou no rumo certo durante todo o decorrer deste curso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EPIGRAFE

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

‘A persistência é o menor caminho para o êxito’

     Charles Chaplin

 

 

 

 

RESUMO

 

Antes da Comunicação Organizacional, as organizações utilizavam a comunicação de maneira superficial e o termo “comunicação organizacional” não era disseminado como nos dias atuais. Uma das principais desafios enfrentados pelas organizações no que tange a comunicação é a falta de feedback, ou uma resposta ineficiente, inexpressiva . É esse processo que garante os resultados e o fluxo das mensagens com êxito. A falta do retorno, os ruídos que ocorrem no meio faz com que a comunicação seja ineficaz. O grande desafio da comunicação na organização é buscar a constante consonância com a nova economia que se figura, já que torna impossível conceber as organizações sem comunicação; elas auto-complementam-se. A velocidade dos acontecimentos, por sua vez, exige “uma gama crescente de necessidades de comunicação de seus diferentes públicos, com vigilância sincrônica, garantindo a longevidade e o sucesso organizacional.

 

Palavras chaves: Comunicação, Comunicação Organizacional,

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ABSTRACT

 

Before the Organizational Communication, organizations used to communicate superficially and the term "organizational communication" was not as widespread today. One of the main challenges organizations face when it comes to communication is the lack of feedback or response inefficient, expressionless. It is this process that guarantees results and the flow of messages successfully. The absence of feedback, the noise occurring in the middle causes communication to be ineffective. The great challenge of communication in the organization is seeking constant line with the new economy that figure, since it makes it impossible to conceive of organizations without communication, they self-complementary. The speed of events, in turn, requires "an increasing range of communication needs of its different audiences, with synchronous monitoring, ensuring longevity and organizational success.

 

Key-words: Communication, Organizational Communication.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LISTA DE FIGURAS, TABELAS

 

 

FIGURA 01 -  PROCESSO DE COMUNICAÇÃO .................. PAG. 14

FIGURA 02 – COMUNICAÇÃO INTERNA ........................... PAG. 35

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

 

 

 

1 .       INTRODUÇÃO

10

1.1.1.      OBJETIVO GERAL

10

1.1.2.      OBJETIVOS ESPECÍFICOS

11

  1. 2.           CONCEITO DE COMUNICAÇÃO

11

2.1         COMUNICAÇÃO

12

2.2         PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

15

2.3         TIPOS DE COMUNICAÇÃO

16

  1. 3.           COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

17

3.1         FLUXO DA COMUNICAÇÃO

18

3.2         COMUNICAÇÃO INTERNA

19

3.3         FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO

20

3.4         PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO

20

3.5         FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO INTERNA

24

  1. 4.           COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL NA GESTÃO PÚBLICA

25

  1. 5.           METODOLOGIA

28

  1. 6.           RESULTADOS E DISCUSSÕES

30

  1. 7.           CONSIDERAÇÕES FINAIS

35

  1. 8.           REFERÊNCIAS

37

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1.      INTRODUÇÃO

A comunicação é praticada pelo homem com a finalidade de se integrar r com outros seres humanos ou com os animais, cuja finalidade é se fazer entender e tentar transmitir informação para a outra parte. A primeira comunicação quando criança é estabelecida através de gestos, numa tentativa básica de demonstração de afeto ou informar que deseja ou que esta acontecendo algo.

Este estudo se dedica a circunstanciar a importância da comunicação organizacional dentro das instituições de trabalho e quais elementos e práticas adotadas podem influenciar positivamente e/ou negativamente o processo de comunicação.

Cap. 2 – “Comunicação” – se dedica a explicar o que é a comunicação e quais são seus elementos.

Cap. 3 – “Comunicação Organizacional” – Procura mostrar a importância desse processo na instituições de trabalho.

Cap. 4 – “Comunicação Organizacional na Gestão Pública” – Foca como o processo de comunicação atua na esfera pública.

1.1.   OBJETIVOS

 

1.1.1.      Objetivo geral

 

Analisar a eficácia da comunicação organizacional de uma empresa e suas aplicabilidades.

 

1.1.2.      Objetivos específicos

  • Identificar as principais ferramentas utilizadas pela gestão da comunicação Institucional bem como suas principais aplicações.
  • Apresentar as principais ferramentas utilizadas pela gestão da comunicação Interna, sua real aplicação e eficácia.
  • Estudar os benefícios e a importância da comunicação interna eficiente nas empresas e como esse departamento pode auxiliar estrategicamente no desenvolvimento de uma organização.

1.2.   JUSTIFICATIVA

Esta pesquisa se faz relevante, tendo em vista a importância da comunicação no cenário atual.

Hoje, as pequenas e grandes empesas adotam a comunicação como uma das principais ferramentas para obter vantagem competitiva, em um mercado que está se afunilando.

Seja a comunicação interna, que é aquela estabelecida dentro da organização de modo vertical (DEFINIR) ou horizontal (DEFINIR), como a comunicação feita para sociedade, deve ser realizada de forma clara, concisa, a fim de evitar interpretações dúbias, que deturpem o real sentido da informação que se deseja transmitir.

Para as empresas, uma comunicação falha pode ocasionar transtornos muito maiores que informações trocadas. Ônus financeiros, perca da credibilidade por parte do mercado consumidor, são algumas consequências de uma má comunicação. Por isso, se faz necessário um estudo dos caminhos que a comunicação organização perpetua até o seu destino final: os clientes.

2.      REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 COMUNICAÇÃO

A Comunicação Organizacional é nova no Brasil, segundo Bueno (2003), tem em aproximadamente de 25 anos. Anteriormente, as organizações utilizavam a comunicação de maneira superficial e o termo “comunicação organizacional” não era disseminado como nos dias atuais.

De acordo com Bateman e Snell (1993, p.42), comunicação “é a transmissão da informação e significado de uma parte para outra através da utilização de símbolos partilhados.

Também se entende a comunicação como o intercâmbio de informação entre sujeitos ou objetos. Deste ponto de vista, a comunicação inclui temas técnicos (por exemplo, a telecomunicação), biológicos (filosofia, função e evolução) e sociais (jornalismo, relações públicas, meios de comunicação em massa).

Podemos conceber a comunicação como a transmissão de sinais.

Segundo Matos (2009, p. 2), comunicação significa o mesmo que “tornar comum, partilhar, repartir, trocar opiniões (...)”.

Comunicar bem não é só transmitir ou só receber bem uma informação. Comunicação é troca de entendimento e sentimento, e ninguém entende outra pessoa sem considerar além das palavras, as emoções e a situação em que fazemos a tentativa de tornar comuns conhecimentos, ideias, instruções ou qualquer outra mensagem, seja ela verbal, escrita ou corporal. (MATOS, 2009, p. 2)

Em Resumo, o processo de comunicação pode ser percebido como uma troca de informações entre interlocutores/sujeitos. Esse processo de comunicação e de transmissão de informações se estabelece entre pessoas e/ ou grupos.

O ato de comunicar está além da simples transmissão de informações, é na realidade um processo pelo qual se instaura uma compreensão recíproca e se forma um sentido compartilhado, resultando em um entendimento sobre as ações que os sujeitos envolvidos são levados a assumir juntos ou de maneira convergente. (ZAFIRAN apud Kollross 2008, p. 3)

2.2 PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

 

Para realizar o processo de comunicação, destacamos os seguintes componentes:

  • Fonte/Informação – Pessoa ou processo/equipamentos do qual a mensagem é originada;
  • Transmissor – Processo/equipamento que codifica a mensagem transmitido-a ao canal;
  • Canal – Meio usado para transmitir aquilo que se quer informar;
  • Receptor -. Processo/equipamento que recebe e decodifica a mensagem;
  • Destino - Pessoa ou processo/equipamentos a quem se destina mensagem;
  • Ruído – Perturbações indesejadas que tendem a alterar, de maneira inesperada, a mensagem;
  • Mensagem – Informação ou Idea do que se deseja comunicar. Ela pode ser definida como uma ordenação de signos visando transmitir um dada informação (PEREIRA, 2007)

O processo de comunicação pode ser ilustrado de acordo com a figura :

Fonte: Adaptado de C. F. Shannon e W. Weaver: A teoria matemática da Comunicação. 1949

Tal modelo também é conhecido como Modelo Mecanicista de Comunicação.

Uma das principais desafios enfrentados pelas organizações no que tange a comunicação é a falta de feedback, ou uma resposta ineficiente, inexpressiva . É esse processo que garante os resultados e o fluxo das mensagens com êxito. A falta do retorno, os ruídos que ocorrem no meio faz com que a comunicação seja ineficaz. Para que haja sucesso na transmissão de informações, a comunicação precisa ser clara e coerente, deve ser a busca para a “comunhão de sentidos e não um mero trâmite de informações” (KOLLROSS, 2008 p. 3).

As falhas comprometem a produtividade e os resultados da empresa. Se o emissor não teve sucesso ao enviar sua mensagem ao receptor, não há comunicação, ou seja, se não houver o feedback para completar esse processo, o emissor não terá como verificar a eficácia da transmissão de sua mensagem.

As empresas hoje se utilizam da comunicação não apenas para transmitir uma dada informação, mas buscam persuadir o receptor a fim de alcançar seus objetivos, por meio de uma determinada reação.

Segundo Tomasi e Medeiros (2007, p. 12) “O destinatário pode ter comportamento passivo, ativo ou proativo”. Ainda de acordo com os autores, quando o destinatário é passivo, ele recebe a mensagem, mas não a utiliza, no entanto a mensagem é para ser utilizada. Se for ativo, o destinatário recebe a mensagem e reage a ela. Porém, sua reação poderá ser positiva ou negativa, de acordo com o escopo da mensagem.

Podemos definir destinatário proativo tal como:

No comportamento proativo, o destinador provoca uma mensagem da parte do destinador. Ele estimula o destinador a oferecer-lhe uma mensagem. Uma tosse, um franzir de cenho, uma risada, todos podem ser estímulos provocadores da emissão de uma mensagem. Pessoas envolvidas em uma comunicação tanto emitem, como recebem mensagens. Assim, ora uma pessoa desempenha a função de emissor, ora de receptor. Da mesma forma, a função de receptor ou emissor pode não ser representada por uma única pessoa; às vezes, ela o é por um grupo, por uma empresa, por toda a sociedade. (Tomasi e Medeiros, 2007, p. 12)

Visto que o destinatário tem um papel relevante neste processo, as empresas buscam transmitir suas informações com cautela, buscando mensurar o grau de entendimento dos receptores, adequando a linguagem ao público final.

O processo da comunicação também pode ser compreendido se for separadoem partes. Segundo HaroldLasswell citado por Matos (2009, p. 6), os seguintes termos podem facilitar a compreensão do processo. São eles:

  • Quem: fator ou indivíduo com quem inicia o processo de comunicação;
  • Diz o que: o conteúdo da mensagem;
  • Em que canal: meios interpessoais;
  • Para quem: indivíduos atingidos;
  • E com qual efeito: conflito causado pela mensagem.

Existem diversos tipos de canais de comunicação, com ênfase em:

  • Canal de comunicação impessoal: quando não há interação pessoal. Exemplificados pelos meios de comunicação em massa (rádio, televisão, internet, jornais, revistas)
  • Canal de comunicação pessoal: Envolve duas ou mais pessoas comunicando-se diretamente entre si. Neste caso, podemos observar dois tipos de interação, face a face ou por telefone.

A comunicação pessoal é considerada mais eficaz, tendo em vista as oportunidades de individualização da apresentação e do feedback do receptor. A escolha do canal depende do que se deseja transmitir e também do público que irá receber a mensagem.

Supostamente, o processo de comunicação aparenta ser um sistema. No entanto, ao nos depararmos com esse processo cotidianamente, entendemos que o mesmo pode ser um processo complexo, devendo ser utilizado com cautela.

Dificilmente os indivíduos aceitam e obedecem as mensagens como sinal de comando sem qualquer questionamento. Isso é quase que frequente, pois o receptor não aceita e não concorda com a mensagem enviada pelo emissor. Segundo Matos (2009, p. 17), os indivíduos possuem a necessidade de alimentar o ego e a vaidade, por isso a comunicação pode ser um tanto conturbada.

2.3 TIPOS DE COMUNICAÇÃO

 

Atualmente, a sociedade é concebida através de suas ferramentas tecnológicas e possibilidades de comunicação e interconexão, reconfigurando a “organização social e econômica, as formas de produção, de trabalho e de consumo” (PEREIRA, 2002, p.04) em uma lógica de redes de relacionamentos.

  1. 3.      COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

O grande desafio da comunicação na organização é buscar a constante consonância com a nova economia que se figura, já que torna impossível conceber as organizações sem comunicação; elas auto-complementam-se. A velocidade dos acontecimentos, por sua vez, exige “uma gama crescente de necessidades de comunicação de seus diferentes públicos” (GLUER, 2003), com vigilância sincrônica, garantindo a longevidade e o sucesso organizacional.

Entender a comunicação empresarial é fundamental para conhecer o contexto em que a comunicação interna está inserida, portanto é importante saber como ocorre à comunicação empresarial ou organizacional.

A comunicação organizacional compreende a leitura e a formação da cultura organizacional, seja analisando os elementos externos (sociedade) que influenciam os ativos internos (organização); planejando constantemente a imagem corporativa ou ajustando a sua identidade aos novos tempos.

Segundo Kunsch (2003, p. 150), o surgimento dessa prática é consequência do “processo de desenvolvimento econômico, social e político do País e da evolução das atividades de relações públicas e do jornalismo empresarial”. Kunsch (2003, p. 150) afirma que são dessas áreas da comunicação que iniciaram as primeiras práticas comunicacionais no Brasil e que permitiram tal crescimento.

Segundo Bueno (2003, p.49),

(...) essa área evoluiu para um processo integrado de relacionamento com os públicos de interesse, de tal modo que uma empresa ou entidade moderna não pode prescindir, hoje, dessa articulação. (...) A Comunicação é o espelho da cultura empresarial e reflete, necessariamente, os valores das organizações. Se eles caminham para valorizar o profissionalismo, a transparência, a responsabilidade social e a participação, a Comunicação se orienta no mesmo sentido.

Também de acordo com Bueno (2003), a década de 1980 surgiu com o objetivo de para impulsionar e dar maior visibilidade a comunicação organizacional. Ainda pela perspectiva do autor, foi a partir desse período, que as empresas perceberam a real importância desse campo.

3.1 FLUXO DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

A comunicação na empresa se dá através de fluxos, segundo Torquato (1986, p. 54).

“Os mecanismos de comunicação numa organização se movimentam, simultaneamente, em três fluxos e duas direções, e no seu ajustamento reside o equilíbrio do sistema comunicacional. São os fluxos descendente, ascendente e lateral, nas direções vertical e horizontal.”

O fluxo descendente são as mensagens que saem da cúpula diretiva, ou topo decisório, e descem até as bases. Segundo Matos (2009, p. 75) “é a comunicação que emana dos cargos diretivos e gerenciais, voltada para o corpo funcional da empresa”. De acordo com Kunsch (2003, p. 85) a comunicação descendente “é a comunicação de cima para baixo, traduzindo a filosofia, as normas e as diretrizes dessa mesma organização. Caracteriza-se, sobretudo como comunicação administrativa oficial.”.

O fluxo ascendente, de acordo com Matos (2009), são as mensagens que saem das bases para os níveis superiores da organização. São informações funcionais, operativas, opiniões ou reclamações que, através de reuniões formais ou informais, caixa de sugestões ou pesquisa de clima organizacional, são direcionadas à cúpula da empresa. Matos (2009, p. 75) diz que “esse fluxo de comunicação é mais eficaz quando acontece de maneira informal e espontânea”. Os fluxos, ascendente e descendente também são chamados de fluxos de comunicação vertical.

No fluxo horizontal, que também pode ser chamado de fluxo lateral, a comunicação ocorre entre colegas de trabalho no mesmo nível hierárquico, entre departamentos, seções, serviços, unidade de negócios etc. (KUNSCH, 2003).

Autores ainda citam dois outros tipos de fluxos: o fluxo transversal e o circular. O fluxo transversal ou longitudinal se dá em todas as direções e perpassa todas as instâncias e as mais diversas unidades setoriais, sem distinção de níveis hierárquicos. (KUNSCH, 2003) e (MATOS, 2009). O fluxo de comunicação circular, segundo Matos (2009) é mais presente nas empresas de pequeno porte. As informações circulam de forma mais informal e entre todos os níveis da sua estrutura funcional.

De acordo com Torquato (1986, p. 55) duas redes de comunicação permeiam o sistema organizacional: a rede formal e a rede informal.

De acordo com Matos (2009), os canais formais, na esfera administrativa, são

representados pelas reuniões, memorandos, ofícios, relatórios. E, no âmbito da comunicação social, são os jornais, revistas, mural, intranet, rádio corporativa, etc. Os canais informais são os meios de comunicação fora dos canais formais, como o bate papo no corredor, a conversa na hora do cafezinho, etc. Para Marchiori (2008) a comunicação informal surge do agrupamento e interação das pessoas e está relacionada aos aspectos afetivos e processos psicossociológicos.

Sobre a rede informal Kunsch (2003, p. 83) diz que “emerge das relações sociais entre pessoas” e afirma que o boato ou rumor é um dos produtos mais conhecidos dessa rede. De acordo com Pimenta (2004) a rede informal também é conhecida como rádio peão, ou rádio corredor, onde circulam as mensagens inadequadas à rede formal. “A rádio peão é onipotente, pois dependendo da importância do assunto sai dos limites da empresa e passa a atuar em outros ambientes: casas dos funcionários, outras empresas etc.” (PIMENTA, 2004, p. 75).

Segundo Santos (1984, p. 20) “rumores e boatos podem espalhar muitas informações erradas e estabelecer confusão dentro das instituições, mas há que distinguir os boatos que trazem danos e os que trazem vantagens à vida da organização”.

 

3.2 COMUNICAÇÃO INTERNA

 

A comunicação interna, segundo Kunsch (2003, p. 154), “seria um setor planejado, com objetivos bem definidos para viabilizar toda a interação possível entre organização e seus empregados, usando ferramentas da comunicação institucional e até da comunicação mercadológica”. As ferramentas mercadológicas são usadas no caso do endomarketing ou marketing interno. Para Clemen (2005) a comunicação interna é realizada exclusivamente com quem constrói a marca da empresa.

Matos (2009), afirma que a comunicação interna é direcionada a funcionários e colaboradores diretamente vinculados à empresa.

Segundo Bueno (2009) os funcionários não têm mais o comprometimento de vestir a camisa da empresa por toda a vida, e estão mais atentos às oportunidades de emprego trocando com facilidade de empresa ou, se puderem, abrindo novas empresas.

Diante da nova realidade empresarial, cabe a empresa não apenas produzir e vender bens e serviços, mas principalmente proporcionar um nível de satisfação interna que conquiste e fidelize clientes. Para criar essa satisfação interna autores defendem o uso da comunicação interna de forma planejada e estratégica.

 

Para Bahia (1995) a comunicação interna deriva da necessidade de comunicar ao público da casa, com frequência e clareza, as ações e pensamentos da empresa e o posicionamento de seus dirigentes. “Eventuais temores ou restrições das empresas e dos empresários sobre a divulgação de suas atividades podem ser contestados mediante a convicção de que é relevante conhecer a realidade do empreendimento”.

3.3  FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO

 

Atualmente, com a tecnologia, as organizações armazenam dados em algum tipo de sistema tecnológico. Os dados são lançados em sistemas por departamentos como de finanças, contabilidade ou marketing. A tendência atual é a disponibilidade desses dados a partir de computadores pessoais, embora, como observam Davenport e Prusak (1998, p. 3) “a estrutura básica do que eles são e de como os armazenamos e utilizamos permanece a mesma”.

 

Hoje existe a necessidade das organizações adotarem uma política de constante atualização tecnológica e de conhecimento, com o objetivo de estarem ajustadas e inseridas o melhor possível no contexto ambiental, evitando assim, eliminação pela concorrência. Bueno (2003, p. 52) destaca que:

 

[...] A inteligência, a criatividade, a inovação são, com justiça, os atributos mais valorizados pelas empresas e pelo mercado, agora transformadoem redes. Nãoimporta mais o equipamento, a peça, mas sim a inteligência que está dentro dele. O hardware não é mais do que a casca que protege o talento, por isso tende a perder o seu valor.

Segundo Menshhein (2007), comunicar-se com os consumidores é essencial para manter o relacionamento ativo e constante, mas as organizações tendem a achar que o melhor a se fazer é entrar em contato com o cliente em qualquer lugar, a qualquer hora e de qualquer forma. A comunicação deve ser usada com bom os clientes, devem se entender de forma clara.

A seleção de canais eficientes para a transmissão senso, é uma via de duas mãos, onde o emissor, a empresa, e o receptor,

da mensagem se torna cada vez mais difícil à medida que os canais de comunicação se mostram mais fragmentados e congestionados (KOTLER; KELLER, 2006).

3.4 PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO

Marketing

O posicionamento da empresa, produto ou serviço no mercado é colocado mediante esta ferramenta. É através do marketing que a empresa cuida de sua imagem perante os clientes. Esta ferramenta trata de todo o ciclo do produto desde sua produção até o consumo criando um relacionamento entre os clientes e o serviço.

Publicidade e Propaganda

 

A publicidade e a propaganda dizem respeito ao ato de divulgar e incutir uma ideia ou produto na mente das pessoas. Ou seja, estas ferramentas têm a tarefa de ao divulgar um produto promover a venda do mesmo, mediante a criação de uma necessidade na mente do consumidor. Para a boa utilização desta ferramenta ela constrói estratégias fundamentadas em pesquisas de mercado.

Pesquisa

A pesquisa é uma ferramenta de informação com base na qual os comunicadores e anunciantes poderão criar e divulgar seus produtos. A pesquisa ajuda o próprio anunciante a conhecer seu produto e sua potencialidade no mercado, assim como o impacto e as expectativas que ele tem causado entre os consumidores.

Merchandising

É a forma como o produto vai se apresentar no ponto de venda. Um bom material de comunicação no ponto de venda é que vai garantir a atenção do consumidor, uma embalagem atrativa, por exemplo, aliada a ações de promoção, degustação, banners, displays, cartazes, luminosos, stoppers, móbiles, ente outros.

Promoção de Vendas

As promoções são estratégias utilizadas para aumentar as vendas e estimular as pessoas a consumirem mais do que elas estão acostumadas. É um método para aumentar o faturamento da empresa, por exemplo: distribuir brindes; realizar degustações do produto entre outros.

 

Eventos

Por trás de um evento há sempre o objetivo de captar os participantes para o consumo da marca patrocinadora. A ideia é levar a um público externo um conceito, modo de vida ou estilo que estão testando e querendo introduzir dentro do mercado.

Assessoria de Imprensa

Para garantir a credibilidade de um produto no mercado, a empresa se utiliza da ferramenta de um Assessor de Imprensa, geralmente um jornalista, que terá a missão de sempre manter a mídia e a opinião pública atualizada sobre novidade daquele produto ou marca. A assessoria envia releases e notícias para a manutenção do produto.

 

Veículos de comunicação

Os veículos de comunicação são ferramentas de veiculação das ferramentas de comunicação e se subdividem em uma infinidade de canais que podem ser a mídia eletrônica, impressa, extensiva, alternativa, Internet, entre outras.

Internet

A Internet é hoje a principal mídia digital e é através dela que a comunicação e compartilhamento de dados vêm evoluindo como um todo. Esta ferramenta tem um poder jamais imaginado antes e é um meio que está promovendo cada vez mais mudanças na cultura da humanidade. Este espaço vem se consolidando por meio da construção contínua, 24h por dia, onde todas as pessoas podem estar inserindo e transformando informações.

A maior potencialidade da Internet é sua capacidade de transportar grandes quantidades de informação em qualquer tempo e espaço e em diferentes formatos. O domínio e acesso sobre esse meio é fundamental hoje para qualquer profissional pelo potencial transformador que esta ferramenta representa.

Televisão

 

 O maior meio de comunicação do país tem tido um grande alcance e impacto sobre os telespectadores. Atualmente a televisão é vista como uma grande influenciadora das massas, fazendo com que o interesse das grandes empresas em veicular suas marcas nessa mídia cresça gradativamente.

Rádio

 

 A Rádio é um dos grandes veículos de transmissão de notícias, músicas e informações de interesse da juventude. Esta ferramenta vem perdendo espaço nos últimos anos para os Ipods e MP3 player, que dão maior controle sobre os conteúdos musicais.

Jornal/Colunas

 

 É um meio de comunicação impresso que possui conteúdos gerais de grande interesse para o público jovem. Vários desses conteúdos são divididos em colunas que podem tratar sobre Economia, Política, Notícias locais, Esportes, Horóscopo, Jogos, Quadrinhos, Charges, Empregos.

Revistas

 

 Voltadas para diferentes públicos juvenis, os seus conteúdos variam de acordo com seu público e há uma grande variedade nos tipos de publicação. Existem revistas especializadas focadas em informações para estudantes, seja os que estão prestando vestibular ou os querem estar por dentro das discussões sobre a escola, ou temas específicos. Muitas destas revistas juvenis são lidas por pais, professores e especialistas, por isso parecem ser um meio interessante de informação juvenil.

 

Mídia extensiva

Este veículo está associado a alguns recursos de comunicação como: painéis externos e internos; backlights e frontlights; outdoor; empenas; adesivos em ônibus ou metrôs; frota personalizada; totens; luminosos, entre outros. É através destes veículos que muitas idéias e produtos são anunciados.

 

Mídia alternativa

A mídia alternativa se refere aos diversos veículos de comunicação que são criados a partir de uma contestação aos grandes veículos de comunicação e setores industriais que sempre monopolizam o mercado da informação e comunicação. Foi com base nesta postura que surgiram os fanzines e os diversos canais de mídia alternativa e independente como, por exemplo, o CMI que veicula informações que são censuradas pelos grandes meios de comunicação ou nem sequer são cogitadas.

Zine ou Fanzine 

 São publicações alternativas produzidas de maneira independente por jovens engajados nos cenários de contestação da indústria cultural, divulgando bandas punks e outros assuntos como literaturas, política, poesias, quadrinhos, etc.

3.5 FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO INTERNA

 

As ferramentas utilizadas pelas organizações visando a transmissão de conhecimento de normas, avisos dentre outros assuntos pertinentes a comunicação interna da empresa junto aos seus colaboradores, são:

Jornal mural:  deve se localizar em pontos estratégicos e de visibilidade dentro da organização pode ser descrito como um mural onde são dispostos os comunicados oficiais da instituição. Hoje, com o avanço da tecnologia, algumas empresas optam pelo mural eletrônico, que ao invés de se localizar no corredor, fica disponível na intranet.

Veículos impressos: Uma de suas funções é a de registrar os principais acontecimentos e eventos da instituição num determinado período. Apresentam diversas vantagens, como a publicação de entrevistas com membros da equipe ou alunos e artigos de especialistas da entidade. Os impressos podem se aprofundar mais em determinados assuntos contendo imagens pertinentes aos temas abordados. É importante que tais veículos mantenham uma linha editorial e periodicidade fixas.

Eventos: nesta categoria, destacam-se congressos, palestras, seminários, workshops, feiras e festas de confraternização. São muito eficazes por gerar visibilidade, trabalhar com a emoção e aproximar pessoas.

Painel eletrônico: único equipamento que pode ser visualizado mesmo sob intensa luz solar. Telão e vídeos convencionais não possuem a mesma capacidade de visualização.

Mídia eletrônica: Podemos aqui citar os portais, blogs, intranet, e-mails, chats e fóruns. As vantagens estão na velocidade com a qual se transmite a informação e no grande número de receptores. No entanto, não se deve substituir todos os impressos pela mídia eletrônica, tendo em vista que em alguns casos não são todas as pessoas que têm acesso ao computador e à internet na empresa.

Minidoor: são cartazes confeccionados em folhas individuais de outdoor. Por terem tamanho reduzido, podem ser utilizados para divulgação de campanhas internas da organização, projetos e parcerias.

Móbile marketing: torpedo: SMS enviado via celular por meio de mailing preestabelecido. Além de auxiliar na comunicação interna, pode ser uma ferramenta de marketing direto. São funcionais em período de processos seletivos e outras divulgações especiais organização.

Rádio e TVs internos: são veículos, que podem ser produzidos pelos próprios colaboradores e gestores da organização, além de integrar recursos potenciais como som e imagem, podem divulgar diariamente os eventos e expor os profissionais da instituição.

  1. 4.       COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL NA GESTÃO PÚBLICA

 

Podemos elucidar as principais funções da Comunicação Organizacional na Gestão Público de acordo com as definições de Rego (2010):

 

  1. 1.      A comunicação como forma de integração interna – diapasão

Função: ajustamento organizacional. Os ambientes internos, alimentados por eficientes fontes de comunicação, motivam-se e integram-se ao espírito organizacional, contribuindo de forma mais eficaz para a consecução das metas.

  1. 2.      A comunicação como forma de expressão de identidade – tuba de ressonância

Função: Imagem e credibilidade. O Poder Executivo sofre constantemente da desintegração das estruturas e equipes, o que acaba gerando dissonância na comunicação. E dissonância fragmenta a identidade governamental. A comunicação integrada e comandada por um polo central tem condições de equacionar esse problema.

Rego (2010) afirma que o poder legislativo carece de um planejamento de comunicação externa, voltado para traduzir todas as funções e atividades, salvaguardando a imagem da instituição. O poder judiciário, o mais fechado, carece da mesma intensificação de programas de comunicação externa.

  1. 3.       A comunicação como base de lançamento de valores

 

Função: expressão de cultura. O sistema de comunicação é fonte de irradiação de valores. No planejamento, um conjunto de princípios valorativos se faz necessário para alimentar a cultura interna e projetar o conceito junto aos diversos públicos-alvo. Os valores devem estar centrados no interesse e no papel da instituição, não nos interesses do dirigente.

  1. 4.      A Comunicação como base de Cidadania

Função: direito à informação. A comunicação deve ser entendida como um dever da administração pública e um direito dos usuários e consumidores serviços. Sonegar tal dever e negar esse direito são um grave erro das entidades públicas. Os comunicadores precisam internalizar esse conceito, na crença de que a base da cidadania se assenta também no direito à informação.

  1. 5.      A comunicação como função orientadora do discurso dos dirigentes

Função: assessoria estratégica. Essa é uma das mais relevantes funções da comunicação. Trata-se de elevar o status do sistema de comunicação ao patamar estratégico de orientação das cúpulas dirigentes. Essa função exige dos comunicadores boa bagagem conceitual e cultural.

  1. 6.      A comunicação como forma de mapeamento dos interesses sociais

Função: pesquisa. Há de se considerar a prospecção ambiental como ferramenta importante do planejamento estratégico de comunicação. Afinal de contas, a pesquisa é que detecta o foco, os eixos centrais e secundários, as demandas e expectativas dos receptores.

 

  1. 7.      A comunicação como forma de orientação aos cidadãos

Função: educativa. Nesse aspecto, a comunicação assume o papel da fonte de educação, pela transmissão de valores, ideias e cargas informativas que sedimentará a bagagem de conhecimento dos receptores.

  1. 8.      A comunicação como forma de democratização do poder

Função: política. Compartilhar as mensagens é democratizar o poder. Pois a comunicação exerce um poder. Assim, detém mais poder quem tem mais informação. Nas estruturas administrativas, tal poder é maior nas altas chefias. E quando se repartem as informações por todos os ambientes e categorias de públicos, o que se está fazendo, de certa forma, é uma repartição de poderes.

  1. 9.      A comunicação como forma de integração social

Função: social. A comunicação tem o dom de integrar os grupos pelo elo informativo. Ou seja, quem dispõe das mesmas informações pode entender melhor seus semelhantes, dialogar, colocar-se no lugar do interlocutor. A comunicação, como a língua, exerce o extraordinário poder de integrar as comunidades, unindo-as em torno de um ideal.

  1. 10.  A comunicação como instrumento a serviço da verdade

Função: ética. Não se deve transigir. A verdade deve ser a fonte de inspiração da comunicação pública. Até porque a mentira e as falsas versões acabam sendo desmascaradas. A comunicação precisa servir ao ideário da ética, valor básico dos cidadãos.

 

 

 

  1. 5.      METODOLOGIA

Para resolver os problemas propostos é fundamental a aplicação de uma pesquisa e a utilização de métodos científicos.

De acordo com Cervo e Bervian (1996, p.44) “a pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas, através do emprego de processos científicos”. A pesquisa tem três elementos fundamentais, o problema, ou dúvida; o uso de um método científico; resposta ou solução do problema.

A presente pesquisa pode ser classificada de acordo com Cervo e Bervian (1996) como um resumo de assunto, pois não aborda uma obra abrangendo um assunto original, trata-se de um texto que reúne, analisa, discute conhecimentos e informações anteriormente publicadas. Um trabalho científico original segundo Cervo e Bervian (1996) é uma pesquisa que apresenta, em seus resultados, nova conquistas para a ciência respectiva.

Ainda de acordo com os autores os procedimentos científicos utilizados para a obtenção dos resultados de uma pesquisa são chamados de métodos e técnicas. Os métodos, segundo Marconi e Lakatos (2001), são subdivididos em método de abordagem e método de procedimento, sendo que a presente pesquisa é um método de procedimento monográfico. “As técnicas são consideradas um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência ”e“ correspondem, portanto, à parte prática de coleta de dados”. (MARCONI e LAKATOS, 2001, p.107).

De acordo com os autores os procedimentos científicos utilizados para a obtenção dos resultados de uma pesquisa são chamados de métodos e técnicas. Os métodos, segundo Marconi e Lakatos (2001), são subdivididos em método de abordagem e método de procedimento, sendo que a presente pesquisa é um método de procedimento monográfico ou estudo de caso. “As técnicas são consideradas um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência” e “correspondem, portanto, à parte prática de coleta de dados”. (MARCONI e LAKATOS, 2001, p. 107).

Em consonância com Cervo e Bervian (1996, p. 47) “cada abordagem ou busca admite níveis diferentes de aprofundamento e enfoques específicos conforme o objeto de estudo, objetivos visados e qualificados do pesquisador”. De acordo com o procedimento geral utilizado na pesquisa em questão, pode se classificar de descritiva e bibliográfica.

A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadasem documentos. Podeser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Em ambos os casos, busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema (CERVO e BERVIAN, 1996, p. 48)

A pesquisa bibliográfica foi realizada na primeira parte deste estudo. De acordo com Cervo e Bervian (1996) esse tipo de pesquisa geralmente constitui o primeiro passo de qualquer pesquisa científica de resumo de assunto.

A finalidade desta pesquisa e do tipo aplicada, que é aquela desenvolvida tendo-se em vista a sua utilização. De acordo com Barros Lehfeld (2006, pg. 78) a pesquisa aplicada tem como motivação a necessidade de produzir conhecimento para aplicações de seus resultados, com objetivo de contribuir para fins práticos, visando a solução mais ou menos imediata do problema encontrado.

Segundo Vilaça (2010), as pesquisas aplicadas dependem de dados que podem ser coletados de formas diferenciadas, tais como pesquisas em laboratório, pesquisa de campo, entrevistas, gravações em áudio e/ou vídeo, diários, documentos, livros, dentre outros.

Quanto ao objetivo é uma pesquisa descritiva, que é aquela que tem por premissa buscar a resolução de problemas melhorando as práticas por meio da observação, análise e descrições objetivas, através de entrevistas com peritos para a padronização de técnicas e validação de conteúdo (THOMAS; NELSON; SILVERMAN, 2007).

Esse tipo de pesquisa observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. Procura descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características.

Quanto ao procedimento de coleta de dados, foi adota a pesquisa bibliográfica, que é aquela que procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadasem documentos. Buscaconhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema.

Em relação à forma de abordagem é do tipo qualitativa, cujo caráter é exploratório, isto é, estimula os entrevistados a pensarem livremente sobre algum tema, objeto ou conceito.

Mostra aspectos subjetivos e atingem motivações nãoexplícitas, ou mesmo conscientes, de maneira espontânea. É utilizada quando se busca percepções e entendimento sobre a natureza geral de uma questão, abrindo espaço para a interpretação.

É uma pesquisa indutiva, isto é, o pesquisador desenvolve conceitos e ideias e entendimentos a partir de padrões encontrados nos dados, ao invés de coletar dados para comprovar teorias, hipóteses e modelos pré-concebidos.

6-        RESULTADOS E DISCUSSÕES

6.1 FERRAMENTAS UTILIZADAS NA GESTÃO EMPRESARIAL

Observa-se que atualmente são utilizadas no âmbito da comunicação empresarial as seguintes ferramentas: marketing, publicidade e propaganda, a pesquisa de mercado, merchandising, promoção de vendas, eventos, assessoria de imprensa, internet, TV, rádio e revistas. Tais ferramentas possuem aplicações distintas, cada uma com finalidades relevantes a fim de que se possa transmitir.

O marketing procurar direcionar o posicionamento da empresa, produto ou serviço no mercado consumidor. É uma ferramenta que busca cuidar\cativar a imagem da empresa junto aos seus clientes. O marketing tem como finalidade ainda estabelecer um ciclo de produção, criando a relação cliente – serviço.

 

A publicidade e a propaganda dizem respeito ao ato de divulgar e incutir uma ideia ou produto na mente das pessoas. Essa ferramenta se utiliza de artifícios para fazer com que aquilo que se deseja transmitir seja assimilado pelo público.

A pesquisa tem como intenção conhecer o mercado e quem são os consumidores potenciais. Através dessa ferramenta as empresas podem criar ou modificar produtos e\ou serviços que serão disponibilizados para o mercado consumidor. Através da pesquisa as instituições podem buscar melhorias em seus produtos.

A forma como o produto vai se apresentar no ponto de venda é chamada de merchandising. Essa ferramenta é associada a ações de promoção, degustação, banners, displays, cartazes, luminosos, stoppers, móbiles, ente outros.

As promoções são métodos para aumentar o faturamento da empresa, por exemplo: distribuir brindes; realizar degustações do produto entre outros.

 

O evento procura levar a um público externo um conceito, modo de vida ou estilo que estão testando e querendo introduzir dentro do mercado.

Para garantir a credibilidade de um produto no mercado, a empresa se utiliza da ferramenta de um Assessor de Imprensa, geralmente um jornalista, que terá a missão de sempre manter a mídia e a opinião pública atualizada sobre novidade daquele produto ou marca. A assessoria envia releases e notícias para a manutenção do produto. A assessoria de imprensa, normalmente está associada ao marketing, visando sempre a preservação da imagem da empresa.

 

Os veículos de comunicação são ferramentas de veiculação das ferramentas de comunicação e se subdividem em uma infinidade de canais que podem ser utilizados tanto de forma externa como de forma interna na organização.

A Internet é o maior conglomerado de redes de comunicações em escala mundial e dispõe milhões de computadores interligados que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. Ela carrega uma ampla variedade de recursos e serviços, e a infraestrutura para suportar correio eletrônico e serviços como comunicação instantânea e compartilhamento de arquivos. A maior potencialidade da Internet é sua capacidade de transportar grandes quantidades de informação em qualquer tempo e espaço e em diferentes formatos. O domínio e acesso sobre esse meio é fundamental hoje para qualquer profissional pelo potencial transformador que esta ferramenta representa.

 A televisão é um dos meios de comunicação em massa, sendo conhecido como o maior meio de comunicação do país tem tido um grande alcance e impacto sobre os telespectadores. Por ser considerado um veículo de grande influencia, as empresas buscam associar seu nome em comerciais televisivos ou através do merchandising veiculados em determinados programas, cuja audiência seja relevante.

 

 A Rádio é um dos grandes veículos de transmissão de notícias, músicas e informações de interesse da população. Esta ferramenta vem perdendo espaço nos últimos anos para os Ipods e MP3 player, que dão maior controle sobre os conteúdos musicais.

O jornal é um meio de comunicação impresso que possui conteúdos gerais de grande interesse para o público. Vários desses conteúdos são divididos em colunas que podem tratar sobre Economia, Política, Notícias locais, Esportes, Horóscopo, Jogos, Quadrinhos, Charges, Empregos; os jornais hoje, também fazem uso da internet, com versões diárias on line com uma gama de conteúdo maior do que a mídia impressa.

 

A mídia extensiva está associada a alguns recursos de comunicação como: painéis externos e internos; backlights e frontlights; outdoor; empenas; adesivos em ônibus ou metrôs; frota personalizada; totens; luminosos, entre outros. É através destes veículos que muitas ideias e produtos são anunciados. Esse tipo de mídia também é bastando utilizado na comunicação interna das empresas.

 

A mídia alternativa se refere aos diversos veículos de comunicação que são criados a partir de uma contestação aos grandes veículos de comunicação e setores industriais que sempre monopolizam o mercado da informação e comunicação. Foi com base nesta postura que surgiram os fanzines e os diversos canais de mídia alternativa e independente como, por exemplo, o CMI que veicula informações que são censuradas pelos grandes meios de comunicação ou nem sequer são cogitadas. Zine ou Fanzine são publicações alternativas produzidas de maneira independente por jovens engajados nos cenários de contestação da indústria cultural, divulgando bandas punks e outros assuntos como literaturas, política, poesias, quadrinhos, etc.

6.2 – PRINCIPAIS FERRAMENTAS UTILIZADAS NA COMUNICAÇÃO INTERNA

A Comunicação Interna engloba todas as práticas e processos comunicativos de uma determinada organização com o seu público interno (todos os colaboradores). Sendo estabelecida de forma correta, além de resultados positivos nas áreas administrativa, mercadológica e econômica, consegue tornar o ambiente de trabalho mais harmonioso e agradável para todos que constituem a empresa. Criar um planejamento estratégico, padronizando seus veículos de Comunicação, a organização consegue passar informações importantes, de forma organizada, clara e objetiva para seu público interno, evitando o surgimento de suposições e comentários errôneos, deixando os funcionários seguros e motivados, estabelecendo uma imagem harmônica e clara que transmite confiabilidade e credibilidade.

 

Podemos apontar como algumas ferramentas o jornal mural,  deve se localizar em pontos estratégicos e de visibilidade dentro da organização pode ser descrito como um mural onde são dispostos os comunicados oficiais da instituição. Os Veículos impressos tem como uma de suas funções é a de registrar os principais acontecimentos e eventos da instituição num determinado período. Apresentam diversas vantagens, como a publicação de entrevistas com membros da equipe ou alunos e artigos de especialistas da entidade. Os impressos podem se aprofundar mais em determinados assuntos contendo imagens pertinentes aos temas abordados.

Ainda podemos citar os eventos, cuja finalidade é trabalhar com a emoção e aproximar pessoas. Apresentamos ainda o painel eletrônico e a mídia eletrônica. Podemos aqui citar os portais, blogs, intranet, e-mails, chats e fóruns. As vantagens estão na velocidade com a qual se transmite a informação e no grande número de receptores. No entanto, não se deve substituir todos os impressos pela mídia eletrônica, tendo em vista que em alguns casos não são todas as pessoas que têm acesso ao computador e à internet na empresa.

De acordo com pesquisa da ABERJE (2007, p. 24) dirigida por Nassar e Figueiredo, o principal veículo utilizado na comunicação interna de uma empresa nos últimos anos é o jornal impresso, seguido da intranet e revista. 

Fonte: Pesquisa de Comunicação Interna, 2007, pag. 04

 

 

6.3 BENEFÍCIOS E IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTERNA

A Comunicação Interna é mais um importante composto da comunicação integrada, visa toda e qualquer possível interação e a troca de informações entre a organização e seus funcionários. Esse tipo de comunicação tem a necessidade de transmitir ao público interno, as ações, visões e pensamentos da organização, deixando o funcionário “a par” do que ocorre na empresa. Para isso, utiliza-se de instrumentos da comunicação.

As principais ferramentas da comunicação interna São elas: jornal mural; eventos, painéis e mídias eletrônicas, tais como intranet. Constatamos que as empresas dispõem de um leque de relevantes veículos que podem utilizá-los a seu favor. Porém, esses veículos requerem estudo, planejamento prévio e credibilidade para mantê-los. Desta forma, é preciso primeiramente analisar seus públicos de interesse e a empresa para que, posteriormente, seja aplicada a ferramenta que mais se aproxime da cultura dos mesmos.

7.             CONSIDERAÇÕES FINAIS

Há alguns anos, a comunicação organizacional passou a fazer parte da realidade de muitas organizações brasileiras. A informação, ou melhor, a troca de informação feita de forma eficaz entre empresa e funcionário, estreitou as relações. Constatou-se que a comunicação organizacional estimula a troca de conhecimento, valores e sentimentos entre os indivíduos de uma empresa e, passou a ser vista como ferramenta essencial e estratégica para as organizações que se preocupam com seus públicos.

As ferramentas utilizadas pela comunicação são dinâmicas, únicas, momentâneas quando faladas, mas eternas quando escritas. São capazes de tudo quando entendidas ou de nada quando não compreendida.

Concluiu-se nesse trabalho que o departamento de comunicação interna de uma empresa consegue interagir funcionários e gerentes, derrubando aquela barreira que antigamente existia em muitas organizações, fator que dificulta a união e o diálogo entre colaboradores e dirigentes. Com isso, as empresas conseguem atingir boa parte da satisfação dos funcionários que, de meros empregados passaram a ser cidadãos corporativos, pessoas essenciais para a empresa. Vale lembrar que este setor deve ser estruturado e planejado para que consiga atingir realmente os resultados visados pelas empresas.

Com essa pesquisa pode-se constatar que, os autores da área recomendam que as empresas utilizem a comunicação interna para fins estratégicos ligados aos interesses da organização. Com mais diálogo, tanto com o público interno quanto com o público externo, há mais credibilidade e desta forma zelam pela boa imagem da organização.

Por fim, concluiu-se que as ferramentas de comunicação interna são essenciais para que o departamento de comunicação consiga exercer seu trabalho com sucesso. Porém, é necessário saber como utilizá-las, pois o uso de forma errada pode levar ao fracasso de uma comunicação interna mal planejada.

Como visto nesse estudo, a comunicação eficaz é alcançada quando os componentes (emissor e receptor) que participam desse processo passam a se preocupar com os elementos que compõem a comunicação.

8.                  REFERÊNCIAS

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KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de Relações Públicas na

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