Gestão Escolar e Educacional
Por Vívian da Mata | 05/04/2009 | EducaçãoDESENVOLVIMENTO
Em relação à História da Educação, podemos definir novos horizontes de investigação baseados em Paulo Freire, com um viés marxista, bem como uma inserção nas perspectivas da criação de algo novo.
O sentido da história educativa não se esgota, fazendo parte de um complexo cultural e social. A educação contemporânea tem uma grande ênfase com a história cultural pela transmissão cultural da formação de mentalidades e atitudes coletivas.
A tendência atual das reformas educacionais em curso, nos últimos tempos, em vários estados do Brasil, tem uma gestão da educação e da escola transformadora. A posição autônoma em tais reformas mostra o início de uma mudança radical na maneira de implantar e pensar a gestão no sistema educativo, principalmente no concernente à escola e sua autonomia.
Uma das principais preocupações da descentralização educativa é a descentralização escolar, sustentada pelos conceitos de autonomia, descentralização, flexibilidade, individualização e poder local. O modelo de uma gestão democrática, sob a perspectiva de uma nova governabilidade, é entendido como conteúdo com normas pragmáticas. Em busca de novos caminhos, como a separação das disciplinas, desenvolvimento de idéias ou teorias ao longo do tempo, os avanços da tecnologia e do modo de gerenciar a produção dependiam do progresso e da sobrevivência das nações, da capacidade de criar e adquirir conhecimento aos bens e serviços, com uma produção para um mercado competitivo, exigente e sofisticado. Em plena era do conhecimento, deseja-se uma mão-de-obra especializada e qualificada sem pensar em tornar o ser humano um ser criativo e espontâneo.
A confirmação da democracia no Brasil e o acesso à evolução sempre se mostrou crescente, originando uma complexa vida social e política. O país conformava com a evolução daquela época. Adotavam-se estratégias de universalização, de equidade, de promoção da cidadania como o objeto do ensino/aprendizagem e o fortalecimento de gestão e gestores no sentido das diferentes regiões.
Durante a gestão do governo de Fernando Henrique Cardoso, houve um avanço na evolução brasileira. Buscou-se implantar um novo estilo na gestão da evolução brasileira, privilegiando o financiamento e gerenciamento com controle social e parcerias no foco do resultado final. Descentralizou-se, desburocratizou-se e simplificou-se compras em prol da escola, por exemplo, demonstrando a iminente transferência de poder.
A sociedade fortaleceu e estruturou escolas para terem um bom funcionamento. O Brasil conviveu com a burocracia e o tempo social. A partir de 1995, o processo de descentralização no Brasil avançou. Criaram-se bases políticas para o avanço da descentralização, o que permitiu o crescimento de experiências, a delegação de poderes, a multiplicidade de decisões e o fato de que cada localidade podia procurar suas próprias soluções. Deste modo, buscaram-se descentralizar a execução de recursos federais, reforçar a participação social e propiciar uma melhor contribuição para a melhora física da escola. A otimização da gestão da educação permitiu colocar a educação na agenda pública, por meio de pensamentos estratégicos, conceitos modernos de gestão e habilidade política para a geração de mudanças significativas.
A diminuição da gestão escolar é de caráter coletivo, realizado da participação conjunta e integrada dos membros de todos os segmentos escolar. A gestão participativa representa um pleonasmo de reforço à essa dimensão.
O estabelecimento de objetivos para solucionar problemas na tomada de decisões e a avaliação de planos de ação para o sucesso da gestão escolar, no alcance dos objetivos, se assenta no entendimento da gestão. A participação dos cidadãos tem oportunidade de controlar o próprio trabalho, sentirem-se autoras e responsáveis pelos seus resultados. Com a prática participativa, é possível ultrapassar o exercício do poder individual e de referência, promovendo a competência centrada na unidade escolar como um todo.
O sentido da participação caracteriza-se por uma força que atua de forma consciente, através de seus resultados e de sua cultura. Toda pessoa tem influência sobre o contexto de que faz parte e estimula o espírito de equipe. A superação do ego e da vaidade, para manter a autoridade necessária, lembrando que, na gestão coletiva, o que predomina são as ações conjuntas, criam posturas e atitudes de gestão responsável para colher bons frutos na escola.
Organismos de países mais desenvolvidos estão visualizando o que deve ser feito: os objetivos centrais dos processos educacionais, avaliando constantemente a qualidade educativa. A falta de familiaridade da nossa sociedade com a avaliação do ensino e os resultados mais criativos fazem-nos perceber como ele vai ser usado e avaliado no futuro. O grande desafio é a melhoria e a qualidade na educação. Atualmente estão sendo desenvolvidas avaliações que criam sistema universal de avaliar.
Para se ter uma boa gestão educacional, é preciso do planejamento estratégico, que se tornou o foco das grandes empresas. Deve-se aproveitar as oportunidades do ambiente. O planejamento estratégico tem uma metodologia de aperfeiçoamento quando acontece: crescimento econômico, globalização, inflação, escassez de alguns recursos, alto custo de gasolina. Tal planejamento visa estabelecer a direção a ser seguida pela organização, visando interação com o ambiente. Planejar é investir no futuro, é necessário um plano para se construir, para lançar algo novo no mercado. Dá-se aqui a chamada administração estratégica.
O planejamento estratégico dentro do processo de administração estratégica é útil para a gestão das organizações, sendo visto como objeto dinâmico de gestão.
A prática social, global e a educação brasileira, hoje, tem valor democrático na gestão da educação. Sua importância e sua participação humana é na formação de cidadania. É necessário para construirmos uma sociedade mais justa e humana. Sabe-se que vivemos em um mundo complexo. E queremos o mundo melhor. A gestão democrática da educação comprometida com a formação de homens e mulheres autônomos, orgânicos, competentes e capazes de dirigir seus destinos tem garantido a igualdade de direitos para todos, desde o princípio na ideologia liberal que se desenvolveu e instalou uma sociedade humana.
Na Renascença encontramos as raízes dos individualismo. No Liberalismo Clássico, tem sua raiz a igualdade de oportunidades para todos que são desiguais e necessitam de todas as possibilidades diferentes para se desenvolverem. Estas épocas nos mostram que devemos compreender que o ser humano é o único ser vivo na criação do mundo objetivo, não podendo ser mero receptor, mas sim, ator e sujeito.
O desafio mais importante na humanidade está no papel da educação – preservando e cultivando a emancipação contra os riscos de manipulação. A gestão democrática da educação precisa valorizar o conhecimento – emancipação para formação humana. A gestão democrática da educação na complexidade do mundo atual deve construir um futuro mais consciente para toda humanidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Uma mudança de perspectiva – IM: Le Goff Chartier, Roger; ROCHE, Daniel.
OLIVEIRA, D. A. Gestão democrática na educação. São Paulo: Cortez, 1998.