GESTÃO ESCOLAR, DEMOCRACIA E QUALIDADE DO ENSINO...

Por EZEQUIAS MAURICIO | 23/11/2016 | Educação

GESTÃO ESCOLAR, DEMOCRACIA E QUALIDADE DO ENSINO (As Funções da escola, a Estrutura Didática e a Qualidade do Ensino)

Dentro da proposta do autor , quando esse relata sobre o tema proposto, se faz mister que se tenha pacificado o verdadeiro sentido de cada tema ora apresentado, e sua real fundamentação no âmbito escolar, para que não se perca a postura educacional das propostas e objetivos que norteiam uma necessidade sentida pela sociedade X família X escola. Nesse diapasão, fica evidenciado o descrédito, o descontentamento do que se é oferecido pela escola pública fundamental, criando um antagonismo: teoria X prática, resultando na concretude de um de seus maiores objetivos: a qualidade do ensino, sendo que resta claro o inequívoco, no que tange o conceito de qualidade. Tem-se que traçar parâmetros rigorosos, dentro dos objetivos propostos pela escola, pois a educação é o foco principal a ser pleiteado, e uma vez perdido o direcionamento do objetivo buscado, ocorrerá a não compreensão do processo educativo, implicando diretamente na realidade educacional proposta. Questiona-se então, qual o real papel da escola? E, segundo o autor Vitor Paro, não está explícita, visão realista desse objetivo, pois perfaz caminhos diversos dos interesses almejados e elencados, sendo: cidadão X sociedade, com interesses intrínsecos. Isso reduz a uma educação que atinge uma minoria , onde a evidência se concentra em impor ponto de vista dos donos do poder político e econômico .Nesse sentido, se faz fundamental uma reprogramação revisional e crítica da abordagens dos processos educativos já existentes, sempre versado para um ideário pedagógico , com a predominância da reflexão. Aí se definirá o conceito de qualidade da educação escolar, quando estará pronta na propositura de oferecer políticas públicas em consonância com o ensino fundamental. Vale ressaltar que há um conceito pacificado de qualidade de ensino , onde impera a quantidade de informações repassadas pelos educadores , e esse entendimento se irradia , visivelmente , por outros segmentos , tanto como fenômeno humano, histórico e em estudos acadêmicos , isto é o que norteia o privilégio de um ou outro aspecto do fenômeno educacional em detrimento dos demais aspectos de suma importância no âmbito educacional. A escola, em seus diferentes posicionamentos, enfatizando a educação, que é seu objetivo maior, dele levar em conta a complexidade da realidade educacional, e estar sempre aberta a nova propostas, visando às manifestações do homem, quando posto na condição real do ensino-aprendizagem. Há que se avaliar toda as abordagens educacionais propostas, então, exercer o real significado da qualidade do ensino-aprendizagem, operação essa que será exercida pela escola, não podendo haver inversões de papéis, ou seja, família para escola, e vice versa, há que se definir o papel de cada entidade. Cumpre justificar o papel da escola como fenômeno vital, resultado de uma posição epistemológica, cujas aplicações pedagógicas se perpetuem no cotidiano de aluno, para a real atividade no meio em que está inserido.

No discurso sobre a estrutura didática da escola parte-se sobre os fins da educação escolar e a visão dos educadores e frequentadores da escola. Ainda há na educação escolar a figura de um receptor passivo, recheado de informações

necessárias para sua facilitação em ser eficiente na profissão, na transmissão dos conhecimentos elaborados, e, através de certos parâmetros, ocorrerá à constatação do que se foi exigido, e se foi adquirido pelo aluno em forma de conhecimento. Aqui poderá ocorrer a satisfação da hierarquia cultural. Mas, a qualidade do ensino extrai desse modelo de didática educacional o que poderá ser aproveitado considerando as expectativas dos alunos, e sua esperança para o futuro. Já pairam dúvida no que tange os educadores sobre pretensas aspirações dos alunos atuais X alunos anteriores. Porém, em seu brilhante discurso, a coordenadora pedagógica Lúcia já relata essa dubiedade, não definindo o ponto real atual, quando diz não sabe a visão que se tem sobre o assunto em questão. Para outros pensadores, a escola-educação, deixa de ser visão de futuro, pois a realidade de muitos usuários é um túnel sem luz no final, sendo esta a realidade vivenciada em família, às vezes se tem pais cultos, educados, detentores de conhecimentos, porém desempregados, sem chance de alcançarem a tão sonhada independência financeira. Surge, então, a dicotomia estudo X futuro promissor, e isso acaba por confundir a natureza escolar, onde o usuário deve ser posto em condição favorável, fundadas em concepções, que por excelência, será realizada a verdadeira educação, elevando o usuário ao ajustamento social, tendo a escola o papel principal de formadora de cidadão, para tanto é necessário uma base didática equilibrada, sujeita à transformação, para que se atue numa realidade dinâmica, fechando as decepções e lacunas advindas da sociedade já presenciada pelo usuário. Papel difícil esse, porém não impossível, pois atualmente a escola conta com professores altamente capacitados, com várias metodologias e abordagens para atender os diferentes tipos de usuários, e ainda uma gama de conhecimentos empíricos trazidos pelos usuários, que não pode ser desconsiderado. A didática atualmente advém de práticas que podem, livremente, serem rejeitadas, contestadas, porém dignas de grande sucesso ou contradições, podendo ser refeitas para que se atinja a qualidade da educação.

Como ponto fundamental da educação esta a qualidade do ensino, e para tanto se segue todos os percursos educacionais, para atingir o mínimo objetivo: a educação do usuário aluno. Vê-se aqui a escola em seu organograma, e uma hierarquia harmonizada. Todos que ali atuam, tem papel de fundamental importância numa engrenagem onde uma peça necessita da outra para o bom funcionamento, logo, exige-se, pelo menos, uma boa para ótima estrutura administrativa x didática da escola fundamental x qualidade; visando a educação em seu sentido lato. Aqui se forma o homem histórico, que deixará seu maior legado às gerações futuras – a educação, numa dimensão histórica, onde o individual se equipara ao social, e daí são extraídos os valores da vida humana. Após toda essa mobilização e contextos, a educação poderá usufruir dos bens que lhe forem proporcionados no âmbito social e cultural, dentro de uma sociedade democrática de direito. Ensinar-educar continua sendo uma árdua tarefa, mas nada impede o sucesso dessa jornada, para tanto conheçamos os caminhos, amemos os usuários, sem acepções de pessoas, lutando por melhores condições de trabalho, didática, alcançando a verdadeira qualidade que deixaria o diferencial histórico desta geração.