Gestão da Manutenção em Equipamento Hospitalar

Por RONALDO AZEVEDO PEDROSA | 08/11/2017 | Engenharia

Ronaldo de Azevedo Pedrosa
ronpedrosa@gmail.com

Resumo

O objetivo desse artigo tem como foco principal fazer uma analogia das técnicas de manutenção utilizados entre o  segmento hospitalar e o da aviação, para estabelecer um parâmetro técnico da aviação e a realidade dentro do universo dos parques de equipamentos hospitalares, com foco principal na segurança e resultado otimizado, maximizar os pontos de qualidade, melhoria continua e minimizar os incidentes e falhas, para que os gráficos estatísticos possa inverter a parábola ascendente de maus resultados. Pretendo também, fazer com que as inspeções técnicas e busca pela qualidade seja parte do “compliance”, desse setor com o fim de mudar a realidade no Brasil.

Palavras chave

Equipamento hospitalar, confiabilidade, manutenção.

1INTRODUÇÃO

A tecnologia trouxe para o complexo da indústria, os conceitos de produtividade, competitividade e qualidade, estas premissas passaram a ditar ordens no mercado e o mesmo passou a exigir padrões de excelência de seus produtos e serviços; porém, manter equipamentos e bens de produção exige investimentos elevados, de forma a garantir a sua disponibilidade para que estes possam ser considerados rentáveis e no caso hospitalar confiáveis.

 A área de saúde também tem acompanhado a tendência de incorporação de novas tecnologias, o que acarretou inevitáveis transformações principalmente na gestão de ativos e utilização destes pelos profissionais de saúde.

Quando estudamos um ambiente de unidade de saúde, tende-se a imaginar um alto nível de segurança para seus funcionários e pacientes, em função de suas atividades ambulatoriais e terapêuticas. De forma paradoxal, o hospital apresenta riscos e perigos que poderão representar ameaças imediatas, causando, mais cedo ou mais tarde, problemas de saúde a pessoas que mantêm contato direto e ou cotidiano com esse espaço. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), risco refere-se à probabilidade de que um incidente ocorra. O perigo, por sua vez, consiste em uma circunstância, agente ou ação que pode levar a aumento ou risco.

Segundo Gerson Florence et al.(2003)., a evolução da prática médica vem sendo acompanhada pela crescente complexidade dos equipamentos médico-hospitalares (EMH), haja vista o crescente número de cirurgias minimamente invasivas, novos procedimentos e equipamentos laboratoriais e de diagnóstico que podemos encontrar atualmente.

Os avanços farmacológicos e a melhor compreensão das doenças permitiram o aumento da eficácia no tratamento médico-hospitalar; contudo, o aumento da complexidade de EMH trouxe como consequência um aumento significativo dos erros de operação quanto ao uso destes.

Embora seja consenso a importância dos equipamentos enquanto recursos para apoio às ações da saúde, os mesmos ainda estão sendo incorporados fora de uma lógica racional, e as deficiências no planejamento desde a aquisição e incorporação de tecnologias sofrem forte influência das políticas econômicas.

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