GESTÃO DA EDUCAÇÃO: PERSPECTIVAS E DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS NA FORMAÇÃO PARA CIDADANIA

Por Maria Fátima | 07/12/2010 | Educação

RESUMO

Este trabalho nos leva a refletir sobre as relações que se estabelecem entre o trabalho pedagógico e a Gestão Educacional considerando a necessidade de se conscientizar nas práticas educativas um processo educacional que esteja intrinsecamente articulado com a construção da cidadania. O tema "Gestão da Educação perspectivas e desafios contemporâneos na formação para cidadania" aborda a questão do processo pedagógico no mundo contemporâneo o qual nos leva a refletir sobre questões presentes no nosso cotidiano. Sendo que o principal objetivo é focalizar a questão sobre as perspectivas da Gestão Democrática e os desafios contemporâneos na formação para cidadania. Para tanto, será necessário primeiramente observar o que explica a LDB 9394/96 ? Art. 14. (DELOURS, 1998, p.60). (PCN, 2001, p. 32). (PAULO FREIRE, 1981, p. 93/94).


Palavras-chave: Educação, Gestão Democrática e cidadania

1. Introdução

Esta pesquisa será desenvolvida para mostrar a importância sobre as relações que se estabelecem entre o trabalho pedagógico e a gestão educacional considerando a necessidade de se conscientizar nas práticas educativas um processo educacional o qual esteja intrinsecamente articulado com a construção da cidadania. Sabe-se que no cenário educacional contemporâneo a questão da gestão educacional tem sido alvo de grandes debates, principalmente, na escola pública que muitas vezes interioriza uma gestão pautada no conservadorismo e tradicionalismo. Na educação, um dos principais efeitos deste movimento são os processos de descentralização da gestão educacional, hoje, percebida como uma das tendências mais importantes na reforma educacional do país.
Neste contexto, o gestor é um dos principais responsáveis pela execução de uma política que promova o atendimento às necessidades e anseios dos que fazem a comunidade escolar. Partindo desse princípio, a gestão educacional precisa rever o papel do gestor escolar no sentido de promover a gestão democrática como prática mediadora do trabalho pedagógico. Dentro desta abordagem, este trabalho pretende mostrar aos leitores como a gestão educacional pública deve ser incluída no rol de práticas sociais e como a mesma pode contribuir para a consciência democrática e na participação popular podendo acompanhar os aspectos econômicos da sociedade atual sobre as perspectivas da gestão democrática e os desafios contemporâneos.
Nesse sentido, será necessário primeiramente enfocar, a importância da gestão democrática e os desafios contemporâneos na formação para cidadania e como será importante considerar tal exercício democrático junto à gestão da democracia no ambiente escolar como uma dinâmica que não se esgota simplesmente pela sua garantia legal, pois é um processo contínuo e complexo que se desenvolve conforme a evolução da própria sociedade e seus sujeitos sendo que, será respaldada nas idéias de diferentes autores da área como Gadotti (2001), Silva (1996), Veiga (1997), Vianna (1986), Libâneo (2004), Lück (2006) e Paro (2006). Delours (1998, p.60), Paulo Freire, (1981, p. 93/94).
Para tanto, estes estudiosos partem da premissa de que será através da realização de um trabalho participativo, autônomo e democrático, o qual envolve todos os segmentos sociais que se compõe a escola e que podemos contribuir para o rompimento do autoritarismo que ainda permanece no interior das escolas e assim podemos proporcionar uma reflexão quanto ao papel do gestor na busca de uma escola pública de qualidade e como ela deverá ser estabelecida como um princípio político, tendo como base a Constituição de 1988, posteriormente referendada pelas Constituições Estaduais e Municipais, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9394/96-Art. 14, e sobre as orientações dos PCNs (2001, p.32).
Será neste direcionamento, que pretendo apresentar este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o qual nos deixa a compreender que a efetiva democratização do saber se dará, quando a sociedade civil for conscientizada do que consiste realmente o processo democrático de gestão, para tanto cabe a nós, educadores e gestores, buscarmos conhecimentos teórico-metodológicos e pragmáticos que nos possibilitem a promoção de uma efetiva gestão democrática, onde as relações de poder possam ser repensadas de modo que a efetiva participação de todos os atores sociais e comunidade escolar, seja constante e ocorra de forma crítico-reflexivo, ressaltando-se nesta ótica a importância do desenvolvimento deste estudo.

2. Objetivos

Será dentro dessa perspectiva que tenho como objetivo, mostrar através desse TCC como conseguir sistematizar os conhecimentos produzidos durante o Curso de Especialização em Gestão Educacional e Coordenação Pedagógica na modalidade à distância, mediante ao percurso o qual estive inserida sobre um objeto de estudo pertinente ao curso, como também envolver e estimular a participação de diferentes atores, com isso realizar a articulação relacionadas aos aspectos financeiro, pedagógico e administrativo, para tornar possível o objetivo específico que é de promover uma educação de qualidade, destacando a relevância do direito à educação que deve ser dirigida para o desenvolvimento pleno da pessoa, reforçando o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais.

3. Aspectos Metodológicos

A metodologia que serviu de base para essa concretização, foi à pesquisa bibliográfica que, segundo vários autores consistem no exame do conjunto de livros escritos visando à contextualização do tema e uma análise, em especial, específica para o direito à educação através das obras: Legislação educacional brasileira; Gestão democrática da escola pública; Parâmetros Curriculares Nacionais, entre outras.
Com base no que vimos até agora, podemos afirmar que a gestão educacional objetiva organizar, mobilizar e articular a importância da gestão democrática e os desafios contemporâneos na formação para cidadania para tanto, será de suma importância considerar tal exercício democrático junto à gestão da democracia no ambiente escolar conforme a evolução da própria sociedade e seus sujeitos tornando-os capazes de enfrentar os desafios no mundo contemporâneo impostos pela própria sociedade.
E foi nesta perspectiva que a metodologia aplicada neste trabalho se deu através da revisão bibliográfica a partir da análise em alguns trabalhos recentes como: pesquisas realizadas na área de gestão educacional, de levantamento de dados encontrados em artigos publicados em revistas científicas, bem como dos extraídos de meio eletrônico, sendo que, o referencial teórico será organizado a partir de análises de conteúdos relevantes para o estudo nos quais irá contribuir para desencadear o tema sobre: Gestão da Educação: perspectivas e desafios contemporâneos na formação para cidadania, objetivando-se com isso comparar, analisar e cruzar dados e informações obtidas cujo embasamento legal será feito através da Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96 e nos Parâmetros Curriculares Nacionais.

4. Recursos

As fontes utilizadas para realização desse artigo foram: cadernos de estudos das seguintes Instituições como: FTC, FINOM, ENAPE, EESP e POSEAD, livros-textos, documentos e/ou relatórios referente aos finais de encontros com capacitações regionais e municipais com a participação de entidades, técnicos e apoiadores dos setores públicos, municipais e estaduais. Além disso, também se fez necessário uma revisão literária sobre á Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n° 9394/96, a qual está impulsionada para a formulação de políticas públicas nacionais no enfoque na democratização da educação, da escola e dos modelos de gestão ligados aos sistemas de ensinos e nos processos de democratização do País, a qual se encontra inspirada na construção de espaços democráticos como está determinado, no seu Artigo 15, na Legislação Educacional Brasileira a qual nos mostra a importância sobre a gestão democrática da escola pública; e nos Parâmetros Curriculares Nacionais, entre outras.
Neste sentido, percebe-se que a gestão democrática deve promover nas escolas uma gestão compartilhada com a comunidade escolar, no sentido de consolidar progressivamente a autonomia financeira, administrativa e pedagógica envolvendo de certa forma todos os segmentos sociais que se compõe a instituição e assim poder contribuir para que as mudanças ocorram na educação de forma organizacional, num processo de construção coletiva, mediante muito trabalho, dedicação, conhecimento, respeito à diversidade e pluralidade determinando assim sua missão com base e apoio sobre determinados valores.
Assim sendo, para a construção da democracia na escola, por meio da gestão democrática, cujos fundamentos são a autonomia, a participação e a emancipação, se faz necessário uma mudança de paradigma, pois na grande maioria a história de vida dessas pessoas, nos mostra que acima de tudo é preciso acreditar, é preciso superar desafios, é preciso sonhar com um mundo mais justo, com menos desigualdade social, visto que, o pleno desenvolvimento das funções sociais da educação depende do efetivo engajamento dos vários atores envolvidos nos sistemas educacionais e nas instituições de ensino para a consecução desenvolvida e associada a um contexto de outras idéias como, por exemplo, a transformação em prol da cidadania.

5. Discussão dos Resultados

I. O papel da escola na formação do cidadão para exercer sua cidadania

Nesse momento, pretendo mostrar aos leitores a importância da Gestão Educacional mediante perspectivas e desafios na formação do cidadão no mundo contemporâneo, podendo assim transformar em virtudes de acordo as necessidades e interesses os quais irão surgindo no processo histórico de aprendizagem, para conviver democraticamente e poder enfrentar o seu convivio no meio social.
Nesse sentido, percebemos que os assuntos correlacionados a cidadania e/ou educação são bastante ricos e necessários nos dias atuais e que estes, sob o ponto de vista são importantes para que não apenas nossos alunos, mas nós como educadores também podemos aprender olhando o mesmo objeto de estudo, mas sob perspectivas diferentes, pois qualquer trabalho educativo no qual tenha como finalidade a contribuição para a construção da cidadania, deverá se ocupar em promover e ensinar a todo seu corpo docente e discente os percurso quando voltado para os valores e participação nos quais os mesmos vivem sustentados pela interação na busca de novos conhecimento.
Sabe-se que viver em sociedade, significa orientar e rever seu comportamento por leis e regras criadas por seus sujeitos e objetos e que os mesmos irá tornar essa convivencia adequando às suas necessidades naturais tendo consciência de que esse papel não será apenas de obdecer e respeitar as leis, mas de poder contribuir na sua reformulação se adequando para elaboração de novas leis.
Dessa forma, para a construção desse artigo se fez necessário uma revisão literária sobre á a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n° 9394/96, a qual está impulsionada para a formulação de políticas públicas nacionais no enfoque na democratização da educação, da escola e dos modelos de gestão ligados aos sistemas de ensinos e nos processos de democratização do País, a qual encontra-se inspirada na construção de espaços democráticos como está determinado no seu Artigo 15, que:

Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica, que os integram, progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas às normas gerais do direito financeiro público como uma possível forma para melhorar o processo e os resultados obtidos pelo sistema público de ensino, a partir do envolvimento da comunidade escolar e local na tomada de decisões, buscando assim, um ensino de qualidade. LDBEN (Lei n° 9394/96, Art. 15).

Após essa revisão pode-se perceber que a educação só poderá alcançar esse objetivo com o apoio de sua equipe, principalmente dos diretores, pois os mesmos assumem um papel fundamental além de administrar e gerenciar as inúmeras demandas da instituição, na formação de equipe colaborativa para o desenvolvimento dos trabalhos educacionais e que a qualidade social da educação e/ou da gestão pela qualidade só será discutido no contexto democrático e de participação se tiver como base o sujeito elevado de liberdade, autonomiae de forma consciente nas tomadas de decisões em todos os âmbitos da sociedade. Nesse sentido, Gadotti (2001), explica que:
Cidadania não poderá ser vista apenas como um produto da solidariedade individual como prega o estado neoliberal, mas sim como resultados de decisões democráticas, onde haja participação de cidadãos ditos comuns, da sociedade civil organizada, nas tomadas de decisões nos campos educacionais, político-econômicos, social, e que o resultado dessas decisões seja realizado assim de forma coletivo. Gadotti (2001).

De acordo posição descrita em artigo n° 15 da Lei 9493 ? LDBEN e do autor, nesse primeiro momento, fizemos uma reflexão sobre a gestão educacional e qual será os desafios repassados a cada um de nós como educadores, pois será impossível pensar em debater qualquer estrutura educativa sem antes perceber os conceitos e valores fundamentais da expressão do saber democrático.
Para tanto, precisamos estár aptos a participar e a pensar nas práticas sociais em que o indivíduo deve está inserido, tudo isso mediante ao processo de construção do saber, legal, o qual será desenvolvido conforme a evolução da própria sociedade, porém, será preciso antes de qualquer coisa que nós como educadores começamos a nos ver como cidadãos participantes na construção da sociedade e do conhecimento, ou seja, como pessoas capazes de criar ou mudar a ordem social aonde o trabalho na construção venha a ser determinante para uma formação de um cidadão crítico, criativo e comprometido com a transformação social e assim poder exercer sua cidadania.
II. Gestão e democracia
Um desafio, nesse sentido, é que são muitas as concepções sobre a questão da gestão e da democracia, isso acontece certamente pela idéia da gestão escolar democrática está vinculada à função social que a escola deve cumprir. Com isso, precisamos cada vez mais observar a importância do gestor, porém, o exercício de sua função deve ser respaldado em muita capacidade relacional além de lidar diretamente com vários tipos de pessoas diferentes, pensamentos opostos além de participar de vários desafios diferentes e uni-los em torno de um único objetivo: melhorar a qualidade de educação, no entanto, a educação, a sociedade tem o direito de exigir uma gestão de qualidade e que ajude na busca da liberdade, justiça, solidariedade, fraternidade da formação e humanização dos homens e das mulheres, nas relações, dos grupos e até mesmo da própria sociedade.
Nessa ótica, os processos de gestão nas escolas vão além da gestão administrativa, pois a mesma procura assegurar igualdade de condições de acesso e permanência, proporcionando mudanças significativas na vida das pessoas, na medida em que elas passam a se interessar e se sentir responsáveis por tudo que representa, podendo assim escolher e criar novas formas de relações coletivas respeitando à diversidade cultural de cada um, mediante á coexistência de idéias e a concepção pedagógica, pois para pensarmos em relações saudáveis significa pensar primeiramente num ambiente acolhedor, no qual as pessoas possam ser ouvidas, valorizadas e tenham o seu próprio espaço podendo assim desenvolver suas competências.
Se a verdadeira democracia caracteriza-se, dentre outras coisas, pela participação ativa dos cidadãos na vida pública, considerados não apenas como "titulares de direito", mas também como "criadores de novos direitos", é preciso que a educação se preocupe com dotar-lhes das capacidades culturais exigidas para exercerem essas atribuições, justificando-se, portanto a necessidade de a escola pública cuidar, de forma planejada e não apenas difusa, de uma autêntica formação do democrata. (PARO, 2000, p. 78).

De acordo a posição do autor, percebemos que uma gestão educacional só se torna democrática, através da conquista de sua essência pedagógica e/ou pelo seu caráter público no qual se estabelecem mediante a democratização e pela formação da cidadania mediante o desenvolvimento de competências, cognitivas e complexas, as quais contribuirão na formação do cidadão. Para tanto, se precisam desenvolver conhecimentos, habilidades, atitudes podendo potencializar a qualidade desse sujeito na sua relação com a sociedade, com a natureza e consigo mesmo.
Na sociedade contemporânea, a qualidade social da educação juntamente a equipe de liderança sobre essas pessoas os quais trabalham no desenvolvimento das relações sociais, da emancipação dos sujeitos sociais reunindo forças para fortalecimento numa relação efetiva entre democratização e qualidade podendo assim estabelecer os valores e as diretrizes possibilitando assim, a análise sobre o desempenho global de cada um, ajudando na contribuição do seu desenvolvimento econômico, social e cultural na busca de um País, com aumento de competitividade e qualidade de vida igualitária a todos.
Nesse aspecto, todo fazer pedagógico deve estar atento aos trabalhos do gestor e/ou coordenador pedagógico, pois será através do fazer pedagógico, que se torna possível ampliar as relações humanas para além do convívio. A Pedagogia pensa e recria os espaços de convivência humana, dando-lhes significados e novas perspectivas, construídas pela coletividade e enraizadas no pensar e no fazer crítico assim, os espaços de interação e de integração do ser humano, deve ser constituídos de um fazer não-linear, respeitando as especificidades de cada um, mas objetivando o bem comum e planetário.
Nesse sentido, Libâneo (2004) considera que:
A complexidade da vida social contemporânea e a conseqüente diversificação das atividades educativas resultam ao mesmo tempo em ampliações das ações pedagógicas. Nos meios profissionais, político, sindical, empresaria, nos meios de comunicação social, nos movimentos da sociedade civil assiste-se a uma redescoberta da Pedagogia. Estamos diante de uma sociedade pedagógica (LIBÂNEO, 2004, p.57).

Conforme opinião do autor, a Pedagogia e o pedagogo, parece estar redescobrindo que será preciso ampliar a democracia mediante a participação ativa da sociedade nos diversos espaços sociais, podendo assim enfrentar de certo modo as circunstâncias, as organizações e a coordenação da ação docente, a qual virá através das articulações desenvolvidas e a problemática encontrada, no modo que todos os esforços venham a ser canalizados para se desenvolverem de formas criativas, coletivas na busca da liberdade com autonomia fazendo com que esse cidadão possa criar decidir, ensinar, pesquisar, divulgar e assim poder exercer sua cidadania.
Sendo que essa totalidade só poderá se estabelecer no ambiente onde permaneça uma ação educativa como forma de alcançar liberdade, independência e conquista pela cidadania. No entanto, será a escola um desses espaços, pois a gestão escolar democrática é uma forma de democracia participativa que favorece o exercício da cidadania consciente e comprometida com os interesses da maior parte da sociedade.
III. O currículo como o meio de conhecimento mediante a sociedade.
Nesse processo relacional, o homem deixa de ter uma existência limitada, quando submete sua ação produtiva a um projeto consciente, tanto do seu próprio trabalho como da sociedade como um todo, é pelo trabalho que o homem se expressa historicamente, fazendo sua própria história. Nesse sentido, não podemos pensar numa transformação educacional sem antes contextualizar a importância do currículo na sua dimensão pedagógica, o currículo resgate o trabalho da cultura historicamente produzida e acumulada a qual foi pesquisada, vivenciada, registrada pelos homens e colocado a serviço da sociedade, trazendo os saberes e as aprendizagens que serão reconstruídas e transformadas, isto se faz para garantir e respeitar as diversidades culturais, regionais e políticas existentes em uma sociedade múltipla, a qual será vivenciada e registrada pelos homens tendo como objetivo atender nossas realidades plurais e diversas, as quais irão ajudar no conhecimento em relação aos valores organizados de acordo com o meio social tendo como fonte de medida o conhecimento e a dignidade do ser humano.
Na educação, o currículo não pode apenas ser pensado como um rol de conteúdo que deverá ser transmitido a um sujeito passivo, mas, como uma forma de conhecer o EU e/ou VOCÊ, visto que, será através desse conhecimento que nos tornamos responsáveis por aquilo que aprendemos e podemos ensinar através da troca de experiências uns com os outros, nos tornando mediador, organizador e facilitador das ações que podemos favorecer, ou seja, o conhecer coletivamente, pois o currículo nada, mas é que a construção de nós mesmo como sujeitos. Para Silva (1996, p.179)

O currículo está no centro mesmo da atividade educacional onde a escola não deverá usar apenas socialmente para organizar as experiências de crianças, jovens e adultos, mas para ajudar na formação na construção da legitimidade mediante seu papel junto à comunidade tornando assim, inerentes ao cotidiano de seus atores, revendo a herança de um caminho definido por padrões conceituais e comportamentais observando assim as tramas culturais que atravessam e sustentam as relações entre as pessoas na escola. Pois seu objetivo será de produzir determinada identidade individual e social entre os conhecimentos construídos na prática social transmitidos, organizados e transformados na prática escolar. Silva (1996, p. 179).


Neste sentido, concordo com a posição do autor ao ver o currículo como fonte de interação entre a articulação e a pratica escolar na busca de novas perspectivas que vai além da valorização dos conteúdos, revendo a possibilidade de ser entendido não apenas como um caminho definido por padrões conceituais e comportamentais, mas como tramas culturais que atravessam e sustentam as relações entre as pessoas na forma de alcançar a liberdade, a independência e a conquista pela cidadania, tendo como meta o ideal de uma crescente igualdade de direitos entre os cidadãos, o qual se encontra baseado nos princípios democráticos.
As pessoas que compõem esse trabalho devem estar capacitadas e satisfeitas, pois a democratização das escolas necessita desse desenvolvimento para que as Instituições de Ensino não percam seu sentido de público mediante aos diferentes setores da sociedade, pois seu objetivo será de garantir o direito de influência no processo de mudanças no sentido de garantir uma educação democrática, e igualitária para todos.
IV. Participação para uma boa formação
A participação faz parte do próprio ato pedagógico, na gestão educacional democrática esse trabalho significa que toda sociedade precisa trabalhar na busca de desenvolver meios que possam preservar suas formas de viver coletivamente, ou seja, saber criar e recriar transmissão de conhecimentos acumulados de valores dos seus membros. No entanto, percebemos que na educação os homens entram em relação uns com os outros, procurando entender à compreensão e a transformação da realidade em relação à natureza e à sociedade, se conciliando de maneira articuladora e formadora para construção do ambiente democrático, participativo na busca do conhecimento com o objetivo de promover mudanças através do comportamento e conceitos do indivíduo, tudo isso, com adoção de procedimentos mostrando sem sombra de dúvidas que a educação precisa ter clareza do cidadão que deseja alicerçar para uma construção coletiva, compreendendo que os novos fatos no mundo nos levam as novas questões, aos porquês de cada fato, de cada mudança, às novas ciências e às novas especializações que queremos alcançar.
Para tanto, torna-se importante identificar que a participação necessita ser incentivada, de modo que todos os esforços sejam canalizados para desenvolver as potencialidades e criatividades, coletivas e individuais. A administração escolar também está baseada na parceria com a direção e todo corpo docente para o alcance ao controle nas ações educativas, sendo que os principais fatores que integram esse processo administrativo são: o humano, o estrutural e o econômico os quais estão baseados nas funções do administrador líder incluindo o planejamento, organização, coordenação, controle e direção.
Nesse sentido, Vianna (1986, p.18), nos mostra que:
Participar significa planejar e o planejamento participativo constitui uma estratégia de trabalho que propõe uma nova forma de ação cuja força caracteriza-se na interação e participação de muitas pessoas politicamente agindo em função de necessidades, interesses e objetivos comuns como: igualdade, qualidade (técnica e política), gestão democrática, liberdade e valorização do magistério as quais devem ser consideradas na construção da escola que queremos para se contrapor àquela que temos. Vianna (1986, p.18).

Para o autor, todo esse trabalho irá ajudar a clarificar toda ação educativa em sua totalidade na qual também refletirá sobre toda realidade em que se encontra, podendo assim, influenciar sobre a socialização e a participação na busca da uma liberdade com autonomia. Para isso, faz-se necessário um bom preparo não apenas aos professores, mas a todos aqueles que representam esses trabalhos educacionais de forma que sejam capazes de ajustar sua didática às novas realidades da sociedade, do conhecimento, e dos diversos universos culturais. Segundo essa concepção, basta à introdução de técnicas sofisticadas aliadas a treinamentos intensivos dos diretores e demais servidores das escolas para se resolverem todos os problemas da gestão educacional escolar.
Ainda na concepção do autor, podemos perceber que todo esse trabalho quando de forma participativa irá construir no cotidiano escolar, um instrumento para que o cidadão possa enfrentar suas análises e interpretações de uma forma crítica e criativa, não só de seus problemas pessoais, mas do meio em que vive e convive, pois à medida que essas relações vão mudando, as relações sociais também serão modificadas, sendo as mesmas, permeadas pelos aspectos políticos, sócio-econômico e cultural, sendo os mesmos flexíveis sendo modificado mediante suas complexidades e abordagens variadas no âmbito educativo.
Segundo Luck (2006), sinaliza que:

Esse modelo de gestão é um organismo vivo, que tem na sociedade uma parte integrante da comunidade escolar e que a busca constante pela qualidade e melhoria da educação perpassa pela definição de desempenho e competências de gestores escolares e em particular de seus diretores, dentre outros, de modo a nortear e orientar o desenvolvimento da escola e melhoria do seu trabalho educacional, e que o fortalecimento da escola pública requer, portanto, a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos e a melhoria das suas condições. Sendo esse é o desafio posto para os educadores que acreditam na possibilidade de criação de espaços democráticos como superação da nova lógica de mercado presente na atual política educacional. Luck (2006, p. 141).

Nesse contexto, percebemos que para desenvolver competência será preciso, antes de tudo,trabalhar por resolução de problemas, e a contribuição da escola, portanto será o de desenvolver um projeto de educação comprometida com o desenvolvimento e a capacidade que permitem na realidade estacelecendo assim princípios e valores que possam orientá-los como pessoa, respeitando a pluralidade cultural entre os diferentes grupos culturais que a constituem, passando assim a viver democraticamente, pois cada aluno é único, e cada um têm sua maneira particular no processo de ensino-aprendizagem e não seria esse um fator importante a ser observado com maio ênfase pelos educadores no processo da educação atual, onde os mesmos possam refletir, participar, pesquisar e assim conviver mediante a heterogeneidade(PCN,2001, p. 32). Sabe-se que a prática do desenvolvimento da cidadania, será enfatizada pela prática reflexiva na qual nós como educadores temos como base os pilares da educação, ou seja, o aprender a ser, aprender a conviver, aprender a conhecer e aprender a fazer, esses pilares podem ser tomados também como bússola para nos orientar rumo ao futuro de uma educação de qualidade.
Segundo Deloures (1998, p. 60), aponta que:
A principal conseqüência da sociedade e do conhecimento está associada à necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda a vida, para isso a educação não pode contentar-se em reunir pessoas fazendo-as aderir a valores comuns forjados no passado. Deve também, à questão: viver juntos, com que finalidades para fazer o quê? E dar a cada um, ao longo de toda vida, a capacidade de participar, ativamente, num projeto de sociedade (DELOURES, 1998, p. 60).


Mediante esse apontamento percebemos então, que a educação deve ancorar-se nesses pilares básicos, os quais devem fundamentar o interesse e a abertura para o conhecimento e para a liberdade de indagar; em sintonia com as atuais mudanças no mundo do trabalho para absorver o novo e estar receptivo às novas experiências e no desenvolvimento integral das pessoas em conjunto sobre forma de tolerância com a possibilidade de uma convivência pacífica em compreender o outro, e assim desenvolver a percepção da independência junto ao meio e com toda diversidade.
Sabe-se que o ser humano é o único ser vivente em que se pergunta sobre o sentido de sua vida, nesse sentido, a educação trabalha para dar e ter sentido, para cuidar e cuidar-se, para não ser indiferente e sim solidário e sensível, para viver com sentido a cada instante de nossa vida. Sabemos que a sociedade está mudando, apresentando-se, às vezes, impossibilidades de entendimento a todas as demandas.
Daí a importância da gestão educacional nessa formação para a cidadania, será através dela que se consolida o caminho pelo qual o homem ganha significação enquanto homem, constituindo assim, um ato de sensibilidade e de amor, representando uma conquista para do mundo para o processo de libertação dos homens. Nesse sentido, a ação educativa e o trabalho pedagógico, realizados nesse contexto visam à produção da igualdade e só têm sentido enquanto regulados pelo imperativo da razão, da liberdade e da criação de direitos, e não por interesses impulsos e desejos, para tanto precisamos de uma escola que proporcione educação de qualidade para todos, visto que a construção da democracia e da cidadania, da escola e da gestão democrática e da educação para a cidadania impõe a todos nós, em primeiro lugar, a superação da escola que temos.
Conforme nos sugere Paulo Freire (1981).

Não há educação sem diálogo, porém, se não há um profundo amor ao mundo e aos homens. Não será possível a pronúncia do mundo, que é um ato de criação e recriação, se não há amor que a infunda. Sendo fundamentado do diálogo, o amor é também diálogo. Daí que seja essencialmente tarefa de sujeitos e que não possa verificar-se na relação de denominação. É que os analistas de nossa formação histórico-cultural têm insistido diretamente ou indiretamente na nossa "inexperiência democrática" na ausência de formação que tivemos daquelas necessárias à criação de um comportamento participante que nos tivesse levado à feitura de nossa sociedade, com "nossas próprias mãos", o que se caracteriza, na essência da própria democracia. (FREIRE, 1981, p. 93/94).

Nesse sentido, Freire nos mostra que, a inexperiência democrática e a cultura escravocrata ambas emperram na construção da democracia. Nessas reflexões feitas pelo autor, também pude perceber que essa conquista se dá aos poucos e será realizada através interação entre os grupos em busca de uma participação com transmissão da essência da liberdade, de maneira onde se transponha e ultrapasse o universo da teorização do ideal de cidadania, que as teorias vinculadas à organização do espaço escolar, cidadania, qualidade de ensino, gestão democrática entre outros, façam parte da rotina diária da escola e conseqüentemente daqueles que são sujeitos no espaço escolar no sentido de fortalecer e ampliar e assim formar e ser formado para a responsabilidade reconhecendo a liberdade, com capacidade de entrar em relação-diálogo com o que é diferente de si mesmo, e de escolher, sendo capaz de assumir seu erro e poder recomeçar a cada dia. Para tanto, esse paradigma da educação para a cidadania nos mostra que, nessa realização será indispensável à construção de uma sociedade democrática, na qual se coloca a escola como centro das preocupações educacionais enfrentando de certo modo desafios e perspectivas para garantir todo desenvolvimento no processo educacional.
No entanto, entre os múltiplos desafios contemporâneos impostos à educação estão o de formar para a autonomia na busca de sua cidadania. Saber-ser, saber-fazer e aprender a aprender são diferentes e complementares processos sócio-educativos exigidos na atualidade que têm como pressuposto a liberdade e a autonomia para o acesso ao conhecimento, paralelamente, vivencia-se também como desafio o trabalho de se acatar novos projetos para a educação brasileira que dêem conta dessa formação formando novos profissionais, trabalhadores e cidadãos, e que os mesmos devem estar atrelados e cientes do mundo científico e tecnológico, visando assim à construção de uma sociedade mais igualitária e justa para todos. Esse será o desafio posto a todos nós educadores enquanto formadores de novos profissionais, no entanto, será preciso contribuir na construção de um novo projeto educativo, numa nova forma de pedagogia, ou seja, que esteja a altura das exigências e carências do mundo contemporâneo. Sendo esse o papel de todos aqueles que de fato, estejam comprometidos com a melhoria de um novo cenário, no contexto social, político, histórico, cultural e educacional do País.
Portanto, podemos perceber que tanto a gestão escolar quanto os desafios na formação da cidadania requerem um projeto no qual pretende se analisar a importância da construção coletiva na formação de conselhos os quais irão contribuírem na formação de um cidadão crítico e participativo na comunidade que está inserido. Para tanto, precisamos de uma gestão que desenvolva mecanismos capazes de assegurar vivências da cidadania onde a mesma esteja articulada entre a participação dos diferentes sujeitos e sua expressão no contexto social, cultural, e assim poder construir novas mediações do saber o qual irá promover na formação para cidadania a na construção para cidadania podendo observar que cada vez mais se torna necessário que os educandos busquem a construção para possíveis formas de superação destes pontos, e que toda educação cumpra um importante papel junto à sociedade, a qual deve voltar-se para a construção da cidadania através de uma ação democrática pautada no diálogo e na participação de equipe ali inserida, pois essas relações têm como objetivo a interação e a participação no âmbito educacional juntamente a equipe gestora, coordenação pedagógica, professores, alunos e toda comunidade geral.
6. Conclusão

A partir desta pesquisa ao longo desses estudos para realização desse trabalho de conclusão de curso (TCC), foi possível perceber que muitos autores escreveram e discutiram o tema da gestão democrática sob diversos enfoques no espaço do sistema escolar, na maioria das vezes sobre os sistemas públicos e seus desdobramentos na organização do trabalho pedagógico. No entanto, chegamos ao entendimento que para entendermos melhor essa compreensão sobre a gestão democrática como direito de participação precisamos antes, entender a escola como uma instituição social que de acordo com a nossa legislação tem como primeira função a formação de cidadãos para participar conscientemente da sociedade em que se vivem.
Sendo assim, para que a escola possa dar essa formação, ela precisa vivenciá-la no seu interior reflexão sobre os problemas que tem mediante a sociedade, essa integração entre escola e sociedade é fundamental, uma vez que, essa interação irá trabalhar e ajudar na motivação e/ou divulgação mediante toda comunidade escolar informando como, por exemplo, sobre a importância da elaboração e execução do plano de ação entre outros fatores que irão contribuírem para um bom desenvolvimento educacional, pois só trabalhando de forma integrada poderá obter uma boa visão sobre o desenvolvimento integral das ações dentro da escola, e assim poder comprometer-se com a constante revisão dos conteúdos curriculares e metodológicas adotadas em sala de aula tendo em vista a necessidade de nortear ações dentro da escola, para todo ano letivo.
Porém, como já afirmado anteriormente, a natureza da profissão como trabalhadores da educação, nos impõe uma condição de não sermos reprodutores simplesmente dos conhecimentos, mas de sermos participantes ativos da construção, reconstrução, da discussão, da reflexão do processo educacional no seu atrelamento a própria concepção de homem e de sociedade. No entanto, nós como educadores temos consciência que só através da política da boa vizinhança que a escola passa a criar vínculos, fortalecer laços de parceria, estabelecer responsabilidades mútuas e construir assim sua autonomia a qual tem como perspectiva conseguir mais apoio e participação onde essa mesma escola irá procurar trabalhar com autenticidade, transparência, segurança e levar em conta a riqueza cultural advinda dessas parcerias.
Nesse sentido, o paradigma da educação para a cidadania, indispensável à construção de uma sociedade democrática, coloca a gestão educacional no centro das preocupações visto que, a gestão educacional trabalha na busca de melhores gerenciamentos mais flexíveis, integradas a interação, as metodologias, as tecnologias e todo processo de avaliação os quais irão fortalecer e ampliar todo espaço educacional.
Para tanto, nós como educadores e responsáveis pela educação esperamos que a gestão educacional, trabalhe na busca de mudanças significativa as quais incluirá na formação continuada dos professores, no domínio dos processos de comunicação envolvidos na relação pedagógica e no domínio das tecnologias, e ainda, tendo consciência de que não é tão simples poder mudar em educação, pois não devemos esquecer que há toda uma ligação com o passado e que será necessário mantermos além de também estarmos atentos a um futuro que é bastante imprevisível sendo esse um dos maiores desafios.
No entanto, o estudo realizado sobre a educação para a cidadania mostrou-me que será indispensável à construção de uma sociedade democrática sendo que, o paradigma educacional coloca a gestão educacional no centro das preocupações e mostra que, a gestão educacional trabalha na busca de melhores gerenciamentos mais flexíveis, integradas a interação, as metodologias, as tecnologias e todo processo de avaliação os quais irão fortalecer e ampliar todo espaço educacional.
Vale ressaltar também que, todos esses contextos tiveram como finalidade conhecer e analisar o ser humano e a influência que possui sobre o mundo, pois será a partir dos contextos de desenvolvimento pessoal, que surgirão as práticas pedagógicas no processo educativo. No entanto, encontramos na educação a chave para abrir a porta na busca desse saber e nós como educadores precisamos nos apoiar nessas contribuições, pois será através delas que podemos desenvolver nosso papel como educador (a) na busca de melhor conhecimento para um bom desenvolvimento humano e de aprendizagem.
Porém, sabe-se que o aprender é uma de nossas capacidades humanas, nas quais fazem com que os sentidos e significados sejam despertos para um viver ético na formação do cidadão, e asim possam surgir novos esforço sendo os mesmos renovados por toda comunidade educacional na busca de construir novos caminhos os quais não sejam apenas o eficiente, mas que acima de tudo sejam pertinentes, e que preservem e enriqueça a identidade cultural, desenvolvendo condições políticas, econômicas e pedagógicas capazes de promover níveis mais elevados de qualidade e eqüidade não apenas na escola, mas em toda sociedade.
Partindo desta referência, podemos então consolidar a idéia de poder conhecer a realidade de uma cultura democrática não apenas nas escolas, mas na sociedade em geral, e que essa cultura venha a entender o verdadeiro significado da democracia e que a mesma não seja entendida apenas como sinônimo de exercer o direito ao voto nas eleições para eleger os representantes do país, mas sim com direito que temos em exercer nosso papel de forma auxiliar na transformação histórica não apenas da escola, mas de toda sociedade, pois uma educação de qualidade precisa de uma sociedade que seja democrática e nesse contexto, precisamos de uma educação que prepare crianças, jovens e adultos podendo assim oferecer a todos de forma digna acesso aos conhecimentos permitindo assim assumir seu espaço mediante toda sociedade e exercer seu papel em prol de toda cidadania.
Diante dessa realidade, cabe aos representantes educacionais cada um repensar qual será o seu papel na formação de verdadeiros cidadãos, como caminhar nesta direção com seriedade e acima de tudo tendo compromisso mediante a coletividade e interatividade, nesta busca, os professores e/ou educadores devem fazer frente, através de uma constante revisão crítica de qual será seu papel nesse contexto, pois o mesmo irá trabalhar nesse envolvimento mediante toda a comunidade escolar para tanto esse educador e/ou educadora precisa antes de tudo estar consciente do seu compromisso na conquista de uma nova educação a qual possivelmente poderá ajudar sua escola e/ou comunidade a se tornar verdadeiramente democrática e libertadora na busca de uma educação de qualidade podendo assim ser um participante de forma ativa podendo defender sua cidadania.
Assim, resta desejar com todos os nossos pensamentos, emoções, sentimentos e ações que as instituições educacionais do século XXI possam cada vez mais crescer com os seres humanos desenvolvendo de certa forma capacidade decisória, possibilitando assim a percepção e a compreensão das diferentes alternativas, pois a vida é um processo dinâmico, flexível, atualizado, técnico, criativo, adaptável, interdependente representada por uma dimensão ampla no contexto em que vivemos, porém, sabemos que em nossa contemporaneidade, os caminhos que estamos a vislumbrar sobre o aprender e o ensinar no mundo contemporâneo, podem gerar novas modalidades de ensino onde o autoritarismo ceda espaço para a solidariedade e para o desenvolvimento de novas habilidades criativas, colaborativas e comunicacionais essenciais ao processo de construção do conhecimento.
Enfim, durante a construção desse artigo cheguei a perceber, que nosso maior desafio nesse momento será o de promover espaços e tempos nas instituições educacionais para que a aprendizagem seja, de fato, cooperativa, será muito difíci sabemos que para se aprender e ensinar no século XXI essencialmente será preciso, cooperar, favorecer junto o equilíbrio nos intercâmbios presentes na sociedade de nosso tempo os quais irá resultar numa aprendizagem que traga à luz nos internos processos de desenvolvimento os quais só acontecem quando, enquanto aprendentes, os seres humanos interagem com os outros.


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