Geoprocessamento em projetos
Por André Luis Machado | 15/09/2015 | AdmGeoprocessamento em projetos
A necessidade de diagnósticos detalhados durante o planejamento e a sua indispensabilidade anterior a ações e decisões, já foi reconhecida por diversos setores da sociedade e é praticamente impossível imaginar a ausência de planejamento nos dias de hoje. Graças à evolução da ciência administrativa, pode-se evitar danos consideráveis ao ambiente fazendo uso de ferramentas que apresentam dados precisos para a análise dos diversos sistemas envolvidos no trabalho. Todos sabem que, em nosso país, há tempos, observa-se momentos de aflição noticiados nos jornais que teriam outro desfecho se amparados por análises ambientais de geoprocessamento computacional, representado aspectos do ambiente delimitados para área de estudo e prováveis influências da natureza.
Dado o exposto, ressalta-se no presente trabalho os estragos ocorridos no Cemitério Duque de Caxias no Rio de Janeiro ocasionados não pelo forte temporal, mas pela falta de critérios no planejamento e falta de respeito dos gestores em considerar a necessidade de adequações apresentadas pelo CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente - desde o ano de 2003. Seguindo a mesma linda de raciocínio, apresenta-se o problema de contaminação de lençóis freáticos por nechrochorumes de corpos inumados que seriam evitados se houvesse estudos por profissionais competentes processados, selecionados e sintetizados em um sistema SIG – Sistema de Informação Geográfica. Cita-se esta ferramenta SIG, pois é imprescindível nos dias de hoje para uso do gestor, possibilitando o aumento da sua interpretação dos problemas espaciais e facilitando o processo decisório.
Outra preocupação constante são as ocupações territoriais presentes na sociedade atual. As pessoas com suas lutas por moradia trazem à tona a problemática urbana de falta de planejamento público. A ausência do poder público é um agravante que deixa as pessoas órfãs de consultoria e direção nas ações de ocupação, e estas são motivadas unicamente por necessidades básicas como fisiologia e estima. As ocupações de encostas de morros e beira dos rios, onde o valor imobiliário apresenta-se menos valorizado economicamente, trouxe sérios problemas para a sociedade. Em 2011, fortes chuvas combinadas com condições geológicas específicas da região, provocaram o maior desastre natural do país. Este episódio foi agravado pelas ocupações irregulares do solo e resultou em 7.780 pessoas desalojadas e 207 pessoas desaparecidas. Baseado nestas informações, espera-se que haja investimento e uso de tecnologias de geoprocessamento pelo governo em suas diversas esferas, pois os projetos de avaliação de impacto ambiental demonstram os resultados da intervenção e ocupação urbana de forma antecipada sobre o ambiente e realizados criteriosamente podem evitar o crescimento descontrolado das ocupações.
Dessa forma, a sociedade abre espaço para as ferramentas de geoprocessamento que nada mais é do que processar as informações apresentadas por um especialista e que possuam referência espacial em nosso planeta.
Concluindo estas observações, enfatiza-se no presente trabalho a busca da visão integrada da questão ambiental e o uso do geoprocessamento relacionado as problemáticas que envolvem a sociedade atual.