Geografia e Turismo

Por Paulo Roberto Oliveira Crespo | 09/06/2016 | Geografia

INTRODUÇÃO

Ao longo dos anos o turismo vem ganhando cada vez mais importância na sociedade e o mesmo é cada vez mais importante para a receita das cidades, o que será abordado adiante será o ponto de vista geográfico para com o turismo, como a geografia está presente de forma bem intensa em vários setores do turismo.

DESENVOLVIMENTO

O turismo esta para a geografia assim como o futebol está para o brasileiro, ou seja, é uma relação íntima e de dependência uma com a outra, para um local se caracterizar como um atrativo turístico ele depende vários fatores que de certa forma se apresenta através de uma combinação bem complexa, mas que no final harmonizam perfeitamente, cabendo o homem conseguir tirar proveito da melhor forma possível, segundo Santos (1978, p.171)

(...) O espaço por suas características e por seu funcionamento, pelo que ele oferece a alguns e recusa a outros, pela seleção de localização feita entre as atividades e entre os homens, é o resultado de uma práxis coletiva que reproduz as relações sociais, (...) o espaço evolui pelo movimento da sociedade total.

Convenhamos para que um local seja um grande atrativo irá depender e muito da contribuição do meio ambiente e da forma de como interagimos com ele como,por exemplo, estabelecer uma infraestrutura capaz de extrair todas as coisas positivas em que o espaço tem disponível para oferecer a população e ao turismo e é neste ponto que entra a geografia pois ela está em tudo é uma área de muito dinâmica e que atende a vários setores e de várias formas que a maioria da população desconhece sua área de atuação, na visão de Cosgrove(1998) toda e qualquer representação de paisagem independente da forma no qual se apresente no espaço tem distintos significados culturais. O espaço se apresenta de várias formas e referencia cultural de cada região é fundamental para estabelecer um nicho ou uma especialização regional, se pararmos para analisar cada região tem suas características únicas que se destacam perante as outras regiões, como cultura, recursos hídricos, relevo, vegetação, clima, oferta de transportes, Trigo (1995, p.9) observa que:

O lazer é uma necessidade e um direito tão legitimo do ser humano quanto a educação, saúde transporte e segurança. O ser humano é um animal muito especial e complexo, que não se contenta apenas com o mínimo indispensável à sua sobrevivência. Sua vida envolve aspectos mais amplos como os lúdicos imaginativos e criativos [...] nas áreas da diversão, cultura, esportes, artes, viagens e turismo (TRIGO, 1995, p. 9).

                Partindo deste ponto Trigo (1995) conclui que o país tem um imenso potencial turístico para explorar mas que de fato ainda não se consegue tirar proveito adequado, claro que aos poucos o panorama vai mudando, mas caminhamos a passos lentos.

A geografia esta presente no urbanismo, nos aspectos culturais de cada região, está presente na historia, na política e até na mobilidade urbana, no clima, ou seja, a geografia esta presente em todos os lugares. Um clima mais quente onde as praias ganham destaque ou um clima mais frio onde a pedida é subir a serra e procurar um local acolhedor e relaxante para passar um final de semana, para se chegar a esses atrativos foram necessário estabelecer um estudo onde pudesse tirar um maior proveito destes atrativos, ou seja, foi trilhado um caminho através das mais variadas áreas da geografia, como climatologia, topografia e hidrografia.

A natureza por muitas vezes é a responsável pela criação de espaços propícios ao turismo, são espaços lapidados pela natureza que acabam se consolidando como destino turístico, como por exemplo o pão de açúcar, um monumento natural com sua beleza e curvas únicas que hoje nada mais é que um dos principais cartões postais da cidade do Rio de Janeiro, é um dos destinos turísticos mais badalados tanto de nível nacional como a nível internacional. Existe por outro lado destino que usufrui do apelo cultural e histórico onde através de monumentos criados pelo homem e sua história proporciona um rico conteúdo de valor histórico com suas construções preservadas e até tombadas pelo patrimônio histórico, hoje chamadas de rugosidade, pois são construções que ultrapassam décadas e que expressa toda uma historia do passado e sim a geografia contribui para esse momento de resgatar o passado, segundo Cruz (2001) é impossível a Geografia não se interessar pelos estudos dos fenômenos turísticos.

CONCLUSÃO

Não importa o tamanho do atrativo e em que circunstâncias o espaço se encontra tanto uma pequena vila com suas singularidades como os extensos litorais do nordeste ambos necessitam de um básico de infraestrutura, como por exemplo acessibilidade, dependendo da oferta de transporte, se existe uma variedade de opções para chegar ao atrativo turístico é óbvio que a circulação de pessoas será maior, gerando o desafio de se criar políticas públicas que visem a organização de tal atrativo afim de garantir todo um suporte para o turista como segurança, mobilidade, informação e receptividade, quanto maio a movimentação de turista, maior será arrecadação e conseqüentemente gerar força extra para economia se movimentar.

Como observado a geografia esta presente em tudo no nosso dia a dia e a relação que ela tem com o turismo é única e dependente uma da outra, sem a colaboração da geografia não teríamos todas essas opções de turismo que temos a disposição e dos mais variados tipos, por ser uma área dinâmica como a geografia o turismo pode ser apresentar nas mais variadas formas.

REFERÊNCIAS

COSGROVE, Denis. “A geografia está em toda parte: cultura e simbolismo nas paisagens humanas”. In: ROZENDAHL, Zeny (org.). Paisagem, tempo e cultura. Rio de Janeiro:

EDUERJ, 1998.

CRUZ, Rita de Cássia Ariza da. Introdução à geografia do turismo. São Paulo: Roca, 2001.

SANTOS, M. Por uma Geografia Nova. São Paulo: Hucitec, Edusp, 1978.

TRIGO, L. G. G. Turismo básico. São Paulo: SENAC, 1995.

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