Gaivotas de papel

Ás vezes as noites se tornam tão escuras que nem lanternas iluminam seu caminho,
Ás vezes o mar é tão profundo e gelado que você tem medo de ficar paralisado sem conseguir submergir,
Ás vezes seu interior está tão confuso e decepcionado que as coisas perdem o sentido tão rápido,
Ás vezes o passado que você enterrou bate á porta cobrando no presente vários futuros em moedas de ouro...
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E você vive a agonia de viver olhando para um horizonte sem saber direito o que esperar,
se perguntando o que deve fazer para calar a gritaria que lhe toma a alma...
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Faça seus desejos e os coloque em uma gaivota de papel,
atire em uma ventania e torça para que chegue ás estrelas...
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Ás vezes as calçadas estão tão escorregadias e você se sente inseguro em dar seus passos,
Ás vezes os sorrisos que outrora você admirava tornam-se borrões na maquiagem de um palhaço,
Ás vezes você abre o jornal e as notícias ficam fora de foco e sua visão completamente embaçada,
Ás vezes você só quer se trancar em um quarto sem janelas e esquecer que existe um mundo lá fora...
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E você vive na ansiedade do tempo correr demais e a dor que lhe consome cessar no estalar de dedos melodiosos,
se perguntando porque as pessoas não preferem viver de música ao invés de guerras...
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Faça seus desejos e os coloque em uma gaivota de papel,
atire em uma ventania e torça para que chegue ás estrelas...
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Ás vezes você só quer seguir em frente e ser esquecido pelas tormentas do caminho,
Ás vezes você só quer que as pessoas sejam felizes e deixem você encontrar sua felicidade ao seu modo,
Ás vezes você só quer que parem de erguer tribunais de julgamentos como "donos de verdades parciais",
Ás vezes você só quer que todos emudeçam ao redor e o mundo fique de fato silencioso e em paz....
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E você vive sonhando que terá alento para as cicatrizes que nunca se curam,
se perguntando porque o perdão é tão difícil de se alcançar...
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Faça seus desejos e os coloque em uma gaivota de papel,
atire em uma ventania e torça para que chegue ás estrelas...