Gabriela na tela da Globo
Por Telma Gomes Souza | 03/09/2012 | ArteNa história da televisão brasileira, algumas novelas marcaram época. As novelas da Globo costumam ser reprisadas algumas vezes, o Vale a Pena Ver de Novo foi criado com esse intuito. Algumas outras são tão marcantes que além das reprises são feitos remakes, readaptações modernas de novelas do passado. Para isso foi criada uma nova faixa de horário, 23h. Nesse novo horário já foi apresentado o remake de “O Astro” e mais recentemente vem sendo apresentado o remake de “Gabriela”.
A novela “Gabriela” foi exibida pela Rede Globo em 1975, às 22h. A telenovela era uma livre adaptação de Walter George Durst do romance “Gabriela, Cravo e Canela”, obra de Jorge Amado. Na direção dos 135 capítulos estiveram Walter Avancini e Gonzaga Blota, sob a supervisão de Daniel Filho.
Produzida para comemorar os dez anos da Globo, a obra recebeu todo o tratamento digno de uma superprodução. O “padrão Globo” estava em todas as etapas: desde a adaptação do romance, escalação do elenco e criação dos figurinos até o trabalho dos cenógrafos.
Para quem não conhece a história, um breve resumo da novela: A trama se passa em 1925, quando uma seca devastadora obrigou muitas famílias a fugir para o sul do país em busca da sobrevivência. Muitos migravam para Ilhéus, no interior da Bahia. A região era de prosperidade graças ao plantio e comércio de cacau. A jovem Gabriela foi uma das que chegaram à região em busca de melhores condições de vida. Órfã desde criança, a moça viveu durante um tempo sob os cuidados de um tio e trabalhou na roça. Em Ilhéus, ela arranja trabalho como cozinheira na casa do “turco” Nacib, com quem acaba tendo um relacionamento poético e sensual.
Gabriela saiu da idealização do romance de Jorge Amado para as televisões brasileiras. Interpretada pela atriz Sônia Braga na primeira versão, a personagem rapidamente caiu no gosto popular. No remake, é Juliana Paes quem dá vida à protagonista. A moça com cheiro de cravo e cor de canela, bonita, cheia de vida e dona de uma sensualidade espontânea encantou e encanta o público até hoje.