Fundamentos psicopedagógicos: Tempos de transição e ensino híbrido

Por francisco hermes batista alencar | 02/03/2021 | Psicologia

FACULDADE SUCESSO DE SÃO BENTO PB

PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA, INSTITUCIONAL, HOSPITALAR E NEUROEDUCAÇÃO

 

 

FRANCISCO HERMES BATISTA ALENCAR

MARIA DE FÁTIMA DANTAS DOS SANTOS

MARINALVA SOUSA DE MEDEIROS

ROMENYA RAYANA NOGUEIRA DE ARAÚJO

 

 

FUNDAMENTOS PSICOPEDAGÓGICOS: tempos de transição e ensino híbrido

 

 

 

 

 

 

 

SÃO BENTO-PB

        2021

       FRANCISCO HERMES BATISTA ALENCAR

MARIA DE FÁTIMA DANTAS DOS SANTOS

MARINALVA SOUSA DE MEDEIROS

ROMENYA RAYANA NOGUEIRA DE ARAÚJO

 

FUNDAMENTOS PSICOPEDAGÓGICOS: tempos de transição e ensino híbrido

 

 

Artigo apresentado ao Programa de Pós-Graduação da FACSU, como requisito para obtenção do título de pós-graduado em Psicopedagogia Clínica, Institucional, Hospitalar e Neuroeducação. Orientador: Everaldo Araújo de Lucena

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SÃO BENTO-PB

2021

Fundamentos psicopedagógicos: tempos de transição e ensino híbrido

 

Foundations of Psychopedagogy: times of transition and hybrid teaching

Francisco Hermes Batista Alencar[1]

Maria de Fátima Dantas dos Santos[2]

Marinalva Sousa de Medeiros[3]

Romenya Rayana Nogueira de Araújo[4]

Orientador: Everaldo Araújo de Lucena[5]

Os fundamentos da Psicopedagogia permeiam todo o curso com questionamentos bem pertinentes quanto ao desenvolvimento e aprendizagem dos alunos e suas dificuldades quotidianas; e tais fundamentos da Psicopedagogia têm a missão de sempre nos trazerem presentes a função do psicopedagogo(a). Qual seria mesmo o papel preponderante do psicopedagogo(a) em um primeiro momento, na temática da Psicopedagogia seriam abordadas diversas nuances? Ao discutir-se em uma ONG, em uma instituição pedagógica, um amparo de todas as pesquisas e estudos realizados até o presente momento; as bases dos autores; desde o código de ética, a avaliação clínica, institucional, a própria Psicanálise. A relação de todo o contato terapêutico para entender essa profissão, com seu papel tão amplo; não somente com o cuidado das crianças, no entendimento do comportamento e da aprendizagem infantil, não compreendendo somente isso. Pois, o psicopedagogo(a) também atuando com adolescentes; na atualidade há grande busca de profissionais da Psicopedagogia para atuarem com adolescentes, tendo em vista a busca de soluções para suas crises, os quais tiveram uma infância tumultuada, muitas vezes não conseguiram corresponder aos seus estudos regulares. Tudo aquilo que não foi trabalhado na escola em seu papel social, em seu comportamento diferenciado constituindo-se como um público especial.

Palavras-chave: BNCC. Educação Ambiental e Inclusiva.  Pensamento Complexo. Transdisciplinaridade.

 

ABSTRACT

Foundations of Psychopedagogy: times of transition and hybrid teaching

The foundations of Psychopedagogy permeate the entire course with very pertinent questions regarding the development and learning of students and their daily difficulties; and such foundations of Psicopedagogy have the mission of always bringing us the role of the psychopedagogue (a). What would be the preponderant role of the psychopedagogue (a) at first, in the thematic of Psychopedagogy several nuances would be approached? When discussing in an NGO, in a pedagogical institution, a support of all the research and studies carried out until the present moment; the bases of the authors; from the code of ethics, to clinical and institutional evaluation, to Psychoanalysis itself. The relationship of all therapeutic contact to understand this profession, with its broad role; not only with the care of children, in understanding children's behavior and learning, not only understanding this. The psychopedagogue (a) also works with teenagers; nowadays there is a great search for Psychopedagogy professionals to work with teenagers, in view of the search for solutions to their crises, who had a tumultuous childhood, often failed to correspond to their regular studies. Everything that was not worked on at school in its social role, in its differentiated behavior constituting itself as a special public.

Keywords: BNCC. Environmental and Inclusive Education. Complex thinking. Transdisciplinarity.

 

RESUMEN

Fundamentos de la psicopedagogia: tiempos de transición y enseñanza híbrida

Los fundamentos de la Psicopedagogía impregnan todo el curso de cuestiones muy pertinentes sobre el desarrollo y aprendizaje de los estudiantes y sus dificultades diarias; y tales fundamentos de la Psicopedagogía tienen la misión de traernos siempre el rol del psicopedagogo (a). ¿Cuál sería el papel preponderante del psicopedagogo (a) en un principio, en la temática de la Psicopedagogía se abordarían varios matices? Al discutir en una ONG, en una institución pedagógica, un soporte de todas las investigaciones y estudios realizados hasta el momento presente; las bases de los autores; desde el código deontológico, a la evaluación clínica e institucional, al propio Psicoanálisis. La relación de todo contacto terapéutico para comprender esta profesión, con su amplio papel; no solo con el cuidado de los niños, en comprender el comportamiento y el aprendizaje de los niños, no solo en comprender esto. El psicopedagogo (a) también trabaja con adolescentes; Hoy en día existe una gran búsqueda de profesionales de la Psicopedagogía para trabajar con los adolescentes, ante la búsqueda de soluciones a sus crisis, quienes tuvieron una infancia tumultuosa, muchas veces sin corresponder a sus estudios regulares. Todo aquello que no se trabajó en la escuela en su rol social, en su comportamiento diferenciado constituyéndose en un público especial.

Palabras clave: BNCC. Educación Ambiental e Inclusiva. Pensamiento complejo. Transdisciplinariedad.

 

1.0 INTRODUÇÃO

A terapêutica do público adulto tem crescido muito nos últimos tempos e, busca de soluções psicopedagógicas, aonde o papel do psicopedagogo (a) faz-se de fundamental relevância e atitude positiva também. Podemos imaginar que o adulto ainda aprende? Claro que sim, pois, aprende-se enquanto houver um suspiro. As bases da aprendizagem estão dentro dos fundamentos da Psicopedagogia como vêm afirmar VISCA (2016), LIMA (2015) e FERNANDÉZ (2017), dentre outros autores pertinentes.

Por isso, faz-se importante compreender-se quais são os campos de atuação que temos e o que queremos fazer para nós mesmos. E essa amplitude do papel social da Psicopedagogia dá-nos essa oportunidade ímpar de escolhermos em qual campo queremos atuar e, como trabalhar nesse mesmo campo. Segundo o dr. Reinaldo Bonfim (2020, p. 30ª), em suas contribuições afirma as diferenças entre Pedagogia e Psicopedagogia, inclusive porque se discute essa relação bem próxima; entre os pedagogos e sua complementação psicopedagógica; uma discussão interessante: Dentro da saúde pública, qual seria mesmo a função da Psicopedagogia.

 

1.1 Resultados e discussão: A terapêutica psicopedagógica em diversas faixas etárias

Uma dúvida bem recorrente na área da Psicopedagogia no momento de sua atuação profissional. Pois, quando se pronuncia o temo Psicopedagogia está implícito o termo Pedagogia, segundo a professora dra. Karen DANDARA (2020, p. 27ª), são termos circunscritos no vocábulo psicopedagogia; entender-se o papel social do psicopedagogo seria muito importante a compreensão dessa diferença; faz-se necessário entender-se o significado palavra psicopedagogia.

O vocábulo Psicopedagogia traz a junção de dois outros: aonde vem do campo psíquico, da Psicologia e, pedagogia, advindo da própria Pedagogia. Não se constituindo apenas em uma mistura, uma simples junção, seria assim a própria mistura do trabalho do psicólogo ou do pedagogo?[6]

Para DANDARA (2020, p. 38ª), pode-se afirmar que é mesmo uma aglutinação que se mistura e nem sempre consegue-se separar-se mais.[7] Então, o psicopedagogo (a) tem o papel primordial de investigar o processo de aprendizagem; e, essa confusão entre a Pedagogia e a Psicopedagogia ocorre devido muito comumente quando se está no campo escolar.

Por exemplo, contrata-se o psicopedagogo(a) para trabalhar dentro da escola; muitas vezes, os próprios funcionários da escola, a própria direção, ou mesmo a gestão escolar não compreender realmente qual seria esse papel do psicopedagogo(a) em ambiente escolar. Imaginam que o termo psicopedagogo(a) é atrativo deveras, o que chamaria a atenção da população local: Temos um psicopedagogo(a) em nossa escola da rede pública de ensino. Para o conceito de neuroaprendizagem em suas estratégias de leitura e ensino da neuropsicopedagoga dra. Roberta Claro LIMA (2020, p. 40ª):

 

Nós encontramos um pequeno constructo teórico e atividades de estimulação, que dizem respeito ao desenvolvimento do realismo nominal e consciência fonológica (rimas e aliterações, consciência silábica) e favorecem avanços no desempenho de leitura e escrita. Este é um material que ajuda no processo de alfabetização de crianças com dificuldades de aprendizagem. São atividades prazerosas e de fácil execução se forem bem instruídas pelo mediador. (LIMA, 2020, p. 40ª)

 

Conforme a concepção do pensamento de CLARO (2020, p. 41ª), esta obra foi elaborada mediante o trabalho da autora no consultório com crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem. O resultado foi surpreendente. Além das atividades, o livro traz exemplos para criar e adaptar conforme sua necessidade, auxiliando, assim, o trabalho com seus alunos (cf. VISCA, 2016, p. 13ª).

Esse material irá favorecer o desenvolvimento dos profissionais que trabalham com crianças que têm dificuldade na alfabetização. Muitas crianças com dislexia também já foram beneficiadas com esse material. É um instrumento que irá facilitar o processo de leitura e escrita da criança.[8]

 

2 Neuropsicopedagogia e dificuldades de aprendizagem na escola

Segundo a visão da neuropsicopedagoga dra. Danielle Manera RAMALHO (2020, p. 42ª), a Psicopedagogia Clínica tem caráter preventivo e terapêutico. Está intervindo nas desordens da aprendizagem, já que temos conhecimento das áreas da Psicologia, abrangendo a Saúde Mental, a Fonoaudiologia, a Pedagogia e a Neurologia. Aplicamos testes e levantamos hipóteses diagnósticas por meio de sessões avaliativas. Este material irá ajudar o profissional ou o aluno a organizar seus atendimentos de forma simples e eficaz e oferecendo subsídios para acolher as famílias que o procurarem.

Na concepção de Waldir Pedro[9] (2020, p. 43ª), a mente humana é fantástica. Reúne habilidades únicas, sendo capaz de aprender a cada instante e de se transformar para uma melhor adaptação. O cérebro humano tem muitas estruturas e funções que nos permitem andar, comer, sentir cheiros, ter reflexos de proteção, sentir dor e prazer. Uma falha em uma estrutura cerebral, uma má-formação ou um distúrbio em função de um acidente pode ter um impacto direto na vida de uma pessoa.

Como se entende realmente a função do psicopedagogo(a) na escola? Muitas vezes, coloca-se o psicopedagogo(a) em alguma salinha para atender as crianças que estão com dificuldades de aprendizagem, e quando falta algum professor, segue o psicopedagogo (a) em substituição daquele professor faltoso, uma vez que nessa escola não há professores substitutos.

Consoante o pensamento de PEDRO (2020), a aprendizagem envolve a memória, a atenção, a emoção, os sentidos, a vontade de fazer parte, bem como as funções cognitivas de pensar, julgar, avaliar, tomar decisões e resolver problemas. Este livro reúne conhecimentos da Neurociência, Neuropsicopedagogia, Neurobiologia, Neuropsicologia, dificuldades de leitura e escrita, jogos educativos, a relação entre o cérebro e a aprendizagem, com a participação de autores renomados em suas áreas de atuação, que foram convidados para esta edição comemorativa, possibilitando ao leitor ampliar seu entendimento sobre esses temas, por meio de uma leitura fácil e didática.[10]

Quem está na escola geralmente seria o bacharel, aonde este não poderá lecionar na sala de aula. Mas o que mesmo precisamos compreender quanto ao papel do psicopedagogo? O psicopedagogo(a) irá investigar por que o processo de aprendizagem não está ocorrendo.

Quando há um profissional da Psicopedagogia na escola que reconhece as dificuldades de uma turma; por exemplo, no caso do psicopedagogo(a) institucional que está atuando na escola. Existe uma dificuldade de uma turma, de um grupo de determinados alunos que não estão conseguindo aprender, conforme o pensamento de DANDARA (2020, p. 38ª):

 

Então, ninguém consegue descobrir porque justamente aquela turma não conseguir obter maiores êxitos escolares, não evoluem, sendo uma turma mais difícil; muda-se o professor, muda-se a turma, mas mesmo assim nada se resolve. O psicopedagogo(a) fará esse papel de investigador, um papel de detetive dentro da escola. (DANDARA, 2020, p. 38ª)

 

            Consoante afirma Dandara (2020), o que mesmo ele precisa conhecer? Ele necessita conhecer e se envolver em uma equipe multidisciplinar; ou seja, seu papel será de compreender como esses alunos têm um relacionamento e um vínculo com a escola, com o professor. Diferentemente do pedagogo, este terá a possibilidade de aplicar instrumentos neuropsicopedagógicos são testes que farão tal diagnóstico multidisciplinar.

 

3 Busca de soluções na área da neuropsicopedagogia educacional

            Sabendo-se que o pedagogo não faz esse papel, mas o pedagogo poderá construir o currículo, implementar metodologias, faz a organização das turmas; papéis dos quais o psicopedagogo não os faz. Poderá auxiliar nesse processo, mas não sendo o mentor de todo esse processo. Seu principal papel dentro da escola seria investigar nessas relações com os professores, as relações entre os alunos; o que deverá envolver toda a família.

            Quando se discute sobre poucos alunos e, deve-se envolver a compreensão de como é aquela comunidade e onde eles estão envolvidos. Ou seja, essa escola está situada em uma determinada comunidade, em uma sociedade que é influenciada por ela. Isto é, precisamos compreender todas essas relações complexas, mas compreensíveis.

O que vem concluir mesmo esse processo de investigação: A avaliação psicopedagógica, aonde há duas disciplinas específicas sobre esse caso, o processo de intervenção – avaliar as suas causas. Ou se tenta verificar quais profissionais da educação podem auxiliar nesse processo. Ao verificar as coisas iniciar um trabalho interventivo.[11]

            Não iremos modificar o currículo, não iremos mudar a metodologia dos professores; mas iremos demonstrar aonde estão os problemas da aprendizagem; e, a partir desses problemas iremos criar um programa que deverá preveni-los. Como psicopedagogo(a)s fazemos um trabalho com a direção, com a gestão, com os professores, com os alunos que envolva a todos.

            Segundo a dra. Bianca Acampora (2020, p. 38ª), atualmente várias conexões vêm sendo estabelecidas entre os campos de Neurociências e Educação, com foco nos transtornos e desordens de aprendizagem, o que culminou na profissão da Neuropsicopedagogia Clínica.

Consoante ACAMPORA (2020), neste livro “Neuroeducação e Neuropsicopedagogia: transtornos e casos clínicos” traz relatos de casos clínicos que auxiliam na formação profissional do neuropsicopedagogo ampliando suas possibilidades no uso de estratégias diferenciadas.[12]

Para ACAMPORA (2020), a cada capítulo aborda um tipo diferente de transtorno ou desordem que afeta a aprendizagem, descrevendo atividades, protocolos e jogos que podem ser utilizados nas etapas de avaliação e intervenção neuropsicopedagógicas. Com este material, o pesquisador tem a possibilidade de ampliar seu repertório de técnicas e práticas na atuação clínica, integrando os conhecimentos neurocientíficos à aprendizagem. Esta obra é inovadora e surpreendente.[13]

            Qual seria o seu papel no desenvolvimento da aprendizagem educacional e quando devemos procurar por outros profissionais. Muito importante se faz estabelecermos uma linha de corte em nossa pesquisa na área de Psicopedagogia e Neuroeducação, também na área da saúde pública. Sabendo-se restringir tão somente nessa área da Psicopedagogia.

           

4 O diagnóstico das diversas patologias psicopedagógicas a partir da neuroeducação

Muitas vezes, quando se recebe uma criança com o diagnóstico de TDAH, quando se recebe uma criança com dislexia; muitas das vezes, não se tem ainda esse diagnóstico, porém tem-se a suspeita; não se irá afirmar para a escola ou mesmo para a sua família (ACAMPORA, 2020, 57ª):  -Ao conversar com essa criança percebi que ela tem dislexia.

Não se tem essa autoridade ainda a partir de uma única conversa. Uma vez que se faz necessária a análise detalhada de outros profissionais, os quais nos auxiliarão nesse diagnóstico. Precisar-se-á dos depoimentos da Escola: Para saber como essa criança tem evoluído em suas dependências. Faz-se necessário o acompanhamento daquela família, até para se saber: Como reage essa criança em sua casa; quais as suas dificuldades que possui. Quando percebemos que existe realmente a necessidade de intervenção médica, que essa criança tem realmente essas dificuldades nas avaliações por nós realizadas, (cf. RAMALHO (2020, p. 20ª).[14]  Consoante a concepção do pensamento de Acampora (2020, p. 24ª):

 

Por exemplo, realiza-se uma avaliação para uma criança de sete anos, coloca-se uma atividade que aos quatro anos essa poderia já fazê-la muito bem; mas que aos sete anos ela não realiza. Precisaremos nessa situação de um outro profissional para auxiliar-nos. Por exemplo, caso de um neurologista para isso. Então, muitas vezes, um diagnóstico de TDAH, de dislexia, são diagnósticos que envolvem distúrbios aonde entrará uma disciplina muito importante que são os distúrbios da dificuldade de aprendizagem.[15] (ACAMPORA, 2020, p. 49ª)

Conforme o pensamento de Acampora (2020), os distúrbios de aprendizagem como algo orgânico, como uma nuance do organismo; não é uma dificuldade que se resolve trocando de profissional ou mudando de escola aquela criança; precisa-se de um diagnóstico de um médico, de um neurologista; precisar-se-á, por exemplo, de um psicólogo quando a criança tem problemas emocionais; os problemas de relacionamento com a família que estão afetando sua aprendizagem.[16]

Então, muitas vezes, nós como psicopedagogos não conseguimos resolver tudo sozinhos; porquanto, saber trabalhar em equipe; orientar uma criança que tem dificuldade em aprender a falar; um possível diagnóstico de autismo, já estando investigando tal possibilidade. Talvez se precise de um fonoaudiólogo, talvez essa criança não tenha autismo, mas apenas um pequeno atraso no desenvolvimento da fala, segundo Reinaldo Bonfim (2020, p. 33ª).[17] Ou mesmo algum outro problema como a dislalia, por exemplo.

 

5 Desenvolvimento neuroemocional e a aprendizagem da criança

            Ao se tentar fazer um trabalho em equipe e em consonância é muito importante; uma vez que o psicopedagogo que não se dispõe a trabalhar em equipe terá muitas dificuldades em seu trabalho. Surgem muitas dúvidas nessa área da clínica-institucional entre os acadêmicos. Conforme os professores Gustavo e Sônia, dessas diferenças da clínica e da institucional, uma complementação para essa temática.

            Mas, a final de contas, como o psicopedagogo(a) trabalha com o atendimento de pais com crianças especiais? O que é muito importante ao depararmos diante de crianças especiais, com certeza, não há nenhum psicopedagogo(a) não atenda alguma criança com algum tipo de deficiência, segundo Acampora (2020). Ou mesmo, tenha algum tipo de distúrbio, pois, o profissional da Psicopedagogia está muito envolvido com tudo isso.

Quando se vai trabalhar com os pais de crianças especiais todos os cuidados se fazem necessários. Uma vez que os pais de crianças que são especiais ou mesmo possuem algum tipo de deficiência são pais muito sensíveis. Como utilizar a psicopedagogia para falar com os pais sobre os filhos especiais? Segundo Letty Figueiredo (2020), a maneira como se vai falar com esses pais, como se dará essa devolutiva das avaliações é fundamental.[18] Afirma ainda Acampora (2020, p. 12ª):

 

Imaginemos para que fique bem claro esse exemplo: Ao depararmos com uma pessoa acidentada a correr risco de vida; observa-se o médico dando a notícia para a sua família que tal pessoa veio a falecer em decorrência da gravidade daquele acidente fatal. Diz o médico: -O que posso afirmar é que seu parente veio a óbito! O que chocará imediatamente as pessoas; veja-se a maneira como ele repassa tal notícia trágica, com insensibilidade.[19] (ACAMPORA, 2020, p. 12ª)

Consoante ACAMPORA (2020), muitas vezes, os médicos têm que conservar certa frieza, mas ao mesmo tempo devem encontrar o equilíbrio entre a frieza e a sensibilidade. Com o psicopedagogo(a) não é diferente disso; não daremos notícias de morte, mas daremos notícias de vida que irão fazer toda a diferença na vida de uma família, de uma criança. Porquanto, a maneira como se dará um diagnóstico: Seja de dislexia, de TDAH; muitos pais não sabem o que é isso, como explicarmos o que é isso? Por exemplo, o que é uma deficiência

            Diante do diagnóstico de autismo eles ficam chocados: -Mas como podem ser assim, o que ocorrerá com nossos filhos? Aonde saem muitos nomes pejorativos, pois, deve-se ter toda sensibilidade nesse momento de esclarecer sobre o diagnóstico autista, ao informar aos seus pais. Pode-se fazê-lo em forma de perguntas; por exemplo, se é uma pessoa que precisa de um psicólogo, deve logo perguntar: Pai/mãe, essa criança tem alguma dificuldade emocional?[20]

 

6 Recursos para a prática da avaliação psicopedagógica

Seria mesmo possível até buscar um auxílio profissional, ou buscar leituras sobre esse assunto; pois, não é simplesmente chegar a um diagnóstico e relatá-lo, como no exemplo do médico anteriormente. Por exemplo, quando é uma criança especial e envolve aspectos como da Síndrome de Down, que envolve uma cegueira, que envolve uma deficiência da Educação Especial; muitas vezes, não iremos conseguir trabalhar sozinhos.[21]

Aqui vamos precisar de um profissional especializado nessa área especificamente me Educação Especial para auxiliar-nos, uma vez que estes conhecem tecnologias assistivas que podem muito bem vir em auxílio nesse trabalho. Consoante a concepção do pensamento de Acampora (2020. p. 28ª):

 

Pois, o trabalho em conjunto com excelentes profissionais, daí sempre reafirmarmos a coleta de dados desde o princípio das pesquisas, fazendo networking; sem desfazer dos grupos de estudos entre psicopedagogos, mas com a inclusão de concludentes de Educação Especial, pedagogos, fonoaudiólogos; co-criando, assim, um grupo de auxílio mútuo. (ACAMPORA, 2020, p. 28ª)

 

Iniciando-se, todavia, uma grande rede de contatos positivos, segundo Acampora (2020), uma vez que nós como psicopedagogos da neuroeducação podemos aconselhar os pais e/ou responsáveis pelos pacientes a procurarem outros auxílios profissionais com relação à Psicologia, ou mesmo algo nesse sentido. Aonde eles poderão retrucar: -Vocês conhecem alguém, pois não conheço ninguém nesse sentido? Aqui poder-se-á indicar um profissional de nossa confiança.[22]

Esta indicação, obviamente, poderá ser alguém com quem já se trabalha, alguém que já se conhece. Uma vez que ao se criar essa rede de contatos o quanto antes a tivermos criado será bem melhor ao nos ajudarmos mutuamente: com a visão do psicopedagogo, do profissional de educação especial, um bacharel, da licenciatura são diferentes visões de trabalho multidisciplinar.

Conforme Acampora (2020), tudo isso somente vem a somar e enriquecer o nosso trabalho terapêutico; tal como a terapeuta ocupacional Adriele Figueiredo assim coloca: -‘São dois campos que andam juntos’.[23] Em verdade, as áreas de educação e da saúde pública, mas o que tem a ver com a Pedagogia?

Uma vez que o fundamento da Psicopedagogia quando se inicia em seus primórdios, originando-se da Pedagogia e da Psicologia, concomitantemente, aonde ocorre essa intersecção entre essas ciências. Pois, estão atreladas ao somar-se os conhecimentos sempre em prol do processo do ensino e da aprendizagem. Fica aqui em aberta a pesquisa para sabermos quando é que ocorre o nosso papel psicopedagógico e neuroeducador.

 

7 Considerações Finais

            Tendo atingido os objetivos propostos nessa reflexão o importante que tenhamos em mente seria isso mesmo, como psicopadagogo(a), o que deveremos trabalhar, qual seria mesmo o nosso papel, essa reflexão deveria perpassar todo o curso; mesmo nas disciplinas as quais formos estudando isso irá somando-se ao conhecimento já consolidado.

            E, principalmente, irá influenciar na maneira como nós psicopedagogo(a)s iremos atuar nas instituições as quais representamos. Sabendo-se que tal profissional da saúde seria aquele profissional que mais se envolve com equipes multidisciplinares. Qual o seu papel e a sua relação nesse processo; mas ao mesmo tempo, quais seriam os seus limites, quando este terá que saber que deverá acionar um profissional de outra área – até onde este poderá ir, quais área necessitam dele.

            Portanto, uma complementação importante que discute a área da saúde; é comum em muitos municípios já se perceber a atuação de muitos psicopedagogo(a)s, por exemplo, dentro da área hospitalar, mas por que esse profissional da saúde está lá: Uma vez que temos alunos com dificuldades de aprendizagem, muitas vezes, não podendo ir para a escola  regular; pois, estes estão internados em hospitais, porque há um tratamento que exige muito mais tempo.

 

7.1 Algumas Sugestões

            Como fazer-se o acompanhamento da criança em ambiente hospitalar pelo psicopedagogo(a): Pois, o psicopedagogo(a) não dará aula para essas crianças, mas poderá acompanhar, investigar quais são as dificuldades dessa criança, agir de uma forma interventiva, com jogos, com brincadeiras e brinquedos, com bastante ludicidade.

            O psicopedagogo e o neuroeducador irão atuar não somente com crianças, mas também com os adolescentes, com adultos. Muitas vezes, há adultos que têm Mal de Alzheimer, em processo de senilidade, esquecem das coisas; precisam estimular a aprendizagem, aonde o psicopedagogo(a) poderá contribuir muito com isso, o que estudamos muito isso durante nosso curso. Fica aqui em aberta a pesquisa para sabermos quando é que ocorre o nosso papel psicopedagógico e neuroeducador.[24]

            Enfim, para definir um objetivo de estudo seja como avançar na aprendizagem seja como avançar devido a um problema ou, avanças por avançar querendo crescer nesse aspecto. Então, outros profissionais acabam agregando em saúde e, da própria área educacional. Muitas vezes, o psicopedagogo/a irá trabalhar com o profissional da área da educação física; que além de ser da área da saúde também adentra nas ciências humanas e sociais da mesma forma.

           

Referências:

ABI-SÂMARA, R. Uma das últimas entrevistas concedidas por Hans-Georg Gadamer. Fórum especial FD9 (2015). Disponível em:.Acesso em 10 jul 2019.

ALVAREZ. A.; LEMOS, I. C. Os neurobiomecanismos do aprender: a aplicação de conceitos no dia-a-dia escolar e terapêutico. Revista de Psicopedagogia, São Paulo, v. 23, n. 71/2016.

ALEXANDRE, M. Representação Social: uma genealogia do conceito. Disponível em:

. Acesso em: 21 jul. 2019.

AMARAL, R. A. P. A hermenêutica crítica de Paul Ricouer: Por uma ampliação do conceito de ideologia em Educação. Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em

Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.

ARAUJO, M. C. A teoria das representações sociais e a pesquisa antropológica. Disponível em:< www.revistas.univerciencia.org/turismo/index.php/.../article/.../180>. Acesso em: 7 maio 2011.

ARDUINI, J. Antropologia: ousar para reinventar a humanidade. São Paulo, SP: Paulus, 2017.

BAFFI, M. A. T. Modalidades de pesquisa: um estudo introdutório. Disponível em:. Acesso em: 7 mar. 2019.

BARBOSA-LIMA, M.C. O desenho infantil como instrumento de avaliação da construção do conhecimento físico. In: Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias Vol. 7, N.2/2018. Disponível em:. Acesso em: 27 abr. 2019.

BARTOSZECK, A. B. Neurociência dos seis primeiros anos: Implicações educacionais. Disponível em: . Acesso em 10 jul. 2019.

BARTOSZECK, A. B. Neurociência na Educação: há implicações educacionais?

Disponível em: .Acesso em: 11 jan. 2019.

BECKER, F. O Que é Construtivismo? Disponível em: . Acesso em: 3 abr.

2019.

BOTTI, S.H de O. Processo ensino-aprendizagem na residência médica. Revista brasileira educação médica. Rio de Janeiro, v. 34, n. 1, jan./mar. 2019. Disponível em: . Acesso em: 26 abr. 2019.

BRANDÃO, C.R. Sobre teias e tramas de aprender e ensinar- anotações a respeito de uma antropologia da educação. Revista da Faculdade de Educação UFG, jul./dez. 2002. Disponível em: .Acesso em: 12 maio 2019.

BRANSFORD, J. D.; BROWN, a,l.; COCKING,R. R. Como as pessoas aprendem. Cérebro mente, experiência e escola. São Paulo, SP: Editora Senac, 2017.

CAIXETA, L. Teoria da Mente: Uma Revisão com Enfoque na sua Incorporação pela Psicologia Médica. Disponível em:.Acesso em: 30 mar. 2019.

CARDOSO, S. H e SABBATINI, R.M. E. Aprendendo quem é a sua mãe. O comportamento do Imprinting. 2019. Disponível em:. Acesso em: 9 jul. 2019.

CARDOSO, S. H. Memória: o Que é e Como Melhorá-la. Disponível em:. Acesso em 10 jun. 2019.

CARTER, R. O livro de ouro da mente. O funcionamento e os mistérios do cérebro humano. Rio de Janeiro, RJ: Ediouro Publicações S.A., 2018.

COELHO, P. O manual do guerreiro da luz. Disponível em: . Acesso em: 4 mar. 2019.

CONTRERAS, J. Autonomia de professores. São Paulo, SP: Cortez, 2019.

COSENZA, R.M. Neurociência e Educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre, RS: Artmed, 2019.

CLASSIFICAÇÃO internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde. (cif). Disponível em:. Acesso em: 29 jul. 2019.

D’AMBRÓSIO, U. Transdisciplinaridade e a proposta de uma nova universidade. 1999. Disponível em: . Acesso em: 6 mar. 2019.

D’AMBRÓSIO, U. A transdisciplinaridade como uma resposta à sustentabilidade. 2011. Disponível em:www.revistas.ufg.br/index.php/teri/article/download/14393/9068. Acesso em 04 jun 2019.

DARWIN, C. A origem das espécies. 2019. Disponível em:. Acesso em: 14 fev 2019.

RAMALHO, Danielle Manera. Psicopedagogia e Neurociência: Neuropsicopedagogia e Neuropsicologia na prática clínica. 3ª Edição. Rio de Janeiro, WAK Editora, 2020, 116 p.

 

Bibliografia Complementar: 

BACICH, Lilian; TANZI NETO, Adoldo; TREVISANI, Fernando M. Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.

HORN, Michael B.; STAKER, Heather. Blended: usando a inovação disruptiva para aprimorar a educação. [tradução: Maria Cristina Gularte Monteiro; revisão técnica: Adolfo Tanzi Neto, Lilian Bacich]. Porto Alegre: Penso, 2015.

Site com acesso às vídeoaulas gratuitas: www.ensinohibrido.org.br

 

[1] ALENCAR é filósofo, pedagogo, estuda Ciências Biológicas (UFCG), mestre Ciências da Educação pelo ISCECAP (Brasília-DF), pós-graduando em Psicopedagogia Clínica, Institucional, Hospitalar e Neuroeducação FACSU: fhermes20@gmail.com

[2] SANTOS, pedagogia pelas Três Marias, pós-graduação em Psicopedagogia Clínica, Institucional Hospitalar e Neuroeducação: mariasbpb2020@gmail.com

[3] MEDEIROS é pedagoga, Educação Infantil, pós-graduanda em Psicopedagogia e Neuroeducação FACSU: sousademedeirosmarinalva5@gmail.com

[4] ARAÚJO tem Pedagogia pela Três Marias, Pós-graduação em Psicopedagogia clínica, institucional hospitalar e Neuroeducação FACSU: romeniaaraujo719@gmail.com

[5] LUCENA (padre) é Bacharel em Teologia e Filosofia; licenciado em Filosofia, Geografia e Pedagogia; especialista em Noções Tecnológicas na Educação e em Psicopedagogia; Mestre em Gestão Educacional; Doutor em ciências da Educação; professor da Pós- Graduação FACSU: peeveraldo@bol.com.br

[6] A Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e os entraves que acontecem ao longo deste processo, seja por questões adquiridas durante o desenvolvimento humano ou de base neurológicas.

[7] Técnicas de Diagnóstico Psicopedagógico, o diagnóstico clínico na abordagem interacionista – Leila Sara José Chamat. A leitura deste livro instrumentaliza o profissional que atua diretamente com os pacientes portadores de dificuldades de aprendizagem, na área clínica. A leitura e apreensão dele auxiliam o psicopedagogo ou profissional que trabalha em Instituição escolar, a fim de melhor compreender o fracasso escolar e ainda conscientizar-se do trabalho do psicopedagógico. O autor desmente alguns mitos a esse respeito, principalmente de que o psicopedagogo e o reforço escolar caminham juntos, pois tanto a história da psicopedagogia como a práxis e o eixo teórico, demonstram que ambos são duas coisas distintas.

[8] Para FERNANDÉZ (2020, p. 42ª): O psicopedagogo (neuroeducador/a) tem um papel importantíssimo no que diz respeito à avaliação e às intervenções que se façam necessárias neste momento para que se possam desatar os nós, favorecendo uma aprendizagem plena.

[9] Waldir Pedro é jornalista e filósofo. Nasceu em São Paulo. Ainda criança, mudou-se com a família para São Vicente, cidade do litoral paulista.

[10] Pedro trabalhou no ofício de artes gráficas e, ainda jovem, montou uma livraria, que se tornou o ponto de encontro de personalidades da região, principalmente poetas e intelectuais da Baixada Santista. Estudou Filosofia na Universidade de Santos e, em seguida, na mesma universidade, tornou-se bacharel em Comunicação Social. Trabalhou no jornal “A Tribuna de Santos”, primeiro no Projeto Jornal-Escola (projeto desenvolvido pela empresa jornalística para estimular o uso de jornais na sala de aula) e depois colaborou no suplemento infantil. Atualmente é editor da Wak Editora, do Rio de Janeiro.

[11] Espaço Psico Envolver: Alfabetização em Processo – Emília Ferreiro - esse é um livro clássico sobre o processo de alfabetização com crianças. Explica como a alfabetização ocorre no cérebro, como estimular a criança e como o processo da alfabetização vai abrir as portas para inúmeros outros conhecimentos.

[12] Bianca Isabela Acampora e Silva Ferreira - Professora. Palestrante. Escritora. Artista plástica.  Graduada em Pedagogia. Mestre em Cognição e Linguagem. Doutora em Ciências da Educação. Especialista em Neuroaprendizagem Cognitiva/Socioemocional, Psicopedagogia e Arteterapia. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/483043255100507

[13] Espaço Psicoenvolver: Emilia Ferreiro aprofunda um aspecto importante no processo de construção da leitura e escrita: problema cognitivo envolvido no estabelecimento da relação entre o todo e as partes que o constituem. A autora nos mostra que a criança elabora uma séria de hipóteses produzidas por meio da construção de princípios organizadores, resultados não só de vivências externas, mas também por um processo interno. Mostra também como a criança assimila seletivamente as informações disponíveis e como interpreta textos escritos antes de compreender a relação entre as letras e os sons da linguagem.

[14] Espaço Psicoenvolver - Manual prático do Diagnóstico Psicopedagógico Clínico, de Simaia Sampaio. Este é um livro superimportante para todo psicopedagogo iniciante, fornece subsídios a formação inicial e a formação continuada daqueles que já se encontram no exercício da profissão. Neste manual, de maneira prática e objetiva, a autora descreve minuciosamente os passos e a aplicação das técnicas usadas no diagnóstico psicopedagógico clínico baseado na Epistemologia Convergente.

[15] Como professora de pós-graduação e supervisora de psicopedagogos, observa a dificuldade que os alunos encontram em unir todas as etapas do diagnóstico para realização do estágio e, mesmo depois de formados, eles sentem dificuldades ao iniciar seu atendimento clínico, por causa da ausência de material de apoio. Por isso, descreve aqui, passo a passo, a realização do Contrato Inicial, EOCA, Provas Operatórias, Técnicas Projetivas, Outros Testes, Anamnese, Devolução e Informe Psicopedagógico.

[16] Espaço Psico-Envolver - Desenvolvimento e Aprendizagem, de Alysson Carvalho - Tratando da construção social e cultural da infância, esse livro traz a perspectiva da criança, que através das suas ações como brincadeiras, imitações, repetições e interações sociais, constrói seu mundo em cima de produções simbólicas.

[17] Este volume busca estabelecer um diálogo com o leitor na perspectiva de aperfeiçoar o seu trabalho como mediador para o desenvolvimento da criança de zero a seis anos. A linguagem acessível e a experiência dos autores com a educação Infantil são elementos facilitadores para instrumentalizar, sobretudo, os profissionais desta área, objetivando a construção de uma prática pedagógica cada vez mais intencional e consequente.

[18] Sugestão de obra - Dificuldades de Aprendizagem, Detecção e estratégias de ajuda – de Ana Maria Salgado Gómez, Nora Espinosa Terán. Um livro para responder a pequenas e grandes perguntas sobre os problemas de aprendizagem que continuamente são propostos às famílias. Oferece ferramentas de trabalho aos envolvidos de uma forma ou de outra, com a educação.

[19] Avaliação Psicopedagógica, recursos para a prática – Rosa Maria Junqueira Scicchitano e Maria Irene Siqueira Castanho (organizadoras). A Comissão Científica da ABPp fez um cuidadoso trabalho para a definição dos temas, a escolha dos autores e a revisão dos textos, visando à produção de um livro que considerasse o exercício da atividade do psicopedagogo como sendo algo intrinsecamente ligado à tarefa de avaliar, mediar e intervir. É um livro acessível a profissionais e estudantes de Psicopedagogia no qual se conseguiu destilar a grande experiência acumulada pelos autores nos seus longos anos de atividades profissionais, mais especificamente na avaliação dos processos de aprendizagem e considerando as diferentes formas e agentes de intervenção psicopedagógica. Esta obra aborda, portanto, um tema fundamental para a compreensão dos recursos mediadores para a avaliação do processo aprendizagem, a aplicabilidade desses instrumentos e a interpretação dos resultados ali revelados.

[20] Psicopedagogia clínica, uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar – Maria Lúcia Lemme Weiss. O livro mostra, claramente, a complexidade do fazer psicopedagógico e, por isso mesmo, não deixa o seu leitor desamparado. Abastece-o de um saber prático de experiência, feito e iluminado por algumas teorias, pois segundo Weiss, o exercício da psicopedagogia não é para quem quer; é, sobretudo, para quem pode. Não basta o domínio teórico, já que seu exercício é meta-teórico e supõe, por parte do profissional, uma percepção refinadamente seletiva e crítica. Este livro trata da aprendizagem humana e dos diversos fatores que conduzem ao fracasso escolar. Para um diagnóstico completo das causas dos problemas de aprendizagem da criança/adolescente, é necessário avaliar diversos aspectos: orgânicos, cognitivos, emocionais, sociais e pedagógicos ― lembrando sempre que as dificuldades de aprendizagem na escola podem ser causadas por um ou mais desses aspectos, não sendo eles, necessariamente, excludentes.

 

 

[22] Adotado em cursos de graduação, especialização e pós-graduação, desmistifica a ideia de que o fracasso escolar seja sempre decorrente do aluno ou da família. Muitas vezes, a maneira de a escola ensinar, seu modo de explicar e sua linguagem podem ser os verdadeiros responsáveis pelo fracasso do aluno na escola. “É um livro para ser lido não apenas por psicopedagogos, mas por todos os profissionais que atuam na escola: professores, orientadores, supervisores e administradores. De preferência, ainda no período de formação, como as licenciaturas e últimos períodos do curso de Pedagogia. Ficará claro para cada um que não existe ato praticado na escola que seja inócuo e que cada um destes atos, de alguma maneira, afeta a sala de aula, atinge o aluno”. (Welitom Vieira dos Santos, professor da Faculdade de Educação da UFRJ).

[23] A psicopedagogia no Brasil, Contribuições a partir da prática – Nádia A. Bossa. Todo profissional, seja em formação ou já formado precisa conhecer a história da psicopedagogia. A autora mostra o caminho percorrido pela psicopedagogia na história e nos ensina que a psicopedagogia não é um saber “único e acabado”, mas um saber aberto, que se constitui a partir da sua própria eficiência enquanto processo prático. A Psicopedagogia constitui um conjunto de práticas institucionalizadas de intervenção no campo da aprendizagem, seja no âmbito da prevenção, seja no diagnóstico e no tratamento das dificuldades de aprendizagem, ou ainda, na intervenção específica no processo de aprendizagem escolar. Seus domínios específicos são: o sujeito do conhecimento, o agente de transmissão e as dimensões constitutivas dos mesmos, logo o sujeito-objeto da Psicopedagogia é o ser humano contextualizado em situação de aprendizagem. O enfoque de pesquisa e trabalho psicopedagógico é multidimensional, no qual estão contemplados os fatores constitucional/biológico, cognitivo, afetivo, sociocultural e pedagógico, em determinado momento histórico de cada pessoa ou grupo, afetando a busca e a compreensão dos conhecimentos. A Psicopedagogia deve aproximar-se dos obstáculos presentes na construção do conhecimento e na relação com o saber; da prática educativa na interseção com as particularidades subjetivas, sociais e culturais das pessoas e instituições; da relação entre pensamento meditativo e subjetividade; e das interações do homem com o mundo. Dessa forma, o olhar da Psicopedagogia sobre a aprendizagem e o processo ensino-aprendizagem se dá pela análise de comportamentos cognitivo-intelectual e simbólico-afetivo na produção de conhecimento.

 

Artigo completo: