FRAUDES DE UMA EMPRESA EM ITUMBIARA-GO, DETECTADAS E PREVENIDAS PELA UTILIZAÇÃO DE CONTROLES INTERNOS
Por DILLY HELLEN DE SOUZA ALVES | 27/02/2019 | EconomiaRESUMO
Este artigo tem como objetivo geral a avaliação dos controles internos utilizados pela CIA X, uma empresa de um grupo de lojas que atua no comércio varejista do interior do estado de Goiás desde o ano de 2007 e que desde da sua inauguração sofre com perdas de diversas naturezas praticadas por clientes e funcionários. A pesquisa procurou apresentar os principais fatos que ocasionavam e que facilitavam as perdas dentro da empresa, bem como implantar medidas novas no intuito de inibir que novas fraudes fossem realizadas. Um estudo descritivo com abordagem qualitativa foi realizado, utilizando-se de pesquisa de observação e de uma análise documental de relatórios operacionais e de resultados emitidos pela empresa, bem como por conversas informais com gestores. Os resultados apontam que a CIA X conta com uma política de controle interno eficiente na detecção das faltas, mas o planejamento operacional precisa de ajustes, pois esse planejamento feito de forma errônea pode contribuir bastante para o resultado negativo das auditorias realizadas.
Palavras-chave: Varejista. Fraude. Controle interno.
1 INTRODUÇÃO
Segundo Gil (2005), as fraudes existem desde os primórdios da civilização, todavia, encontram-se mais presente nos tempos atuais. Isso ocorreu devido à crescente demanda de bens, obras e serviços em todo o país e do exagerado crescimento no número de empresas sendo criadas (GIL, 2005). Os proprietários de vários ramos têm em suas mãos a responsabilidade de garantir desenvolvimento econômico e social de sua região, tornando-se imprescindível a adoção de procedimentos e mecanismos de controle, que garantam a aplicação eficiente e transparente dos recursos disponíveis (GIL, 2005, p. 3).
O controle empresarial, cada vez mais, torna o ato de administrar mais complexo, porém exato. Segundo Perez Júnior (2004), a escassez dos recursos, a vulnerabilidade dos negócios e o desenvolvimento da tecnologia da informação fazem com que surjam novas demandas de controles, exigindo dos gestores e dos auxiliares a adoção de novas ferramentas de gestão e padrões comportamentais, visando à adequação da organização aos novos desafios (PEREZ JÚNIOR, 2004, p. 27).
Silva (2005) observa que independente do setor, cada unidade deve procurar definir, com ou sem formalização, orientações estratégicas por meio do plano estratégico, clarificando a visão global do negócio e de atuação, a missão pela qual explica a sua própria existência e a coesão das políticas setoriais internas, demonstrando que existem vários problemas internos resolvidos simplesmente com o uso correto de ferramentas existentes que auxiliem na execução de tarefas corriqueiras sem esquecer da prevenção de perdas da empresa. Com base no que foi apresentado, justifica-se a criação de um projeto que traz como problemática a seguinte pergunta: Qual o desempenho de uma empresa que começa a usar práticas de controle interno e planejamento operacional de forma correta?
Tendo a pergunta de pesquisa apresentada como suporte, o objetivo geral deste trabalho é demonstrar como vinha sendo utilizado o controle interno e o planejamento operacional de uma empresa e como esses processos afetam nas perdas anuais identificadas nessa empresa. Para chegar ao foco principal deste projeto, alguns objetivos específicos tornaram-se necessários, sendo eles:
- Identificar os princípios do controle interno;
- Levantar o sistema de controle interno e o planejamento operacional adotados pela empresa pesquisada;
- Apontar fragilidades do sistema de controle e do planejamento interno adotados; e
- Avaliar ações de melhoria e se elas efetivamente surtiram efeitos diante dos fatos.
O artigo demonstra a importância de discutir academicamente sobre o controle operacional e sua relevância dentro dos processos de uma empresa, sendo de grande valia para novos pesquisadores do tema abordado. Segundo Silva (2001, p. 89), “o planejamento é parte fundamental da administração e tem suas origens nas mais remotas civilizações, existindo desde o momento em que o homem precisou realizar tarefas e organizar recursos disponíveis”.
Este trabalho está estruturado da seguinte maneira: no presente tópico tem-se a introdução; no segundo tópico é apresentado o referencial teórico; no terceiro tópico tem-se a metodologia; no quarto tópico são descritos os resultados do trabalho; e, por fim, o tópico cinco apresenta as considerações finais.