Frágil Intuição.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 16/01/2013 | PoesiasFrágil Intuição.
Algo tão perto e longe.
Ao mesmo tempo.
Muito mais perto.
Do que longe.
Apenas uma forma de sentir.
De ser.
Não de pensar ou dizer.
Às vezes perlífero.
Ou mefistofélico.
Inconcusso a qualquer forma.
De ideologia.
É muito mais importante ser.
Do que pensar.
Mas pensar ajuda ser.
Esta imprecação destina-se.
Melancolicamente a exuberância.
A intuição a distância percebe-se.
O sentido profundo de rebanho.
O sentimento imersível a metafísica.
O que importa alguém dizer ti.
Que a alma é um profundo abismo.
Coitado de quem deseja a involuntária.
Sedução.
A ontologia dos segredos menores.
Mas isso aqui é um capricho inestimável.
O instinto mecanizado pelo domínio da razão.
Peremptoriamente indescritível.
A futilidade tributável ao entroncamento da inocência.
Esse longe tão perto, sem significado.
Intuo no sentido figurativo mimeticamente.
Apenas um grande silêncio com o tempo.
Nem mesmo o silêncio chega a ser.
Como se não fosse absolutamente nada.
O que na verdade é a verberação desse significado.
Escrevo essas coisas impersistentes.
O que desvela a superfície da essência imiscuída.
Certa impostoria que vem de outros universos.
Entre eles tantos Fernandos.
Tão somente um deles.
Algum valor indutivo categoricamente.
Talvez a face do mundo reflita a natureza.
Indireta das coisas.
Existem olhos presos às existências das impossibilidades.
A necessidade do mistério substanciado a impingidela.
O obstringido destino como qualquer coisa perdida aos sinais.
Exatamente o tempo de cada um deles entre outros à misericórdia temerária.
O que escrevo é o que imagino o gesto cotidiano.
Uma pedra é uma pedra perfumada a sensualidade selvagem.
Vergonhosamente romântica contínua a agitação.
Manequim de um mundo de bandas e bandos ao bordo.
A provincialidade.
Outros milhões de frascos ao feitio dos aspectos homéricos.
Aos montes longínquos.
Ao crepúsculo cosmopolita lantejoula a imaginação.
A impertinência imperativa dos vossos segredos.
Hilídea a idiossincrasia premeditada.
Então o sentir não é um sentir porque o perto é eterno.
A distância dissimula a eventualidade.
O restante de tudo isso é exatamente a inexistência.
Diacrônica ao inverso da sua significação.
Reflita e perceba o quanto a forma é abstrata.
O que sinto é a lógica fugitiva da sua destinação.
Eternamente.
Edjar Dias de Vasconcelos.