Fim De Tarde
Por Riva Moutinho | 06/05/2008 | PoesiasVejo seus olhos tristes diante de mim
E meu raciocínio aponta o dedo para mim.
Vejo sua lágrima percorrendo sua face
E minha consciência acusa-me.
Poderia ser diferente do que sou
Mas ainda não descobri tudo aquilo que sou
E cada parte de mim ainda clama por outra que ainda não existe
Ou que simplesmente ainda não foi descoberta.
Gostaria de levar a felicidade comigo
Mas pareço propagar o que menos creio existir em mim.
Tão confuso quanto me entender
É tentar ser quem eu sou.
Sou menos do que gostaria de ser,
Mais do que esperava suportar.
Caminhei mais do que sempre desejei
E ainda não sei se tudo o que fiz foi tão bom quanto penso que foi.
Não tenho tanta certeza para tantas coisas.
A vida às vezes exige mais do que deveria,
E meu estado de espírito é tão lunar
Que às vezes não sei quando vem a minguante.
Ainda estou tentando viver o hoje com suas alegrias,
Apesar de certos fantasmas teimarem apossarem da minha memória.
Não... Eu não entendo o mundo e nem a mim
E de tudo o que surgiu a sua mágica foi a mais bela.
Riva Moutinho 22/03/2008