Fim de jogo
Por Leonardo Monteiro Macedo | 12/08/2014 | AdmNão é de hoje que temos problemas com impostos mal empregados no Brasil. Uma área bastante afetada é a de entretenimento digital (jogos de videogames) na qual a carga tributária chega a 78,2% do produto. Na administração existe um conceito utilizado que visa mostrar duas formas de trabalho para atingir um crescimento relativo dos seus ganhos. A primeira forma é ganhar na margem (preço elevado). Enquanto a segunda forma propõe ganhar no giro (quantidade alta de produto vendido).
Essa perspectiva se traduz no mercado de jogos. À medida que o imposto é muito elevado, os produtos piratas tendem a ganhar mais espaço devido ao baixo custo e a grande produção em massa de cópias, ocasionando o desemprego e a perda de renda por parte dos produtores e do governo brasileiro.
Uma alternativa que poderia ser adotada seria a diminuição da carga tributária nesses produtos, o que acarretaria na redução do preço nas lojas, atraindo, educando e fidelizando os compradores a sempre tentar obter um produto original de alta qualidade. Esse estímulo do governo beneficiaria toda cadeia produtiva onde todos sairiam ganhando, os comerciantes, fabricantes, desenvolvedores de jogo e o próprio governo, pois não só estaria gerando renda como emprego.
Não adianta lutar por produtos originais se os encargos sobre eles são altos demais para os consumidores que gostam de games, já que a grande maioria desses consumidores são jovens que precisam que seus responsáveis legais adquiram esses tipos de produtos, pois os mesmos não tem uma fonte de renda sólida. Assim, o preço elevado vira um empecilho para a aquisição desse produto fazendo crescer o que o governo quer tanto combater que é a pirataria.
Leonardo Monteiro