Filhos mal-educados, de quem é a culpa?
Por Marco Ribeiro | 07/06/2009 | FamíliaQuando falo em educação, logo me vem à cabeça a imagem de minha avó dando recomendações para que eu obedecesse e respeitasse meus pais, ou então minha mãe, chamando minha atenção durante o almoço para não falar de boca cheia. Enquanto criança, não temos a a real noção do que é certo ou errado e freqüentemente nos orientamos por aquilo que julgamos ser mais coerente dentro da educação que recebemos. Nossos valores estão baseados naquilo que vivenciamos em nosso convívio familiar e por este motivo nossos filhos começam a se tornar parecidos conosco a cada dia que passa, pois eles reproduzem aquilo que lhes é transmitido diariamente. É comum aos meninos copiar as atitudes do pai ou padrasto, pois além da semelhança física, os meninos imitam o andar, as expressões, as roupas e principalmente as atitudes do pai. O mesmo acontece com as meninas que na busca pela semelhança com suas mães, as imitam em suas brincadeiras. Claro que isso não é um padrão absoluto, pois isso vai depender do tipo de relação existente entre pais e filhos. São comuns os casos de meninas que resolvem seguir os exemplos do pai, ao invés de copiar a mãe e mesmo assim tornam-se mulheres normais e sem qualquer tipo de desvio comportamental. Quanto aos meninos, não há nada de estranho no fato de ele buscar a companhia da mãe, já que esta é uma atitude latente e já definida pelas leis naturais de qualquer ser. Toda criança é curiosa por natureza, sua curiosidade chega a ser maior do que seu próprio tamanho e por causa disso a maioria dos acidentes domésticos acontecem. Mas nem por isso, nós pais vamos deixar que nossos filhos façam o que bem entender. É essencial que toda família tenha uma boa política de convívio saudável, além de saber impor regras aos rebentos, pois filhos mimados ou jogados à própria sorte são como um tiro no próprio pé e depois que crescem, não há que possa segura-los. Umas das prioridades na educação de um filho é o diálogo, pois é através dele que nos fazemos entender, sem dar aquela impressão de que estamos querendo ser os donos da verdade. De nada adianta gritar e espancar. Antes disso, é importante que façamos uma reflexão, afinal na mioria dos casos o problema não está naquele filho rebelde e sim nos pais que não souberam impor sua autoridade diante deles. A educação infantil deve começar desde muito pequeno. Tudo começa naquela fase em que eles tentam de todas as formas, descobrir o que há em volta, se tem gosto e qual a textura. Não é a toa que volta e meia, a criança acaba se machucando com algum objeto, ou caindo de algum lugar. Mas isso é normal e faz parte do aprendizado. Ser curioso, é uma das manifestações naturais do ser humano, assim como outros mamíferos e é graças a esta curiosidade que aprendemos o que podemos e não podemos fazer. Se não passássemos por esta fase, jamais saberíamos se sofrer uma queda seria ou não doloroso, se água com barro tem gosto ruim, ou se banana tem gosto bom. É importante que deixemos nosso filhos a vontade para aprender, mas impondo limites sempre, pois um dia eles nos agradecerão por isso. Pode apostar nisso.