FICOU INSUPORTÁVEL VIVER NO BRASIL
Por GILBERTO NOGUEIRA DE OLIVEIRA | 14/08/2011 | PoesiasFICOU INSUPORTÁVEL VIVER NO BRASIL
Nazaré, 20-03-2011
Além de tudo o que já se vê
Ainda tem o que não percebemos.
São impostos pagos para sustentar
Os vários setores do crime organizado.
É o bando do Congresso Nacional,
Do CFM, OAB, Justiça, Executivo,
Legislativo, Planos de Saúde, Banqueiros,
Agro negócio e CNA, Drogas, Políticos,
Empresas aéreas, Universidades Particulares, Mídia etc.
E pensar que nós somos idiotas.
E pensar que nós somos alienados.
Aceitar esmolas em vez de trabalho
Para calar nossas bocas:
É bolsa escola,
É bolsa família,
É bolsa corrupção,
É bolsa segurança,
É bolsa...
Ficou insuportável viver no Brasil:
O rico não pode ser preso,
Os pobres e os negros
São assassinados às dúzias
Como se não fossem humanos,
Como se fossem baratas
E o pior de tudo
É que nada pode ser provado,
Pois o sistema mata as testemunhas.
Perdemos ente queridos
Na ditadura militar
E nem sabemos
Onde esconderam seus corpos.
Também não sabemos
Onde esconderam os assassinos.
Ficou insuportável viver no Brasil:
É imposto de renda para pobre pagar,
É imposto de renda para banqueiro gozar,
É imposto de renda para político roubar,
É a máfia da propaganda americana.
E a justiça não pode fazer nada
Porque também pertence ao sistema.
Enfim, a tal democracia
É só para beneficiar a máfia.
Ficou insuportável viver no Brasil:
O Estado recolhe as armas dos cidadãos
E repassa para o crime organizado
Que não paga impostos.
Pagam salário de fome aos policiais,
Lhes suprime o treinamento intelectual e moral
Para que também eles
Adiram ao crime organizado.
Eles acabam loucos e criminosos.
Os criminosos já estão com lança mísseis,
Metralhadoras e granadas.
A policia vai de bodoque
E pedras de capitão.
É mais barato para o sistema.
Os próprios cidadãos, anestesiados pelo sistema
Acabam achando tudo isso normal
E acabam colaborando com o sistema
Colaborando assim com o crime organizado.
Eles acham que não tem mais jeito...
É como uma teia de aranha
A cercar as nossas vidas.