FIBROMIALGIA: UM OLHAR SOBRE A ATUAÇÃO DOCENTE

INTRODUÇÃO

O presente projeto de monografia cujo tema é “Fibromialgia: Um Olhar Sobre a Atuação Docente.”, procurará responder especificamente ao seguinte problema: A fibromialgia é uma doença que acomete a população docente?

A fibromialgia é caracterizada por algumas disfunções, como por exemplo: distúrbio do sono, fadiga e a diminuição da aptidão cardiorrespiratória (VALIM, 2006).

Hammerly (2006) explica que cada ser humano é diferente um do outro, cada um tem as suas necessidades emocionais, físicas, sociais e espirituais que afetam principalmente a sua saúde podendo também acontecer neste caso, o estado de saúde afetar as necessidades supracitadas. Orienta ainda que não existe uma compreensão das causas da fibromialgia.

O autor supracitado diz que a fibromialgia é uma doença bastante dolorosa, o paciente quando procura o médico já chega desesperado pela dor sentida. Além da dor, outros sintomas são característicos da fibromialgia: depressão, choques elétricos no corpo, cansaço, inchaço entre outros.

A fibromialgia é uma síndrome reumática que afeta as articulações, músculos e esqueleto. Todo este agravante afeta negativamente a vida das pessoas, colocando em desordem a qualidade de vida (et. al., 2006).

A fibromialgia é caracterizada por diferentes tipos de dores. O primeiro são as dores musculares crônicas generalizadas. Normalmente estas dores vêm e vão ou se instalam por todo o corpo. Já o segundo se enquadra em pontos dolorosos em regiões anatômicas bem determinadas (HAMMERLY, 2006)antes (LEME; LEME, 2010).

2.3 Como Detectar a Fibromialgia.

Segundo Berne (2007) o primeiro passo a se fazer é ir ao médico reumatologista, os pacientes relatam fortes dores que são distribuídas pelo corpo afetando o lado esquerdo e direito, acima e abaixo da cintura, sendo esta dor persistente por mais de três meses. O diagnóstico é feito através da pressão manual ou digital de no mínimo 11 e no máximo 18 pontos pré-definidos e estabelecidos pelo colégio American College of Rheumatology, em 1990. Estes pontos se localizam em torno das regiões do pescoço, ombro, peito, quadril, joelho e cotovelo, é aplicado uma força de quatro quilogramas (nove libras de pressão,

visualmente é quando o dedo da unha fica branco) se o paciente se queixar de dores em no mínimo 11 pontos é definido o diagnostico com fibromialgia. 

Existe uma forma de se detectar os pontos afetados pela fibromialgia, porém esta forma é pouco conhecida no Brasil. Trata-se de um exame pouco disponibilizado, cujo nome é Teletermográfia. Como a fibromialgia atinge vários pontos no corpo humano assim fica difícil dar o diagnostico preciso. Em clínicas que tem este equipamento os profissionais da saúde (médicos) conseguem executar o diagnostico com certeza da doença (LEME; LEME, 2010).

Figura 2- Imagem Teletermográfica.

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Fonte: LEME; LEME (2010, p.17).

Outra forma de se detectar a fibromialgia, é através de um aparelho que mede a dor e o nível de sensibilidade, conhecido como Dolorímetro de Fischer. Este aparelho é usado

em avaliações em pacientes que têm fibromialgia com o intuito de saber quais são os níveis de dor que o paciente se encontra. Para resultados mais precisos há também o Dolorímento digital (LEME; LEME, 2010). 

Figura 3 - Dolorímetro de Fischer.

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Fonte: LEME; LEME (2010, p. 19).

Segundo Leme e Leme (2010) existem lugares (pontos) específicos pré-definidos pelas convenções internacionais, são eles:

1 par na base da nuca

2 pares nas regiões peitorais

2 pares nas regiões torácicas posteriores (entre as escápulas)

2 pares nas regiões glúteas

1 pares nos cotovelos

1 pares nos joelhos internos (acima ou abaixo da articulação)

2.4 Tratamentos

Existem mais de 600 pontos espalhados em todo o corpo humano. Há tratamentos mais populares conhecidos como convencionais que são os tratamentos sintomáticos. O intuito destes tratamentos é a desinflamação dos pontos afetados, relaxamento dos músculos através de relaxantes musculares, entre outros como alongamentos, meditação, ioga. Este tratamento procura deixar o paciente menos tenso, menos estressado, aliviando as dores provocadas pela fibromialgia (LEME; LEME, 2010).

Segundo Carneiro (2006) um dos tratamentos mais utilizados são: os tratados com antiinflamatórios não-esteróidais, antidepressivos tricíclicos, analgésicos, justamente para ameninar a dor que o paciente de fibromialgia sente.

Com o avanço das tecnologias, os estudos evoluíram em grande escala, porém não se tem tratamentos eficazes para as pessoas que apresentam a doença fibromiálgica. Os Métodos considerados mais eficazes são os exercícios físicos e fisioterapêuticos (LEME; LEME, 2010).

Nos tratamentos para fibromialgia são usados os exercícios físicos com muita frequência, por promoverem a saúde abrangendo também vários outros aspectos, dando ênfase para diminuir as dores, reduzir a fadiga, entre outros sintomas que apresentam a fibromialgia e contribuindo para a melhora de qualidade de vida (ALENCAR; COURY; OISHI, 2008).

Uma das atividades mais usadas para o tratamento desta doença são os exercícios aeróbicos de baixo impacto, exemplos: natação, hidroginástica, dança, entre outros, que irão promover a reabilitação física além de diminuir os sintomas da fibromialgia. Para alcançar os resultados há muitas variáveis como: o período, a frequência dos exercícios, quanto tempo de duração e com qual intensidade foram executados (ANDRADE; CARVALHO; VILARTA, 2008).

Os exercícios físicos oferecem melhorias em pessoas que possuem a doença além de ser de baixo custo contribuem para a saúde e minimizam as dores. Exercícios físicos aeróbicos são eficazes, porém devem ser supervisionados, executadas corretamente estas atividades físicas reduzem as dores, a quantidade de pontos dolorosos pode diminuir, contribuindo assim para a qualidade de vida (VALIM, 2006).

Outro método capaz de promover benefício pelo meio fisiológico é a hidroterapia, devido ao corpo estar relacionado com o meio aquático. Este método não é somente um meio para aliviar as dores que esta doença promove, mas serve também para que se restaure a funcionalidade de vida dos fibromiálgicos, contribuindo para a qualidade de vida das pessoas. Uma vez que neste meio aquático consegue-se executar as atividades sem que a dor aumente, promovendo assim um ótimo bem estar físico e psíquico (VILARTA, 2006).

A água diferentemente do ar busca desenvolver adaptações fisiológicas, pois quando uma pessoa está envolvida por este meio, irá se submeter a diferentes foças físicas, dentre elas a execução de exercícios terapêuticos como: buscar aliviar a dor e relaxamento muscular, aumentando a movimentação do corpo, pois assim as articulações também irão se movimentar. Os músculos que não se movimentavam serão reeducados, fortalecendo a musculatura, melhorando a circulação, além de dar muita confiança as pessoas que possuem esta doença, pois assim terão mais coragem para executar as atividades funcionais, dar suporte e equilíbrio ao corpo, trabalhar a coordenação e postura. Considerando a organização dos componentes de aquecimento, alongamento, incluindo exercícios com e sem resistência e relaxamento (VILARTA, 2006).

Há também a massagem como tratamento, pois ela pode alongar os tecidos, aumentar a amplitude do movimento, e ajudar a minimizar a pressão sanguínea e a frequência

cardíaca, além de contribuir para a melhor respiração. Pode ser útil também em: melhorar a circulação, relaxar os músculos e acabar com a formação de ácido lático nos mesmos (HAMMERLY, 2006).

O autor supracitado afirma que a Ioga também é um ótimo tratamento para os pacientes que possuem fibromialgia, pois ela focaliza o equilíbrio da mente e do corpo, além de utilizar posturas físicas que requerem utilização de técnicas com a respiração e meditação.

CAPÍTULO III

CAMINHOS METODOLÓGICOS

Para realizarmos esta pesquisa, preferimos desenvolver a pesquisa bibliográfica devido à acessibilidade ao material a ser pesquisado. Inicialmente foram feitas várias buscas em artigos, livros, revistas científicas na internet, teses, dissertações e em uma biblioteca de uma instituição privada de Ensino Superior. Primeiramente foi feita uma classificação do material que incluía o tema pesquisado por meio de palavras-chave, buscando facilitar e esclarecer sobre o assunto abordado.

Realizar um estudo através de uma pesquisa bibliográfica faz parte do cotidiano de pesquisadores e também de estudantes. Por meio dela, o conhecimento se torna muito amplo, aperfeiçoando o aprendizado e amadurecendo cada vez mais o conhecimento em relação ao tema a ser abordado (TRAINA; TRAINA JR, 2009).

Os autores supracitados afirmam que, primeiramente, uma revisão bibliográfica dever ser fundamentada em livros, textos e artigos pautados ao tema de maneira que engrandeça a melhor forma possível de averiguar o problema. A partir do momento que se quer fazer uma investigação, é imprescindível ler o que há de mais atual sobre o assunto. Para localizar artigos atuais relacionados ao tema, é necessário fazer uma pesquisa por fontes secundárias, que são publicações com informações bibliográficas de artigos, por assunto, palavras-chave, autores, revistas.

Neste tipo de pesquisa empregam-se informações ou grupos teóricos já desenvolvidos por diversos pesquisadores e obrigatoriamente armazenados, sendo que o pesquisador busca nos textos fontes de pesquisa a partir de contribuições de estudos de outros autores.

De acordo com Severino (2007, p. 122), a pesquisa bibliográfica “é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, livros, artigos, teses etc.”.

Segundo Mattos, Rosseto, Júnior, Blecher (2004, p. 18) “o método de pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas e/ou revisão de literatura de obras e documentos que se relacionam com o tema pesquisado”.

As pesquisas bibliográficas são compostas por publicações em forma de livros, enciclopédias, monografias, teses, dissertações, artigos publicados em periódicos e anais, apostilas e em relatórios de pesquisa (LAKATOS E MARCONI, 2001).

Dentro destes procedimentos metodológicos:

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