OS DESAFIOS ENCONTRADOS PELO PROFESSOR DA SALA DE AULA REGULAR PARA INCLUSÃO DE ALUNOS AUTISTAS

Por Fernanda Reis Vieira | 14/08/2017 | Educação

Fernanda Reis Vieira

RESUMO

O presente artigo aborda acerca da inclusão dos alunos com autismo no ensino regular. Atualmente a Lei que garante o acesso à escola aos educandos com qualquer tipo de limitação no ensino regular. Os educadores precisam compreender que só existirá inclusão de pessoas com necessidades especiais em suas dependências se todos estiverem empenhados em contribuir para a edificação de um trabalho mais humano e acolhedor. Na quebra de paradigmas é fundamental a todo ser humano o respeito à diferença. Para realização deste estudo objetivou-se investigar a aceitação da inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais-NEE em especifico do autismo, no contexto da escola regular por parte dos professores e alunos. De acordo com Freitas (2008 p.56), a inclusão é um processo que não se restringe à relação professor aluno, mas que seja concebido como um princípio de Educação para Todos, e valorização das diferenças. A pesquisa foi embasada ainda nos seguintes autores: Mantoan (2008) e Mazzotta (2005).

Palavras Chave: Inclusão; Autismo; Educação.

INTRODUÇÃO

Na sociedade e no mundo, ainda se pode observar muitos casos de preconceito com relação às pessoas que apresentam deficiências, encontramos alguns teóricos que se propõem a discutir diferentes formas para minimizar a questão da discriminação à qual as pessoas são submetidas e que as impedem de terem oportunidades iguais na sociedade pós-modernidade, muitas vezes essas pessoas passam por preconceitos dentro do cenário escolar.
A inclusão social e escolar é resultado de construções sócio históricas resultantes do movimento articulado pela sociedade, no entanto, atualmente, a forma como a educação é considerada, no que diz respeito à adoção de políticas que garantam a inclusão de todos na escola regular é fato recente, e ainda vem sendo desenvolvido de forma lenta e gradual (FREITAS, 2008).
A esse respeito, alguns teóricos demonstram que historicamente a escola atendia a uma população bastante reduzida, destinando-se mais especificamente às famílias de maior poder aquisitivo, sendo que os investimentos advindos dos poderes públicos em educação, sempre foram poucos; o número de escolas e a consequente oferta de vagas não atendiam a toda a população em idade escolar.
Desse modo, a escola se restringia àqueles que tinham altas condições financeiras, sociais, culturais, afetivas, entre outras, de ingressarem nela e ali permanecerem, porque atendiam seus pré-requisitos ou pressupostos. A educação sempre foi destinada a poucos e, no caso dos sujeitos com necessidades educacionais especiais, ou seja, as crianças e jovens cujas necessidades decorrem de sua capacidade, dificuldade de aprendizagem ou deficiência, a exclusão foi a regra no decorrer dos tempos e não a exceção, pois as pessoas com deficiência eram tidas como seres sub-humanos, sendo afastados de qualquer convívio social, pois a deficiência era tida como maldição, ou “marca do demônio”. De acordo com Mazzotta (2005), havia uma completa omissão da sociedade em relação à organização de serviços para atender as necessidades individuais específicas dessa população.
Nesse sentido, este estudo, busca demonstrar os desafios encontrados por professores no ensino regular no processo de inclusão de alunos autistas, visando superar desafios e obstáculos encontrados no processo de ensino aprendizado.

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