Fatores Que Ocasionam o Desenvolvimento da Osteoporose Senil
Por Nayara Sabrina de Araujo | 18/11/2009 | SaúdeARAUJO, Nayara Sabrina de Acadêmica do 4º semestre de Enfermagem da Faculdade de Quatro Marcos - FQM.
Resumo:
A osteoporose é denotação do termo que causa porosidade nos ossos em suas estruturas compacta e esponjosa. Esse distúrbio é mais comum em idosos, indivíduos imobilizados e em mulheres após a menopausa. Esses indivíduos ficam mais propensos a quebras de ósseas, devido os ossos se tornarem mais finos e frágeis.
A porosidade óssea é influenciada por fatores genéticos, hormonais e nutricionais. Nos idosos a osteoporose pode ser ocasionada por distúrbios na redução das atividades celulares ósseas e pela atividade física reduzida.
Palavras-Chave: Osteoporose, idoso, desenvolvimento do distúrbio.
Introdução:
O osso é um tecido de sustentação caracterizado por sua rigidez e dureza. A maioria dos ossos possui uma estrutura básica composta por uma zona compacta externa e uma zona esponjosa externa. Quando ocorre o aumento da porosidade do esqueleto na parte compacta e na parte esponjosa, resultando numa redução da massa óssea, ocorre a osteoporose.
A osteoporose faz com que o esqueleto fique mais fino, sendo, portanto mais frágil e mais propenso a fraturas. A fratura do colo do fêmur é comum nos idosos. A porosidade dos ossos também pode atingir pacientes imobilizados por muito tempo e, em mulheres após a menopausa, devido às alterações hormonais.
Na terceira idade a osteoporose é ocasionada pela redução das atividades celulares ósseas (osteoprogenitoras e osteoblastos) e pela atividade física reduzida.
Redução das atividades celulares das células ósseas osteoprogenitoras
Segundo STEVENS e LOWE as células osteoprogenitoras, são células fonte do osso, ou seja, são as células que dão origem as células produtoras do osso (osteoblastos). Os autores afirmam que no osso em crescimento ativo, por exemplo, no osso fetal ou no adulto, estas células são maiores e mais numerosas.
De acordo com ROSENBERG na idade avançada estas células osteoprogenitoras são poucas numerosas e sua atividade de formar células produtoras de ossos se encontra reduzida provocando a perda óssea pela idade.
Conforme o autor a perda óssea é um fenômeno biológico normal e previsível, semelhante ao esbranquiçamento dos cabelos, mas devido a fatores genéticos, nutricionais e hormonais, alguns idosos perdem a estrutura óssea mais rapidamente, podendo ocorrer à osteoporose.
Redução das atividades celulares das células ósseas osteoblasticas
De acordo com HIB os osteoblastos são as células que dão origem ao tecido ósseo, os quais derivam de células osteoprogenitoras. Os osteoblastos ficam em meio ao tecido e se transformam em osteócitos e forma o tecido ósseo.
Segundo ROSENBERG os osteoblastos de indivíduos idosos tem capacidade de formação óssea bem menor que os osteoblastos de indivíduos jovens. Conforme o autor, o resultado final é um esqueleto povoado de células formadoras de ossos que tem capacidade diminuída de produzir osso, essa forma de osteoporose senil (osteoporose que atinge os idosos) se caracteriza pela a diminuição da produção de ossos pelos osteoblastos das células.
Atividade física reduzida
Conforme ROSENBEG a atividade física diminuída aumenta a taxa de perda óssea em animais de laboratórios e em seres humanos, porque a atividade física estimula a remodelação óssea normal. O autor ressalta que a perda óssea pela atividade física reduzida também foi observado em pacientes com membros imobilizados ou paralisados, e que a densidade óssea é mais alta em atletas do que em pessoas sedentárias.
Podemos verificar que a redução da atividade física que esta associada ao envelhecimento contribui para a osteoporose senil. Por isso, a importância de exercícios físicos desde a juventude, pois a taxa da densidade óssea aumenta lentamente, resultando em bem estar físico na terceira idade.
Considerações finais:
Os fatores genéticos, nutricionais e hormonais influenciam na condição óssea. As mulheres após a menopausa estão muito mais propensas a osteoporose, devido às alterações hormonais. Nos idosos ocorrem distúrbios na diminuição das atividades nas células osteoprogenitoras e osteoblastos, que resulta na diminuição da produção óssea, fazendo com que os ossos fiquem mais frágeis e finos e com mais riscos a quebras.
Os exercícios físicos também influenciam na densidade óssea, porque ajudam na sua remodelação. Indivíduos sedentários e imobilizados possuem o esqueleto mais frágil do que atletas, ou indivíduos que praticam algum tipo de atividade física.
A osteoporose não tem cura, portanto deve prevenir-se desde cedo com uma alimentação rica em proteínas, vitaminas, cereais, e uma boa atividade física continua.
Bibliografia:
HIB, Jose. Di Fiore. Histologia, Texto e atlas, Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2003. P.p.69-94.
JUNQUEIRA, L.C, CARNEIRO, Jose. Histologia básica, 9ª edição, Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 1999. P.p. 111-128.
ROSEMBERG, A Ossos articulações e tumores de partes moles. In: COTRAN, R. S Kumar, V. COLLINS, T. Robbins Patologia estrutural e funcional. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.P.p. 1093 – 1095.
STEVENS, Alan, LOWE, James, Histologia humana, 2ª edição, São Paulo: Manole, 2001 P.p. 234-248.