Fatores determinantes para uma qualidade de vida no trabalho
Por Michele Almeida da Silva | 04/05/2012 | Adm
O início do trabalho se deu através da tarefa mais primordial que se possa imagina, a criação do universo, pois Deus iniciou o primeiro trabalho, a criação do “tudo”, de uma poeira estelar construindo o planeta terra e tudo no que nele vive e o circula. E como está escrito no livro sagrado, em Gênesis, capítulo 2:2 “Ora, havendo Deus completado no sétimo dia a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera”. Após o seu trabalho, descansou, pois sabia que aquela árdua tarefa, além de prazerosa era recompensadora, pois lhe trazia um sentimento bom, de felicidade, contentamento, contemplação, estar bem. Assim podemos dizer que todo o trabalho deve oferecer estímulos, garantia de sustento, paz de espírito, inovação, visão de futuro, e principalmente, recompensa, seja ela financeira ou moral. Ainda em Gênesis, quando Eva deu o fruto proibido a Adão, e ambos foram castigados por Deus a trabalharem para seu próprio sustento, assim começaram os questionamentos, pois o trabalho deixou de ser algo prazeroso, para ser algo sacrificante, onde antes, era tudo fácil de se adquirir, agora tudo virá de seus próprios esforços. Onde está o reconhecimento pelo trabalho? Quando esse trabalho terá fim? Quando poderei descansar? Não tenho mais lazer! Não tenho mais tempo! Vivo para trabalhar. Em todos os níveis hierárquicos de uma empresa, o trabalho exige o reconhecimento, o funcionário espera sempre ser abordar positivamente. Segundo Freud, o homem tem necessidade de auto-afirmação, essa carência instintiva, que move as pessoas, desde de sua concepção até a morte. O ser humano é uma caixinha de surpresas, com suas expectativas, seus anseios e suas frustrações, e especificando o ser humano dentro da organização, não só os funcionários, mas a organização em si, também espera seu reconhecimento, através do trabalho qualificado, de produtividade, ação, criação. Algumas organizações acreditam que apenas pagar bons salários é o suficiente. Estão enganadas. A qualidade de vida no trabalho, sim, isso é um grande estímulo. Podemos afirmar que o ambiente de integração entre superiores, colegas de trabalho, o próprio ambiente de trabalho é a conscientização funcional, seja ela ambiental, de saúde, abolindo os vícios e preservando o bem estar. É papel da organização fazer acontecer a qualidade de vida no ambiente de trabalho, é preciso satisfazer a necessidade primária do ser humano, que é a necessidade de auto-afirmação, de fazê-lo sentir que ele faz parte, que ele é uma peça necessária para o andamento do processo, desde que esteja envolvido com o processo, e esse envolvimento é conquistado pelas organizações, através de um política de pessoal que analisa, identifica e soluciona, que humaniza o desenvolvimento pessoal e profissional do indivíduo. Com esse papel de facilitador humanista, estrategicamente voltado a preservação da saúde e da qualidade de seus funcionários numa visão organizacional, é possível conseguir um retorno, ou seja, a pró-atividade de seus funcionários!