Fardo
Por Ana Plate | 25/03/2008 | PoesiasFARDO
Meu fardo é tê-lo na mente
Permanente, como a cicatriz de uma guerra
Meu pesadelo é inconsciente
Insistente, como raízes na terra.
No inverno, quando o frio era quente
Pertinente, e a dor era bela
Eu não via a incandescente
Chama insistente destruindo a vela
Hoje, com o coração latente
Que mente ter sarado a ferida
Choro desesperadamente
Pela dor da ilusão falecida
E com a mentira que não mente
Rente, com a tristeza da vida
Vivo a beleza inconseqüente
De uma paixão nunca vivida.