FAMÍLIA MOURA

O nome Moura significa muralha, muro ou parede. Teve neste reino os marqueses de Castello Rodrigo, os senhores da casa de Azambuja e outras muitas casas ilustres. São suas armas em campo vermelho sete castelos de prata em três palas, sendo três na do meio e duas em cada uma das dos lados; timbre um castelo do escudo, acham-se no livro da Torre do Tombo, fl 12. Moura tornou-se sobrenome de uma família portuguesa. Diz-se que esse D. Pedro teve vários filhos e entre eles D. Martim Rodrigues, Freis de Calatrava, de cuja Ordem veio a ser mestre, ao que parece ter sido casado antes dos votos, quando já estava com dois filhos: D. Pedro Martins e D. Álvaro Martins que também foram Freis da mesma Ordem. Esses não precisaram licença para entrar na Ordem cristã por não serem considerados bastardos. D. Martim Rodrigues teve outro filho, Vasco Martins Serrão, fidalgo principal do seu tempo, que andou na conquista do reino, foi senhor da Vila de Moura por ordem da rainha D. Beatriz , mulher de D. Afonso III, em pagamento pelos seus services. Alguns genealogistas afirmam que Vasco Martins se chamou Serrão por causa de um lugar que tomou dos mouros, junto da serra da Geres e do senhorio de Moura, de onde lhe veio este apelido, cujos filhos que teve com D.Maria Dias de Góis, filha de Pedro Salvadores e D.maria de Esposende, também tomaram esse apelido. No Brasil, vários padres de diferentes ordens tinham esse sobrenome. No norte e nordeste ainda hoje tem bispos e arcebispos, na Bahia, em Pernambuco, no Maranhão e em Belém do Pará cujo arcebispo muito conhecido foi Rolim de Moura. No sertão de Pernambuco os Mouras dedicaram-se também à formação de fazendas, entretanto não descuidaram da religião, das letras e das artes, tendo vários Mouras artistas, escritores, cantores, professores e médicos.Em Parnamirim, nomes que merecem ser lembrados são os das professoras Margarida Moura Lima e Ismênia Moura Miranda,que alfabetizaram a maioria dos líderes do município.