Família e Escola: uma parceria que dá certo!

Por Lucas Kelhys Cruz Rocha | 21/12/2016 | Educação


1. INTRODUÇÃO

O principal intuito deste trabalho é fortalecer a importância das relações que a escola necessita desenvolver com a família em prol de uma educação de qualidade. Através destas instituições constrói-se a pessoa humana em diversos âmbitos: espacial, temporal e sociocultural. Desta forma as atitudes tomadas de ambas as partes buscam uma real modalidade de educação que contribua para o digno desenvolvimento infantil que promoverá mudanças no sistema educacional transformando a imaginação e o intelecto da criança em futuras realidades, dando aos mesmos, afetividade, despertando o gosto pelo aprender a conhecer e viver. Acredita-se diante de tal realidade que não existe separação entre a cultura da escola e a vida familiar, mas sim que ambas convivem e se influenciam mutuamente. Com isso a integração da família na escola, sem dúvida dará maior desempenho de aprendizagem à criança, consequentemente o caminho certo para o efetivo desempenho intelectual do aluno, já que esperamos dos vínculos educacionais uma educação de qualidade.
São de suma importância que sejam superadas as barreiras que compõem os muros da escola e transformá-las em contribuição para o processo educacional em um contexto multidisciplinar, pressupondo-se que a educação se constitui como prática social, onde as constantes relações entre escola e família são fundamentais para as etapas de interação. Propaga-se também a aplicação do estudo voltado para a participação da família, onde a mesma assumirá a devida responsabilidade. Concluindo que é preciso que haja uma parceria entre família e escola, formando assim uma instituição de ensino capaz de transmitir informações e obter uma relação com valores favoráveis aos alunos, educadores e familiares.

2. REFERENCILAL TEÓRICO

Com o passar do tempo o ser humano tem sido influenciado pelo meio em que vive onde muitos fatores estão inter-relacionados como: sociais, econômicos e culturais. O que se pode perceber é que a realização do trabalho coletivo se torna mais eficaz do que o individual. Na educação estudantil e familiar não é diferente, há uma necessidade de que todos sigam os mesmos critérios em relação aos objetivos para se chegar a um caminho de sucesso, seja na sociedade, dentro da sala aula ou ainda no meio familiar é fundamental o devido acompanhamento e instrução, proporcionando um respectivo desenvolvimento dos educandos. Porém é dever tanto da escola quanto da família dar maior apoio na aprendizagem dos mesmos, é uma forma de torná los cidadãos críticos capazes de enfrentar e solucionar algumas situações que fazem parte da vida cotidiana. Desta forma a evolução da cidadania aumentase, cresce rapidamente graças aos projetos pedagógicos formados pela parceria: escola e família.

2.1 DIVISÃO DE RESPONSABILIDADES

Vale ressaltar que a grande massa de crianças matriculadas na rede regular de ensino necessita de afetividade e acompanhamento para um bom desenvolvimento nos aspectos físicos, social e emocional. Isso sim é o que deve promover a construção de um trabalho realizado por estas instituições, assim tudo caminha de maneira sucessiva e os projetos elaborados geram bons resultados.
Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois, a muita coisa mais que a uma informação mutua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola, chegase até mesmo a uma divisão de responsabilidades... (PIAGET, 1972 Apud JARDIM, 2006,p.50).
Neste contexto a família juntamente com a escola forma uma equipe fundamental para que sigam os mesmo princípios e critérios, para que todos possam seguir a mesma direção e objetivos. Cada uma deve fazer sua parte para atingirem o caminho do sucesso. O ideal é que ambas lutem pela mesma meta, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem. Uma divisão coerente das responsabilidades propostas de acordo com os devidos ambientes, sendo vivenciados integralmente por os respectivos responsáveis e acompanhantes.
"Costuma-se dizer que a família educa e a escola ensina, ou seja, à família cabe oferecer à criança e ao adolescente a pauta ética para a vida em sociedade e a escola instruí-lo, para que possam fazer frente
às exigências competitivas do mundo na luta pela sobrevivência" (OSORIO, 1996, p.82).
A escola e a família assim como outras instituições vêm passando por profundas transformações ao longo da história. Estas mudanças acabam por interferir na estrutura familiar e na dinâmica escolar de forma que resultam intrínsecamente na formação pessoal, profissional e social do indivíduo. Onde devido ao ritmo acelerado que faz parte da atual sociedade contemporânea acaba-se dificultando que haja um acompanhamento por parte dos pais, transferindo essa responsabilidade muitas vezes a terceiros ou até mesmo aos professores.
Indiscutivelmente um dos principais desafios da educação atual é conciliar os valores adquiridos por os filhos e transformá-los em "combustível" para um desenvolvimento satisfatório para a sociedade em geral.

2.2 A INFLUÊNCIA DO LAR NA SALA DE AULA

Com o passar do tempo, houve inúmeras transformações na composição do núcleo familiar. Levando em consideração estas primeiras instituições, entendeu-se que a figura paterna assumia a responsabilidade financeira, enquanto que a mãe zelava exclusivamente do lar, tendo que cuidar do desenvolvimento ético dos filhos. Chegando aos dias atuais vivemos uma realidade totalmente diferente, em que a participação da mulher no mercado de trabalho, entre outras coisas, possibilitou uma divisão ou ainda uma inversão de função dentro de casa.
Além de todas essas mudanças, um ponto que tem se tornado cada vez mais pertinente em nosso meio social e que atinge todas as classes sociais, é o divórcio. Possivelmente pela facilidade em adquiri-lo, principalmente as mulheres tem se apropriado notoriamente deste direito. Conforme o IBGE constatou-se que:
Em 2007, o número total de divórcios foi de 180.455. O único ano em que a taxa de divórcios registrou queda foi em 2004, no qual foram registrados 130.527. Segundo o IBGE, o aumento no número de registro de divórcios a partir de 2007 se deve, em parte, à possibilidade de se divorciar com uma escritura em cartórios.
O IBGE afirma que, dos 188.090 pedidos de divórcio feitos em 2008, 71,7% partiram de mulheres. De todos os pedidos, 6634 foram feitos por pessoas com menos de 20 anos. O número de separações no ano passado foi de 105.044.
Diante destes números subentende-se que as mães cada vez mais têm se tornados independentes, fazendo com que os filhos que não poderão receber dos pais atarefados a mesma educação pessoal acabem sendo
"despejados" em berçários, creches e outras instituições de ensino, transferindo a estas além da responsabilidade de desenvolver a aprendizagem, também de educar princípios. Ainda em muitos casos de conflitos familiares há um total abandono, levando-os a albergues, casas de apoio, e instituições de caridade, além de ter grandes possibilidades de tornarem-se indivíduos marginalizados.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta pesquisa foi possível mostrar o quanto é importante a parceria amigável entre escola e família, e que essa relação se torna imprescindível para obter-se uma educação de qualidade, percebendo-se que a falta de acompanhamento por parte de alguns pais, principalmente nas reuniões, afetam o desenvolvimento cognitivo da criança.
. Outro fator de destaque foi da desestruturação familiar através do divórcio, que na maioria das vezes prejudica o estado emocional e psíquico da criança o que influencia diretamente em seu rendimento escolar, sendo este um dos mais pertinentes na sociedade contemporânea.
Contudo pode-se chegar a uma real conclusão que não basta apenas os pais se preocuparem em mantê-los na escola, mas sim estarem constantemente presentes nos mais diversos momentos, já que o papel de educar não é exclusivo da instituição de ensino. Cabe também à escola promover palestras, projetos e campanhas voltados à cultura local que incentivem a participação dos responsáveis pelas crianças, dando assim confiança e estabilidade para um processo de aprendizagem produtivo e eficaz.
É necessário que haja uma mobilização por parte da família para lidar com a educação escolar e assim reciprocamente, considerando as respectivas dificuldades a serem enfrentadas. Considerando que a árdua tarefa de vincular a educação do lar e da escola torna-se um grande e motivador desafio. Afinal para atingir todos esses objetivos é necessário enfatizar que devemos estar todos juntos por uma educação melhor.

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