Família distraída é logo invadida.

Por Editora Naós Naós | 15/10/2009 | Família

Enquanto a família diverte, há estranhos na Sala


Estranhos na Sala

A família é sem dúvida alguma, um dos fatores mais importantes na formação do caráter de um indivíduo. Predisposições de comportamentos são geradas na infância, no relacionamento com os pais. Imagens, palavras e toques penetram gradativamente no caráter em formação e vão influenciando seu comportamento. É assim que se criam tendências e hábitos. Somos vulneráveis a tudo o que se fala, se ouve e se vê.

A lista de vozes influentes que invadem a casa, pode ser muito aumentada. São parentes, amigos chegados, avós, observadores, cenas furtivas, etc. Sabemos que os meios de comunicação podem exercer profunda influencia na formação das pessoas, e é lá, na intimidade da família que eles chegam. Jornais, revistas, rádio e televisão.

Lembro-me que já quis ser rico como o Tio Patinhas, forte como o Super Homem, criativo como o Batman e inventor como o Professor Pardal. Flash Gordon já me fez sonhar com viagens espaciais e outros heróis quase me fizeram ser guarda rodoviário, caçador de elefantes, agente secreto, piloto de avião, cantor de bolero, capitão de submarino e tantas outras coisas mais.
A alimentação da mente

Creio que muitas destas influências são boas e podem até ser desejáveis, mas temos de formar algumas defesas ao nosso redor. Quanto menos alimentarmos nossas tendências malignas, melhor. É hora de começar uma retroalimentação positiva em nossas mentes. Você já parou para pensar em quantas cenas de adultério, sexo implícito e explícito, violência, sedução, roubo, mentira, traição e endemoniamento acontecem dentro de sua sala ? Já contou quantas pessoas você já viu morrer, confortavelmente sentado no seu sofá ? É gente degolada, esfaqueada, metralhada, mordida, unhada, etc.
Tudo isto, para quem gosta de alimentar a carne, é um bom prato. Da próxima vez que você sentar-se com sua família, leia Colossenses 3.5. "Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza que é a idolatria". Nem sempre o que assistimos na TV, ouvimos no rádio ou lemos nas revistas colabora com esta palavra. Nem tudo o que os meios de comunicação colocam em nossa casa é mau. Cremos sim que é um espaço que como cristãos, devemos conquistar, tanto do lado de lá como do lado de cá do vídeo. Do lado de cá, há botões e controles remotos com os quais podemos mudar o programa sem nos levantarmos da poltrona. Do lado de lá, precisamos de cristãos comprometidos com o Senhor influenciando nas programações.

Tudo é puro

Todas as coisas quando bem usadas, podem ser tremendamente úteis para a formação de vidas. "Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente quanto a consciência deles estão corrompidas". (Tito 1.15).

Coisas como comida, sexo, bebida, jornais, revistas, televisão, rádio, etc., não são impuras em si mesmas. O problema está no modo como as usamos, pois a impureza está em nossos corações. O puro come, o impuro comete glutonaria; o puro faz sexo, o impuro adultera; o puro bebe, o impuro fica bêbado; o puro vê TV, o impuro alimenta sua lascívia.

Não estou querendo ser chato ou careta, pois acredito que nem tudo o que os meios de comunicação veiculam deve ser jogado fora. O que precisamos fazer conosco mesmos e com nossos filhos, não é limpar o exterior do copo, mas sim o interior (MT. 23.25). Não adianta tomar atitudes extremistas do tipo quebrar a televisão, usar a marreta em cima do aparelho de som ou jogar o vídeo cassete pela janela. Isto é puro legalismo e religiosidade oca. É do coração que procedem as saídas da vida (Pv.4.23).

Ubirajara Crespo
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