FAMÍLIA AGUIAR

Por Djalmira Sá Almeida | 18/05/2010 | História

Primitivamente entendia-se por "lugar onde ordinariamente habitam águias". O primeiro a utilizar esse sobrenome foi Pedro Mendes de Aguiar, que viveu no tempo de D. Henriques, no Século XII. Já Aguilar seria a forma espanhola deste sobrenome, da linhagem dos Aguilares de Andaluzia, principalmente de Córdoba. O personagem principal deste sobrenome foi D. Afonso de Aguilar, senhor de Aguilar. Como apelido de família é de origem onomástica da língua portuguesa e sua origem espacial é toponímica derivada do nome de uma ave, a águia, equivalente ao termo castelhano Aguilar.
Os Aguiares existem desde a antiguidade, muitos vieram para o Brasil, tendo tal sobrenome em estados do sul e do nordeste. No Ceará, há uma grande família Aguiar influente e outro ramo dessa família migrou do nordeste para Santarém, no estado do Pará , Amazônia Legal. Sendo de origem da Espanha, foi para Portugal e de lá para o Brasil em busca de uma vida mais segura. A causa da família emigrar para Portugal foi a caça às bruxas, pois haviam suspeitas da magia negra nesta família. Depois dessa proibição na Espanha, em Portugal viviam bem e a família originou muitos descendentes. Quando o caçador de bruxas Clastron Wedcover partiu para Portugal em busca da família Ribeiro Aguiar, eles planejaram uma fuga escondida para o Brasil, conta-se que, depois disso estão aqui até hoje.
Os Aguiares do sul vieram para o Brasil junto com os 50 casais de Porto Alegre que se espalharam no interior dos estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul pelo projeto de ocupação das terras do sertão dessa região. Os cearenses da Família Aguiar são descendentes de Narciso Lopes de Aguiar, Vicente Lopes de Aguiar, Francisco Lopes de Aguiar, José Cláudio Aguiar, Raimundo Gabriel Aguiar e José Cláudio Dias Aguiar.
Os ?Aguiar? como preferem ser chamados, que estão no Pará já são migrantes brasileiros, descendentes dos primeiros que sairam do Ceará, fugindo da seca, da ausência de políticas de governo no sertão ou participante de projetos de colonização e reforma agrária, como ocorreu com muitos nordestinos no ciclo da borracha e na época do ouro, na construção da Transamazônica e com a extração da madeira. Atualmente, esses dedicam-se à prestação de serviços do terceiro setor, tais como: comércio de roupas, de calçados e de material escolar e de alimentos, vendas no atacado e no varejo em feiras livres, locação de imóveis, agronegócio, beneficiamento da madeira e outras ocupações, como acontece com os Aguiar cearenses que vivem em Santarém e Itaituba, no sudoeste do Pará.