Exportação de produtos no Brasil e sua consequência refletida na fome
Por sthefany dourado leal | 10/08/2018 | SociedadeResumo:
Nesse artigo venho trazer as questões sobre a exportação dos produtos primários no Brasil e como esta sempre foi a solução para a economia conseguir estabilidade, mas o país ainda, com todos os recursos, não conseguiu erradicar a fome, pois a riqueza de alimentos em sua maioria é destinada a grandes potências, envolvendo também o desperdício no processo de exportação que interfere em condições melhores pra os cidadãos locais que são esquecidos pelo próprio Estado.
Introdução:
No processo de industrialização o Brasil possui muita riqueza natural que contribui para o aumento PIB, elevando os números da economia do país. Por outro lado, o processo social de igualdade referente as condições alimentares ainda são precárias. Sendo que há outros fatores que não beneficiam as pessoas que vivem nessas condições, pondo em pauta apenas uma riqueza externa e esquecendo da interna.
Desenvolvimento:
Desde 2015 o Brasil possui uma grande lucratividade com a soja, seu maior comprador é a China que adere 53% da soja produzida. Com isso, o agronegócio mantém a economia em ascensão. Outros produtos mais exportados pelo Brasil (referência: ano de 2011) e porcentagem do valor importado
- Minério de ferro, aço e ferro fundido: 16,3%
- Petróleo Bruto: 8,4%
- Soja e produtos derivados: 6,4%
- Açúcar de cana: 4,5%
- Café em grão: 3,1%
- Carne de frango (in natura): 2,8%
- Farelo e resíduos da extração do óleo de soja: 2,2%
- Pastas químicas de madeira: 1,9%
- Produtos semimanufaturados de ferro ou aço: 1,8%
- Automóveis: 1,7%
- Carne bovina (in natura): 1,6%
- Autopeças: 1,6%
- Aviões: 1,5%
- Óleos combustíveis: 1,5%
(Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior)
Esses produtos possibilitam ao Brasil um líder do mercado de primários, as empresas privadas são as que mais exportam tais produtos citados.
Com as propostas da ONU, dos oito objetivos, o país conseguiu diminuir fome. Em 2015 apenas 13% dos brasileiros não conseguiram ter acesso aos programas oferecidos pelo governo, porém o Brasil deveria desenvolver programas para investir na agricultura familiar, fazendo acordos com os latifundiários, onde 5% de sua colheita seria destinada aos que vivem em condições de pobreza ou que não possui recursos para alimentação, dessa forma pode haver acordo entre Estado e empresas, podendo ficar isentos até de alguns impostos por causa dessa contribuição social.
A venda de produtos para outros países, em partes, limita o maior crescimento industrial e econômico, sendo que os produtos chamados primários destinados à exportação passa a ser produto secundário e retornam para o Brasil com um valor muito acima do valor correto de custo pela carga tributária paga e a grande lucratividade das grandes empresas internacionais. Nota-se que a insuficiência de tecnologia especifica prejudica na fabricação de seus próprios produtos, ressaltando que há matéria prima em abundancia para investir nesses mecanismos que os próprios brasileiros são beneficiados pelo menor custo no consumo, assim liderando o mercado com os produtos primários e seus derivados.
Nos séculos XVII e XIX, o liberalismo dominou o Estado, com suas mudanças econômicas; livre concorrência no mercado, poder dos empresários (burguesia). Isso reflete em todo sistema econômico atual do Brasil que aderiu muitos dos pensamentos liberalistas, privatizando empresas para que a lucratividade fosse maior e o menor interferência, porque dessa forma não há uma responsabilidade e mesmo assim conseguem benefícios financeiros para manter as necessidades básicas para os cidadãos.
O interesse financeiro das grandes empresas e do governo reflete no esquecimento dos menos favorecidos, pois os programas que tentam reparar a fome não são suficientes, pois há uma dependência infinita do programa e acaba que não proporcionam outras condições sociais para essas famílias.
Segundo o IBGE, 7,2 milhões de pessoas ainda passam fome no Brasil, sendo feito em 2013, mostra que um em cada quatro brasileiros passa um grau de insegurança alimentar.
Também o desperdício dos alimentos que não servem para exportação são destinados ao lixo, apenas por ter um simples defeito de aparência ou por parte do produto ser tomado pelas pragas da plantação. Pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), aponta que 10% dos alimentos são desperdiçados ainda no campo, 50% na manipulação e transporte, 30% na comercialização e abastecimento dos distribuidores e 10% nos supermercados e pelo consumidor final. Esse desperdício pelo consumidor se dá através do consumo inconsciente principalmente dos produtos orgânicos, seu mal aproveitamento e descarte na cozinha ou a substituição destes pelos produtos industrializados que geram alimentos orgânicos em estoque nos estabelecimentos comerciais. Esses alimentos, invés de ser descartado, poderia ser transformado para produtos derivado e até destinados a pessoas que sofrem com a fome, reutilizando como adubo entre outras coisas.
Conforme os dados citados acima, podemos ver que o desperdício desde o momento do plantio dos alimentos faz com que, aja perdas tantos para o agricultor, quanto para maneiras para reutilização desses produtos que não serão vendidos. Diante disto, a falta de responsabilidade dos agricultores podem implicar na doação desses alimentos, que muitas vezes só está com uma estrutura ou simples deficiência no produto, possibilitando outros fins, como por exemplo: esses alimentos servirem para fabricação de outros produtos( ex: o tomate com algumas manchas ou uma rachadura que ainda pode ser usada para o consumo, virar extrato/ molho de tomate) ou até mesmo doar para famílias que não possuem condições alimentares dignas.
Considerações finais:
Podemos perceber, que é negável ver tal situação: o desperdício de alimentos e do outro lado famílias que vivem em péssimas condições alimentícias. A proposta seria um desenvolvimento social voltado para a reutilização ou derivação de tais produtos, dessa forma diminuía o desperdício, podendo as famílias carentes serem beneficiadas com estas propostas.
Referências:
(Sua pesquisa.com)
https://www.suapesquisa.com/economia/produtos_exportados_brasil.htm
( Isto é, Mais de 7 milhões de pessoas ainda passam fome no Brasil, mostra IBGE)
https://istoe.com.br/397357_MAIS+DE+7+MILHOES+DE+PESSOAS+AINDA+PASSAM+FOME+NO+BRASIL+MOSTRA+IBGE/
(Fome e desperdício: o paradoxo brasileiro.Redação enviada há cerca de 2 anos por usuário anônimo.)
https://www.projetoredacao.com.br/temas-de-redacao/desperdicio-de-alimentos-fome-no-brasil-e-os-decorrentes-impactos-naturais/fome-e-desperdicio-o-paradoxo-brasileiro/42365