EXPLORAÇÃO DA MINA DE ITATAIA DE SANTA QUITÉRIA-CE

Por andrea feijao freire | 26/09/2017 | Economia

1. Introdução

            As partículas subatômicas e da radioatividade, foram descobertas no final do século XIX, e suas aplicações são estudadas, voltando o seu uso principal para a geração de energia elétrica por meio das usinas nucleares. A exposição pro longo período do ser humano à radioatividade representa um perigo que merece muita atenção, além de ser um tema polêmico e delicado.

Alguns acidentes fizeram desse recurso notícia negativa, fatos que levaram a um repensar de seu uso, deixando em alerta movimentos defensores de justiça ambiental, defensores dos direitos humanos fundamentais e da saúde da população.

Dados do Greenpeace, Cornwall (2013) mostra que um único reator consome entre 35 e 65 milhões de litros de água por dia, e ainda gera lixo nuclear e nos põe em risco de acidentes.

Os acidentes soam como um alerta e conduzem a sugerir um repensar sobre o projeto de mineração e beneficiamento de urânio e fosfato da mina de Itataia em Santa Quitéria – Ceará. Projeto que visa produzir 1.600 toneladas de concentrado de urânio e 1.050.000 toneladas de derivados fosfatados anualmente.

 

2. Objetivo

O presente estudo tem o objetivo de explanar e explicar a exploração da mina de Itataia, que está sendo buscada a mais de 40 anos, e esta localizada entre os municípios de Santa Quitéria e Itatira. A exploração se faz necessária devido a forte crise econômica existente no Brasil e os altos benefícios que serão gerados com tal exploração e isso ajudará o País a sair dessa crise.

 

2.Desenvolvimento

O maior problema enfrentado pelos defensores da exploração são as autorizações, pois ainda esta pendente o licenciamento pelo IBAMA e pela CNEM (Comissão Nacional de Energia Nuclear), essas autorizações enfrentam forte resistências de ONGs e entidades que alegam que a exploração da referida mina trará mais malefícios que benefícios.

A referida mina é a maior reserva de uranio existente no País e sua viabilidade econômica depende da exploração do fosfato associado e mármore branco, pois a exploração trará fabricas de cimentos e de fosfatos para as regiões envolvidas, gerando centenas e centenas de empregos direta e indiretamente. Para os defensores dessa exploração o principal argumento é o fato da geração de empregos e a questão financeira, pois deixarão nos municípios envolvidos (Santa Quitéria e Itatira) milhares de reais, através do ISS. A mina de Itataia será responsável pela produção de mármore branco e será responsável pela exploração de 46% de todo o uranio prospectado do Pais.

 

A Itataia fica localizada a 45 km da sede de Santa Quitéria-Ce; Os benefícios que chegaram as cidades envolvidas beneficiará cerca de 6 mil pessoas que vivem em torno da mina, sendo distribuídas entre as cidades de Santa Quitéria (27 comunidades), sendo 4 assentamentos, Saco do Belém, Morrinhos, Alegre Tatajuba e Queimadas  e a cidade de Itatira (15 comunidades); Aliado a tudo isso existem a construção de uma estrada asfáltica entre as duas cidades, um açude que será usada para a exploração dos produtos, adutoras e a construção de fábrica de cimento e vários outros benefícios para as regiões envolvidas, ou seja, será um salto financeiro jamais visto nessas regiões.

O projeto foi orçado em torno de R$ 870.000.000,00 (oitocentos e setenta milhões) de reais e visa produzir 1.600 toneladas de concentrado de urânio simultâneo à produção de 1.500,00 toneladas de derivados de fosfato por ano. Ocorre que toda essa riqueza não é capaz de convencer as pessoas de posicionamentos contrários, pois para essas pessoas o perigo existente pode colocar em risco toda a população dessas comunidades envolvidas, seja na forte radiação que será gerada, seja nos riscos de um acidente.

 Para muitos estudiosos contrários toda a riqueza produzida será destinada a empresas de outros estados ou países, deixando para as cidades envolvidas apenas o lastro de destruição futuramente.

 

A exploração da mina de Itataia seria em 2013, ocorre que devido a ausência de licenciamento e as repercussões negativas de sua exploração, principalmente de associações, sindicatos e pessoas da sociedade civil tornaram essa exploração ainda mais difícil. É importante esclarecer que a busca dessa exploração está avançada, tendo em vista que já foi licitada, através do consórcio de empresas, tendo saído vencedoras as empresas INB (Indústria Nucleares do Brasil) e a Empresa Privada Galvani. Hoje, setembro de 2017 as obras estão paradas, ou seja, o outro prazo dado que seria em 2017 para exploração da mina também não será obedecido.

 

Apesar de existirem opiniões contrárias à exploração da referida mina de Itataia é importante esclarecer que o momento crítico que se vive no País e no mundo é de suma importância a exploração da mesma, pois além de gerar milhões e milhões de reais as cofres do poder publico gerará ainda mais empregos, direta e indiretamente, para as populações envolvidas. Os defensores da exploração ganham força no congresso quando o Deputado Jair Bolsonaro declara e coloca como um dos maiores geradores de verbas a exploração das riquezas que o Brasil possui, dentre eles podemos citar o Nióbio e a exploração da mina de Itataia de Santa Quitéria.

 

A exploração é tida como muitos como o ressurgimento do dragão adormecido, pois se acredita que a exploração trará um rastro de destruição jamais visto na região. Muitas críticas são feitas por pessoas que não sabem ou não querem entendem como se dará a exploração do fosfato, pois para muitos o que será explorado é o uranio, fato que não condiz com a realidade. Mas por outro lado temos que saber que a exploração irá ser feita por profissionais capacitados e treinados para esse trabalho. Os riscos existem, como em toda profissão, ocorre que o fato de ser feito por pessoas com estudo e treinamento para isso diminui em muito os riscos de um acidente na região.

3. Conclusão

Portanto, mesmo após a realização de vários estudos, reuniões, audiências púbicas o assunto ainda gera muita polemica e discórdia dentro do município de Santa Quitéria e demais estudiosos do tema. Muitas dessas tentativas terminaram em manifestações contrárias, ou seja, as pessoas contrárias não aceitam nem a ideia de exploração, não estando aberta a nenhum tipo de diálogo que não seja a não exploração da referida mina.

4.Referências 

http://www.revistarede.ufc.br/revista/index.php/rede/article/viewArticle/300