EXERCÍCIO FÍSICO, QUALIDADE DE VIDA E PORTADORES DE HIV

Por Gabriel Tenório Lemos | 03/06/2020 | Saúde

 

 

INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA

 

CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

 

 

 

GABRIEL TENÓRIO LEMOS

NATHALIA SILVA COSTA

RUDSON MACEDO GONÇALVES

ADRIENE GONÇALVES SOUZA

ALEFY JUNIOR SANTOS SILVA

DANIELY FRANCO ARAUJO BORGES

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EXERCÍCIO FÍSICO, QUALIDADE DE VIDA E PORTADORES DE HIV

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ITUMBIARA-GO

2020

 

 

GABRIEL TENÓRIO LEMOS

NATHALIA SILVA COSTA

RUDSON MACEDO GONÇALVES

ADRIENE GONÇALVES SOUZA

ALEFY JUNIOR SANTOS SILVA

DANIELY FRANCO ARAUJO BORGES

 

 

 

 

 

EXERCÍCIO FÍSICO, QUALIDADE DE VIDA E PORTADORES DE HIV

 

 

 

 

 

Projeto interdisciplinar apresentado ao Curso de Educação Física da Associação Educacional Luterana do Brasil de Itumbiara, Goiás para obtenção de pontuação. Professor Orientador:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ITUMBIARA-GO

2020

 

SUMÁRIO

 

  1. INTRODUÇÃO 4
  2. REFERENCIAL TEÓRICO 7

2.1 As implicações na saúde e na vida de indivíduos que vivem com o vírus HIV 7

2.2 O impacto do exercício físico na qualidade de vida do portador de HIV 9

2.3 Considerações e os cuidados ao inserir o portador do HIV em um programa de exercício físico 11

3. METODOLOGIA 14

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 15

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. INTRODUÇÃO

 

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde, 2001) desde a década de 80 a infecção pelo vírus HIV vem crescendo exponencialmente e milhares de pessoas morreram devido a essa contaminação pelo vírus. Contudo, a mortalidade vem sendo diminuída devido à terapia anti-retroviral que aumenta a qualidade de vida e conseguintemente a expectativa de vida. Essa terapia tem como objetivo diminuir a progressão da doença e das doenças oportunistas, é uma doença que não possui cura. Portanto, todos os mecanismos que podem melhorar a qualidade de vida desses indivíduos para diminuir o estresse, promover a saúde devem ser inseridos na vida dessas pessoas que vivem com a doença. Dieta e exercício são um dos fatores preponderantes na promoção de qualidade de vida de indivíduos que são portadores desse vírus. (EIDAM, OLIVEIRA E LOPES, 2005)

O Ministério da Saúde (2009) afirma que os primeiros casos de infecção pelo HIV foram nos Estados Unidos nos anos 80 e avaliam que 39,4 milhões foram infectados no mundo todo. (SANTOS et al, 2011)

O HIV é um retrovírus humano que infecta linfócitos e outras células que contém o marcador de superfície CD4. A infecção leva a linfopenia, deficiência e disfunção de linfócito CD4, comprometimento da resposta imune celular e da ativação de linfócitos B. Essa desestruturação imune da origem a AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida), que se caracteriza por infecções oportunistas e doenças malignas raras. O período de incubação do vírus é de 6 a 10 anos. (SANTOS et al, 2011, n.p)

 

            A terapia anti-retroviral só foi autorizada em 1995 depois de várias pesquisas realizadas após o surgimento do HIV. O objetivo desta terapia é diminuir a multiplicação do vírus e minimizar a fragilidade do sistema imunológico. Contudo, esta terapia tem efeitos adversos pelo uso contínuo e prolongado, o que pode interferir na adesão ao tratamento, devido aos efeitos colaterais, como por exemplo, a lipodistrofia que é a distribuição de gordura desordenada pelo corpo, o que geralmente rotula um indivíduo que vive com o HIV, causando constrangimento e afastando esse indivíduo do convívio social e como resultado em alguns casos os mesmos não se inserem ou não continuam o tratamento. (SANTOS et al, 2011)

            De acordo com Gomes et al, (2010) a terapia anti-retroviral aumentou a perspectiva de vida em indivíduos portadores de HIV, se tratando de uma doença crônica fez-se necessário uma intervenção não medicamentosa, como o exercício físico, considerada uma ferramenta na promoção de bem estar e qualidade vida para indivíduos que vivem com essa doença. Apesar da expectativa de vida desses indivíduos aumentarem alguns fatores como problemas psicológicos podem ter impacto negativo na qualidade de vida.  Indivíduos que vivem com o HIV e se inserem em programas de exercícios físicos melhoram sua saúde mental diminuindo o risco de depressão.

            O exercício físico corrobora na vida de portadores de HIV de maneira preventiva e no tratamento não medicamentoso associado à terapia anti-retroviral. Depois do surgimento do HIV, o exercício físico para essa população vem sendo fonte de pesquisas com objetivo de trazer informações acerca da prescrição e seus reais benefícios para esses indivíduos, e quais seriam as considerações ao se desenvolver um programa de exercício com pessoas que vivem com HIV e as recomendações que seriam necessárias. Uma vez que, confirmada a presença do vírus em um indivíduo sabe-se que existem alterações orgânicas, físicas, sociais e psicológicas. As alterações podem ser advindas do próprio vírus ou da terapia medicamentosa, portanto o exercício físico pode agir mais especificamente na parte orgânica do indivíduo. (EIDAM, LOPES e OLIVEIRA, 2005)

Diante do que foi apresentado acima, este trabalho procura responder ao seguinte problema: qual é o impacto do exercício físico na qualidade de vida de indivíduos portadores de HIV?

O objetivo geral deste trabalho é identificar qual é o impacto do exercício físico na qualidade de vida de um portador do vírus HIV.

Como objetivo específico, relatar as implicações na saúde e na vida de indivíduos que vivem com o vírus HIV, mostrar o impacto do exercício físico na qualidade de vida do portador de HIV e identificar as considerações e os cuidados ao inserir o portador do HIV em um programa de exercício físico.

Tem-se como hipótese que o exercício físico tem um impacto positivo na qualidade de vida de indivíduos que vivem com o HIV, se tornando uma terapia não medicamentosa, diminuindo os efeitos de doenças associadas e dos efeitos colaterais da terapia anti-retroviral, promovendo o bem estar e diminuindo os riscos de depressão.

A relevância social do presente trabalho é informar a sociedade e os indivíduos que vivem com o HIV, incentivando os mesmos a se inserirem em programas de atividade física, uma vez que, informações como essas são essenciais para que essas pessoas sejam recebidas e aceitas, sendo orientados e estimulados por profissionais de Educação Física, e que estejam aptos a desenvolverem um trabalho voltado para qualidade de vida, bem estar e melhora nos aspectos físicos e psicológicos desses indivíduos.

            Contudo, a relevância cientifica deste trabalho é a importância que o tema retrata e o incentivo aos pesquisadores da área em desenvolver estudos como esse e que possam informar e incentivar outros profissionais da área a se aprofundar no tema em questão, para que assim como a terapia anti-retroviral o exercício possa ser empregado de forma correta e embasada cientificamente diminuindo o impacto da doença promovendo qualidade de vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2.REFERENCIAL TEÓRICO

 

2.1 AS IMPLICAÇÃOES NA SAÚDE E NA VIDA DE INDIVÍDUOS QUE VIVEM COM O VÍRUS HIV.

 

            Segundo Geocze et al, (2010) o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é um grande obstáculo para a questão de saúde pública internacional. Com o surgimento da terapia medicamentosa conhecida como anti-retroviral a expectativa de vida aumentou exponencialmente e por consequência a qualidade de vida dessas pessoas também aumentaram. Na década de 90 aumentou-se o conhecimento sobre a doença o que permitiu que se obtivessem mais recursos terapêuticos, ampliando a expectativa de vida. Houve um crescimento de pessoas que vivia com o HIV, essa diminuição de mortalidade se deu após a terapia ser introduzida no sistema de saúde e ser distribuída para essa população, no Brasil foi a meados de 1992 que o HAART (Highly Active Antiretroviral Therapy) mais conhecido como terapia anti-retroviral foi oferecida, diminuindo em 33% as mortes pelo HIV.

            “A AIDS é a doença infecciosa que mais mata no mundo. Segundo informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (2005), cerca de 40 milhões de pessoas foram infectadas, das quais 20 milhões já morreram desde a época de sua ocorrência.” (SEBEN  et al, 2008, p.65)

            Um dos principais efeitos provenientes da terapia medicamentosa são dislipidemias, resistência insulínica, hiperglicemia e redistribuição da gordura corporal. Todos esses efeitos negativos oriundos da medicação são fatores que podem desenvolver doenças cardíacas, consistindo em um risco para indivíduos soropositivos. A lipodistrofia que é a distribuição irregular da gordura corpórea além dos efeitos negativos para saúde é um dos motivos de desistência do tratamento, uma vez que, os indivíduos podem ser identificados como soropositivos através dessa característica física que a lipodistrofia promove. Mesmo antes de introduzir a terapia anti-retroviral existiam índices altos no perfil lipídico, uma vez que, já era possível identificar níveis baixos de HDL (colesterol bom) e alto índice de LDL (colesterol ruim) provenientes do vírus HIV, contudo, durante 5 anos acompanhando soropositivos novos casos foram identificados de hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia. Alterações glicêmicas são outras questões resultantes da contração do vírus HIV, uma vez que, o vírus pode agir diretamente nas células pancreáticas, que é responsável pela excreção da insulina. (VALENTE et al, 2005)

A lipodistrofia pode ser classificada clinicamente em 3 categorias: 1 – lipoatrofia: caracterizada pela redução da gordura em regiões periféricas como braços, pernas, face e nádegas, podendo apresentar proeminência muscular e venosa relativas; 2 – lipohipertrofia: caracterizada pelo acúmulo de gordura em região abdominal, presença de gibosidade dorsal, ginecomastia e aumento das mamas em mulheres; 3 – forma mista: caracterizada pela associação de componentes das duas formas anteriormente descritas . (VALENTE et al, 2005, p. 875)

 

                Outro efeito nocivo a saúde de indivíduos portadores do vírus HIV é a depressão e a distorção da auto-imagem proveniente de efeitos colaterais do tratamento prolongado e complexo Do HAART. Ainda assim a terapia medicamentosa viabiliza aos indivíduos uma vida sem que doenças oportunistas característica da AIDS, como, tuberculose, herpes genital e anal, e assim por diante, se manifestem. O indivíduo soropositivo tem uma auto-percepção de si alterada, causando medo, frustração e ansiedade, uma vez que essas mudanças são ocasionadas ou pela doença ou pelo tratamento. (SEBEN et al, 2008)

            Inicialmente a doença era estigmatizada como provenientes de relações homossexuais e por via de drogas endovenosas, aonde a maioria dos indivíduos que contraiam o vírus eram homens, contudo, o cenário atual é totalmente diferente, uma vez que, a maior via de transmissão é por relações heterossexuais e por transmissão vertical, ou seja, no parto, na gravidez e na amamentação, crianças estão crescentemente sendo contaminadas pelo vírus HIV através desse meio, isto é, mulheres se tornam cada vez mais parte desse grupo de soropositivos. A Terapia anti-retroviral (TAR) modificou o cenário da infecção do HIV, apesar disso, no tratamento pediátrico com crianças soropositivo existem dificuldades a serem superadas, visto que, a adesão ao tratamento depende do aceitamento da doença pela criança e do encorajamento da família. (COURA, GUERRA e NERI, 2011)

 

Os efeitos colaterais da TAR causam alterações metabólicas, como resistência à insulina, dislipidemia, doença cardiovascular precoce e lipodistrofia, modificando o estado nutricional dos indivíduos. O conjunto dessas alterações é conhecido como síndrome lipodistrófica do HIV (SLHIV). (COURA, GUERRA e NERI, 2011, p. 46)

               

            O HIV em crianças oferece maior risco nutricional, visto que, ainda estão com o sistema imunológico em formação, dado que ainda existem casos de desnutrição em alguns países propiciando complicações adversas na vida dessas crianças. Alguns estudos comprovaram o aumento no perfil lipídico em crianças portadoras de HIV, com o emprego do TAR, houve o aumento de 20% a 50% no percentual de lipídeos. Todas essas doenças oportunistas podem desenvolver doenças cardíacas, principalmente, se houver algum fator de risco, como, o histórico familiar. As alterações estéticas em crianças e especialmente em adolescentes podem afetar sua auto-estima e qualidade de vida, visto que, é uma fase em que os mesmos se preocupam com sua imagem, tendo impacto negativo na qualidade de vida desses indivíduos e na aderência ao tratamento. (COURA, GUERRA e NERI, 2011)

 

  1. O IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA QUALIDADE DE VIDA DO PORTADOR DE HIV.

 

De acordo com Santos et al, (2011) o exercício físico tem sido evidenciado como um mediador na diminuição dos impactos que o vírus causa e as implicações do tratamento medicamentoso, como por exemplo, na síndrome da lipodistrofia. Alguns dos benefícios na qualidade de vida de soropositivo são os aumentos de força e resistência muscular localizada, melhorias no sistema cardiorrespiratório, imunológico, aumento na massa óssea, diminuição no risco e controle de doenças crônicas como as doenças cardiovasculares e melhoras no perfil glicêmico, e a sensação de bem-estar que o exercício físico promove, tendo impacto positivo na qualidade de vida de indivíduos portadores do vírus HIV.

“[...] indivíduos infectados pelo HIV são confrontados com múltiplos estressores psicossociais que, em último caso, podem acelerar a progressão da doença. Essas condições podem estar relacionadas ao diagnóstico da infecção ou à natureza incontrolável de eventos associados à doença, mas também à diminuição da funcionalidade associada a prejuízos na capacidade física de forma geral .Desse modo, ainda que a expectativa de vida tenha aumentado, os problemas psicológicos parecem continuar a afetar indivíduos soropositivos, com prejuízos à sua qualidade de vida” (GOMES et al, 2010, p. 391)

 

                À medida que o vírus HIV progride maior são os impactos na saúde do indivíduo soropositivo, um dos efeitos é a diminuição da massa muscular, portando o objetivo da pesquisa realizada é identificar qual seriam os impactos do treinamento de força na qualidade de vida e ganho de massa muscular dessas pessoas. E através de estudos realizado foi possível constatar que houve uma redução na gordura corporal, na glicemia em jejum e na perimetria da cintura. Todos esses achados podem comprovar a importância do exercício físico na qualidade de vida. O treinamento de força tem papel fundamental no controle da glicemia e na diminuição da resistência a insulina, uma vez que, a força muscular é de extrema importância no metabolismo de soropositivos, pois está relacionado ao aumento da taxa metabólica basal e a degradação de gordura na região do abdômen. (BRITO et al, 2013)

            “Estudos têm demonstrado que o HIV e a HAART influenciam negativamente a cinética do oxigênio. A infecção do HIV limita a extração/utilização do O2 na musculatura periférica por reduzir a atividade de enzimas oxidativas.” (BRITO et al, 2010)

            Ainda dentro deste mesmo assunto, Brito et al, (2010) relata que a baixa capacidade de captação de oxigênio tem impacto direto na aptidão física afetando diretamente a execução de atividades do dia a dia, diminuindo a disposição. Assim sendo, a baixa adesão a atividades físicas existem maiores chances de se desenvolver depressão. Portanto o exercício físico possui influência direta no bem estar e qualidade de vida de soropositivos.

            Estudos corroboram com os demais autores acima, ressaltando o impacto que o exercício físico tem sobre a qualidade de vida de indivíduos portadores do vírus HIV, como o aumento na contagem dos linfócitos T CD4+, diminui os efeitos da terapia anti- retroviral e das doenças oportunistas provenientes da doença. O sistema imunológico é um dos beneficiados através do exercício, uma vez que, é comprovado o aumento de células nesse sistema pela intervenção da terapia não medicamentosa que é o engajamento em exercícios físicos. A terapia medicamentosa paralisa a replicação do vírus, mas adoece o indivíduo soropositivo. Sendo assim, o exercício colabora tanto na diminuição do declínio da doença, como nos efeitos colaterais que os medicamentos causam. (PEREIRA e GALDINO, 2010)

 

O sistema imunológico pode ser estimulado por intermédio da prática do exercício físico moderado, com respostas positivas para sua integridade, de importância ainda mais relevante para organismos comprometidos na infecção pelo HIV. Os benefícios alcançados com a prática do exercício físico são muito amplos, envolvendo questões físicas, psicológicas e sociais que, no portador de HIV e AIDS, estão por vezes comprometidas por infecções oportunistas, estresse, segregação, e preconceito. (PEREIRA e GALDINO, 2010, p. 23)

           

            A Educação Física tem papel fundamental na equipe multidisciplinar que acompanha o indivíduo soropositivo, uma vez que, diversos estudos comprovam a eficácia do exercício físico no aspecto físico, social e emocional. Portanto é de extrema relevância o embasamento cientifico e os achados em pesquisas realizadas que tinham como objetivo identificar o impacto do exercício físico na qualidade de vida desses indivíduos que desenvolviam doenças oportunistas ou que estavam sofrendo os efeitos colaterais do tratamento medicamentoso. O exercício físico moderado pode então estimular o sistema imunológico diminuindo os efeitos da doença. (PEREIRA e GALDINO, 2010)

Brito et al, (2010) ainda afirma que o exercício físico só tem efeito positivo na qualidade de vida de um indivíduo soropositivo quando for realizado de maneira regular e prolongada seja qual for, aeróbico ou anaeróbico, ou o treinamento concorrente. Com o avanço da doença a diminuição de massa muscular é evidente, por isso, o treinamento resistido associado a um acompanhamento nutricional diminui os riscos de sarcopenia e também minimiza a perda de massa óssea.

“[...] a prevalência de depressão na população HIV positiva é em torno de duas vezes maior do que na população geral.” (EIDAM, LOPES e OLIVEIRA, 2005, p. 83)

Diante do que foram supracitados acima, os autores revelam outra face da doença, o fator psicológico afetado pela não aceitação ou enfrentamento da doença e as circunstâncias em que o indivíduo se encontra no pré e pós exame. A depressão pode influenciar para o avanço da doença, indivíduos com depressão podem desenvolver mais rapidamente a AIDS e aumentar o risco de mortalidade. O estresse pode influenciar negativamente no sistema imunológico, no caso de indivíduos soropositivos pode ser um aspecto negativo, uma vez que, a progressão da doença pode ser mais acelerada. Inicialmente estudos relatavam os benefícios do exercício físico na aptidão física e no sistema imunológico, no entanto, o exercício passou a ser considerado um mecanismo na diminuição do estresse, ansiedade e depressão, sendo assim, o exercício físico é um agente complementar no tratamento, promovendo a qualidade de vida e bem estar a pessoas portadoras do vírus HIV. (EIDAM, LOPES e OLIVEIRA, 2005)

Com relação aos aspectos psicológicos, o exercício físico diminui os níveis de estresse, ansiedade e depressão em indivíduos soropositivos. Eles se sentem melhores fisicamente e como resultado ocorre uma melhora da auto-estima, bem como da percepção do próprio corpo. Com relação aos aspectos sociais, através da atividade física o portador do vírus HIV pode cuidar de importantes aspectos da doença enquanto mantém boa qualidade de vida e volta a se sociabilizar. (EIDAM, LOPES e OLIVEIRA, 2005, p. 84)

 

  1. CONSIDERAÇÕES E OS CUIDADOS AO INSERIR O PORTADOR DO HIV EM UM PROGRAMA DE EXERCÍCIO FÍSICO.

 

                De acordo com Santos et al, (2011) o exercício físico tem sido recomendado para portadores de HIV, devido as consequências que a doença e a terapia medicamentosa provoca na saúde física e emocional de indivíduos soropositivos,          contudo, é importante identificar as considerações que devem ser levadas em consideração, como, qual seria o melhor exercício e a intensidade que pode ser empregada, são aspectos importantes, visto que, é necessário um consenso ou embasamento cientifico para profissionais de Educação Física atuarem na terapia não medicamentosa de  um soropositivo.

            Para Eidam, Lopes e Oliveira (2005) é importante ressaltar algumas considerações acerca do exercício físico para portadores de HIV, um dos pontos primordiais ao inserir um indivíduo soropositivo a uma atividade física é a preservação do sistema imunológico do mesmo, por isso, é fundamental o controle dos exames bioquímicos do aluno, tais como, contagem de linfócitos T CD4+, hemograma completo e carga viral. Outros pontos cruciais são o acompanhamento de exames de triglicerídeos, glicemia, enzimas hepáticas e colesterol, em seguida, a avaliação da composição corporal, condição física e se inteirar do estado nutricional, após isso encaminhá-lo se necessário a um nutricionista, dado que, a alimentação sem dúvida tem papel fundamental juntamente com o exercício físico.

            Brito et al, (2010) ressaltam que o treinamento anaeróbico e aeróbico são eficazes na prevenção e tratamento da sarcopenia e estimulam o ganho de massa muscular sendo indicados no treinamento de indivíduos soropositivos. Recomenda-se inicialmente com exercícios aeróbicos respeitando a individualidade biológica e a aptidão física do indivíduo, após isso, à medida que houver adaptação os exercícios anaeróbicos de baixa a moderada intensidade poderão ser incluídos ao programa de exercícios.

Entretanto, deve-se ter cautela com este tipo de trabalho físico, uma vez que o exercício de alta intensidade está associado à imunodepressão, e deste modo, agravando à saúde do portador de HIV. Em revisão sobre a terapêutica do exercício físico no tratamento do HIV. Boop et al. apud Brito et al, (2010) recomendam evitar exercício de alta intensidade devido a imunodepressão observada após o exercício. No entanto, não existem restrições ao exercício resistido de baixa e moderada intensidade. (BRITO et al, 2010, p. 112)

            

            Existe um número crescente de pessoas infectadas pelo vírus HIV, uma vez que, a expectativa de vida aumentou oriunda da terapia anti-retroviral. O exercício físico vem se destacando devido a sua importância no tratamento complementar, visto que, existem diversos efeitos colaterais da medicação e da própria doença. No entanto, ainda existem investigações a cerca da intensidade e do tipo treinamento recomendado para essa população.  No que diz respeito à atuação do profissional de Educação Física frente a esse grupo que carece de cuidados especiais devido a seu sistema imunológico frágil, ainda pouco se vê uma abordagem inclusiva e assegurada. (PALERMO e FEIJÓ, 2003)

            Alguns estudos realizados referente a essa temática puderam estabelecer algumas recomendações que pudesse assegurar que o exercício não teria efeito supressor do sistema imunológico do soropositivo, uma vez que, o indivíduo já possui um sistema frágil. Recomenda-se exercícios aeróbicos com duração de 20-60 minutos, com um intensidade que não ultrapasse 75% do VO2 max ou 80% da FC máxima, esses dados corroboram na prescrição de exercício, porém,  através de pesquisas como essas puderam relatar que além da questão de volume e intensidade, um exercício de alta intensidade tem baixa adesão e muita evasão, portanto os autores sugerem uma margem de intensidade que pode ser adotada em um protocolo de treinamento, preservando o sistema imunológico e proporcionando um impacto ideal para que haja diminuição no percentual de gordura e por consequência a diminuição nos riscos cardiovasculares e melhorias na qualidade de vida do soropositivo em um aspecto global. (PALERMO e FEIJÓ, 2003)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. METODOLOGIA

 

De acordo com Cervo et al, (2007) a pesquisa bibliográfica é descrita como a busca por informações em obras que já existem e abordam o objeto de pesquisa do presente trabalho, as fontes podem ser provenientes de livros, artigos científicos, enciclopédias, teses, dissertações e monografias. São temáticas já abordadas, porém, sem aprofundamento em certos assuntos. Esse levantamento de dados tem como finalidade responder o objetivo geral do tema escolhido, através de obras que possuem respaldo cientifico e confiável. 

Não é raro que a pesquisa bibliográfica apareça caracterizada como revisão de literatura ou revisão bibliográfica. Isto acontece porque falta compreensão de que a revisão de literatura é apenas um pré requisito para a realização de toda e qualquer pesquisa, ao passo que a pesquisa bibliográfica implica em um conjunto ordenado de procedimentos de busca por soluções, atento ao objeto de estudo, e que, por isso, não pode ser aleatório. (LIMA E MIOTO, 2007, p. 38)

 

            Na elaboração desta pesquisa foram utilizados 8 artigos científicos, 3 revistas eletrônicas e o assunto foi abordado por diversos autores com temas relacionados diretamente ao objetivo geral proposto, que é identificar qual é o impacto do exercício físico na qualidade de vida de um portador do vírus HIV. As bases de dados utilizadas foram: EFdeportes, Scielo, Revista de Psicologia da Vetor, Revista de Saúde pública, Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, Revista Brasileira de Fisioterapia e Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Portanto, o tema em questão, Exercício Físico, qualidade de vida e portadores de HIV teve respaldo científico através de um levantamento bibliográfico.

O público alvo deste tema em questão é o profissional da área da saúde, o objetivo é desenvolver um trabalho multidisciplinar, abordando o exercício físico como ferramenta de inclusão e promoção de saúde e qualidade de vida. Tendo o respaldo cientifico como ferramenta de conhecimento e de conscientização aos profissionais de Educação Física, para que eles tenham segurança e iniciativa de trabalhar com o público soropositivo, visto que, o exercício é fundamental na qualidade de vida em todos os aspectos de um indivíduo que vive com HIV.

É uma pesquisa possível, pois, além de ser um tema atual e de saúde pública, já existem diversos estudos que abordam o exercício físico como uma terapia não medicamentosa e fundamental na promoção de qualidade de vida.

           

 

 

  1. RESULTADOS E DISCUSSÕES

 

Através dos achados acerca do tema proposto os quais foram baseados em obras cientificas bibliográfica, serão realizadas discussões em prol de responder os objetivos específicos apresentados no referencial teórico, como, as implicações na saúde e na vida de indivíduos que vivem com o vírus HIV, o impacto do exercício físico na qualidade de vida do portador de HIV e as considerações e os cuidados ao inserir o portador do HIV em um programa de exercício físico. E verificar a hipótese de que o exercício físico tem um impacto positivo na qualidade de vida de indivíduos que vivem com o HIV, se tornando uma terapia não medicamentosa, diminuindo os efeitos de doenças associadas e dos efeitos colaterais da terapia anti-retroviral, promovendo o bem estar e diminuindo os riscos de depressão

Para Geocze et al, (2010) e Seben et al, (2008, p.65) o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é um grande obstáculo para a questão de saúde pública internacional. “A AIDS é a doença infecciosa que mais mata no mundo. Segundo informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (2005), cerca de 40 milhões de pessoas foram infectadas, das quais 20 milhões já morreram desde a época de sua ocorrência.”

Acerca da terapia medicamentosa que surgiu alguns anos depois do surgimento da doença Geocze et al, (2010) afirma que com o surgimento da terapia medicamentosa conhecida como anti-retroviral a expectativa de vida aumentou exponencialmente e por consequência a qualidade de vida dessas pessoas também aumentaram. Na década de 90 aumentou-se o conhecimento sobre a doença o que permitiu que se obtivessem mais recursos terapêuticos, ampliando a expectativa de vida. Houve um crescimento de pessoas que vivia com o HIV, essa diminuição de mortalidade se deu após a terapia ser introduzida no sistema de saúde e ser distribuída para essa população, no Brasil foi a meados de 1992 que o HAART (Highly Active Antiretroviral Therapy) mais conhecido como terapia anti-retroviral foi oferecida, diminuindo em 33% as mortes pelo HIV. Contudo o efeito colateral da terapia trazia diversas alterações o que confirma os achados de Valente et al, (2005) evidenciando que um dos principais efeitos provenientes da terapia medicamentosa são dislipidemias, resistência insulínica, hiperglicemia e redistribuição da gordura corporal. Todos esses efeitos negativos oriundos da medicação são fatores que podem desenvolver doenças cardíacas, consistindo em um risco para indivíduos soropositivos. A lipodistrofia que é a distribuição irregular da gordura corpórea além dos efeitos negativos para saúde é um dos motivos de desistência do tratamento, uma vez que, os indivíduos podem ser identificados como soropositivos através dessa característica física que a lipodistrofia promove.

Estudos comprovaram que o impacto causado pelo exercício físico na qualidade de vida de indivíduos soropositivos é totalmente benéfico e o autor Santos et al, (2011) confirma que o exercício físico tem sido evidenciado como um mediador na diminuição dos impactos que o vírus causa e as implicações do tratamento medicamentoso, como por exemplo, na síndrome da lipodistrofia. Alguns dos benefícios na qualidade de vida de soropositivo são os aumentos de força e resistência muscular localizada, melhorias no sistema cardiorrespiratório, imunológico, aumento na massa óssea, diminuição no risco e controle de doenças crônicas como as doenças cardiovasculares e melhoras no perfil glicêmico, e a sensação de bem-estar que o exercício físico promove, tendo impacto positivo na qualidade de vida de indivíduos portadores do vírus HIV. Os fatores psicológicos podem agravar e acelerar a processo da infecção, Eidam, Lopes e Oliveira (2005) abordam outra temática que relaciona o exercício físico e seu potencial na diminuição do estresse que pode influenciar negativamente no sistema imunológico, no caso de indivíduos soropositivos pode ser um aspecto negativo, uma vez que, a progressão da doença pode ser mais acelerada. Inicialmente estudos relatavam os benefícios do exercício físico na aptidão física e no sistema imunológico, no entanto, o exercício passou a ser considerado um mecanismo na diminuição do estresse, ansiedade e depressão, sendo assim, o exercício físico é um agente complementar no tratamento, promovendo a qualidade de vida e bem estar a pessoas portadoras do vírus HIV.

            No que tange aos cuidados e precauções ao inserir um indivíduo soropositivo em um programa de exercício físico, para Eidam, Lopes e Oliveira (2005), um dos pontos primordiais ao inserir um indivíduo soropositivo a uma atividade física é a preservação do sistema imunológico do mesmo, por isso, é fundamental o controle dos exames bioquímicos do aluno, tais como, contagem de linfócitos T CD4+, hemograma completo e carga viral. Outros pontos cruciais são o acompanhamento de exames de triglicerídeos, glicemia, enzimas hepáticas e colesterol, em seguida, a avaliação da composição corporal, condição física e se inteirar do estado nutricional, após isso encaminhá-lo se necessário a um nutricionista, dado que, a alimentação sem dúvida tem papel fundamental juntamente com o exercício físico. No que se refere em qual método ou sistema de treino ideal, Brito et al, (2010) ressaltam que o treinamento anaeróbico e aeróbico são eficazes na prevenção e tratamento da sarcopenia e estimulam o ganho de massa muscular sendo indicados no treinamento de indivíduos soropositivos. Recomenda-se inicialmente com exercícios aeróbicos respeitando a individualidade biológica e a aptidão física do indivíduo, após isso, à medida que houver adaptação os exercícios anaeróbicos de baixa a moderada intensidade poderão ser incluídos ao programa de exercícios. Sobre a intensidade e volume de treino, Palermo e Feijó (2003) ressaltam que as recomendações são que os exercícios aeróbicos sejam com duração de 20-60 minutos, com um intensidade que não ultrapasse 75% do VO2 max ou 80% da FC máxima, esses dados corroboram na prescrição de exercício, porém,  através de pesquisas como essas puderam relatar que além da questão de volume e intensidade, um exercício de alta intensidade tem baixa adesão e muita evasão, portanto os autores sugerem uma margem de intensidade que pode ser adotada em um protocolo de treinamento, preservando o sistema imunológico e proporcionando um impacto ideal para que haja diminuição no percentual de gordura e por consequência a diminuição nos riscos cardiovasculares e melhorias na qualidade de vida do soropositivo em um aspecto global.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Foi indispensável relatar as implicações na saúde e na vida de indivíduos que vivem com o vírus HIV, mostrar o impacto do exercício físico na qualidade de vida do portador de HIV e identificar as considerações e os cuidados ao inserir o portador do HIV em um programa de exercício físico, para que o objetivo geral fosse respondido e que informações como essas pudessem alcançar profissionais de Educação Física e a sociedade em geral, para que pré- conceitos pudessem ser esclarecidos e pessoas que vivem com HIV possam se inserir em programas de exercício físico de uma maneira segura e eficaz.

Esta pesquisa visa alcançar indivíduos que vivem com o HIV, e tem como público alvo profissionais da saúde, como, o profissional de Educação Física, conscientizando da importância do exercício, os aspectos inerentes a doença, as implicações e recomendações acerca do exercício para o soropositivo. A sociedade precisa estar consciente do papel inclusivo que todos nós temos, e a importância do conhecimento e do esclarecimento sobre as vias de contaminação. Outro fator estressante é a exclusão do soropositivo em ambientes como as academias, a não adesão ao exercício físico por motivos de vergonha, medo e falta de profissionais preparados para recebê-los impede que o exercício seja uma ferramenta de inclusão, promoção da saúde, bem estar físico e emocional do soropositivo.

Diante de tudo que foi dito, podemos confirmar que o exercício físico tem papel fundamental no tratamento não medicamentoso em indivíduos que vivem com o HIV, a qualidade de vida sem dúvida é um dos aspectos que aumentam a expectativa de vida dessa população. Haja vista que o número de infectados pelo vírus HIV é crescente, abordar temas como esse, gerando inclusão e promoção de saúde é essencial no tratamento e na vida de soropositivos.

 

                                                                                                       

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

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