EXCURSÃO A CIDADE DE ASSU NO RIO GRANDE DO NORTE

Por Dario Galdino | 25/10/2009 | Geografia

Autor: Dario Galdino

O itinerário se fez de Recife – Natal – Açu – Mossoró – Limoeiro do Norte, fazendo-se o itinerário inverso na volta.

A saída se fez na UFPE as 8:00 do dia 20 de outubro de 2009, o deslocamento foi feito pela BR 101 norte na medida em que nos afastávamos do litoral o clima e a vegetação se modificação e davam lugar a ruralização do espaço geográfico, pois íamos a direção da zona da mata norte conseqüentemente as mudanças se faziam sentir pela criação de animais como gado bovino, caprino, suíno, eqüino e galináceo.

A vegetação de mata atlântica já pouca pelo desmatamento escasseava e dava lugar a um sistema vegetacional descaracterizado daquela região, as plantações às vezes eram feitas em consórcios com as mesmas, a cana de açúcar é de longe a maior produção na primeira área por onde a excursão se dirigiu, o relevo se mostra desgastado pela ação do imtemperismo químico e físico aparecendo alguns batolitos e depressões rasas, alguns brejos de ventos, com predominância do tipo vegetacional mais verdejante e mais homogêneo e denso com relação ao semi-árido sul, as redes de transporte em duplicação estão sendo feitas para o maior desenvolvimento das condições de transporte para a agronegocio e para os pólos dos distritos industriais dos estados cortados pela mesma.

Em escala macroregional os territórios estão a disposição de quem possa oferecer mais, pois os órgãos estaduais mesmo sabendo do uso indiscriminado da terra para fins imobiliários consentem na praticados que compram uma área para posteriormente usa-lá para obter lucro quanto do feitio de obras infraestruturais para beneficiamento de cidades que passam pelo setor adquiridos pelos mesmos.No caso acima pesquisado o meio ambiente pé desrespeitado fragorosamente para beneficio de investidores oportunistas, em escala menor o problema é de ordem municipal e de pouca monta, mas preocupa nas conseqüências futuras para o meio ambiente e a organização espacial de todo espaço envolvido.

Segundo o texto, desenvolvimento rural em áreas de intervenção estatal do nordeste: o caso do projeto de irrigação baixo Açu, a relação com a empresa da Del monte com as famílias da área pesquisada, é amigável, pois daí depende o trabalho da maioria da população do entorno, em um primeiro momento, dando continuidade a analise de forma mais epistemológica verifica-se a descaracterização da população e de seu território, assim também como a degradação do meio ambiente tais como: queimado e desmatamento etc.

A agricultura praticada no pretérito é distinta no aspecto territorial e produtivo já que na sua origem a produção era de agricultores familiares e no segundo momento a agricultura pertence ao agronegocio e a produção é voltada para o mercado externo com tecnologia de ponta, lembrando o fordismo o meio usado pela Del monte na produção de bananas.

A formação de alguns de seus empregados é oriunda de países produtores e detentor da produção da tecnologia para produção de banana em larga escala, caso da costa rica onde o agrônomo Reinaldo foi completar sua formação para ser admitido na empresa assim como o David para que ambos estejam aptos à produção de banana no semi-árido nordestino brasileiro.

No espaço ocupado pelo agronegocio a Del monte ocupa 1050 ha. embora use apenas 950 ha. no cultivo de bananas, confirmando o que diz SILVA "o espaço anteriormente usado pelos agricultores pequenos com diversidade de produção e voltado, sobretudo para o mercado interno, agora é voltado para a monocultura exportadora trazendo no seu bojo o encarecimento dos produtos da sexta básica, o reflexo desse investimento monocultor também se faz sentir no numero de empregados utilizados".

O gestor do meio ambiente da Del monte não pode nos atender para respectivas confirmações, pois estaria ocupado em outra parte da fazenda tendo servido de companhia os agrônomos Reinaldo e David para explicar como se desenrolava o sistema monocultor.

Embora os engenheiros e a digam que a produção é agroecologica, ou seja, sem o uso de agrotóxico não se pode verificar a veracidade de tais informações, já que no entorno da empresa existia produtos químicos usados em lavouras do tipo: herbicida, fertilizantes para controle de pragas e correção do solo com conseqüente envenenamento do solo e dos lençóis freáticos, já que existia no plantio canal que eram ligados aos sistemas de irrigação e eram despejados no rio Açu.

A empresa é um conglomerado internacional que diversifica seus investimentos em lugares onde a mão de obra é barata, desqualificada e onde a preocupação com meio ambiente é relapsa.

Com relação ao folder a Del monte cita entre seus objetivos a proteção aos trabalhadores e respeito ao meio ambiente, porem a conservação de ervas não pode ser considerada como tal, já que outrora existia ali a caatinga, no presente o uso do desmatamento é desmedido, porem o uso da consorciação entre diversas culturas pode ser de bom resultado, embora a empresa afirme de sua certificação da EUROPAG E ETI, não existe tal correspondência in loco.

A circulação de renda em torno de 1milhão de reais não se traduz de maneira substancial no IDH daquele município onde se encontra instalada a Del monte.

Urge solução para o problema de Açu e outras cidades que sofrem a exploração do agronegocio, pois não é contra o agronegocio e sim contra as praticas nefastas utilizados pelo mesmo para poluir e defenestrar o meio ambiente, a pratica saudável é eficaz e deve ser objetivo de toda empresa inserir na sua conduta as mesmas.

Bibliografia

www.prefeituradoassu.com.br/index.php?ID_PG=turismo#

www.acu.rn.probrasil.com.br/

assu.rn.gov.br/