Evolucionismo de Darwin, em comparação com a concepção essencialista de Aristóteles
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 23/08/2012 | ArteDarwin e Aristóteles.
Jovem naturalista que viajou em 1831.
Ao bordo de um navio de pesquisa Beagle.
Para diversas partes do mundo.
Incluindo America latina.
Colhendo material para formular a teoria.
Uma exuberante teoria naturalista.
Mais influente do tempo moderno.
A teoria da Evolução das espécies.
Exposta detalhadamente.
Em a Origens das espécies.
Posteriormente escreveu outra obra de fundamental importância.
A descendência do homem, elaborada com simplicidade.
Formulação que facilita a compreensão a todos aqueles que leem.
Bem antes de Darwin ainda no mundo antigo grego.
Existia uma teoria do essencialismo que passou a civilização ocidental.
Em diversos tempos históricos, chegando até a modernidade.
Teoria formulada por Platão, posteriormente modificada em parte por Aristóteles, a respeito da origem das coisas, incluindo a vida.
A teoria consistia que toda espécie natural, seja o que for prata, ferro, árvore ou animal.
Tudo era pensado da seguinte maneira, como tendo qualidades essenciais.
Essas qualidades fazem uma coisa ser exatamente o que ela é, e, pelo mesmo motivo ser eternamente a mesma coisa, nada poderia ser modificado na sua essência.
Com efeito, era praticamente descartado qualquer princípio de evolução.
Aristóteles classificava outra qualidade a qualquer princípio de matéria.
O que era entendida como qualidade acidental a uma determinada forma de vida ou quaisquer coisas.
Uma forma de vida poderia ganhar ou perder a qualidade acidental sem perder o princípio da identidade.
O que levava uma espécie ser o que sempre fora como espécie, esse era o fundamento grego da origem da vida, explicada do ponto vista filosófico.
Esse fundamento aplicado ao mundo natural é o que fazia um animal ser daquela espécie e não de outra, diferente a lógica científica da explicação das espécies no mundo antigo, dada especialmente por Aristóteles.
Existem diferenças essenciais entre as raças dos cavalos, como dos homens, contudo, essas diferenças são tão somente acidentais, explicava a teoria substancialista de Aristóteles.
Jamais poderia ofender a essência daquilo que faz o cavalo ser naturalmente cavalo ou o homem ser em especial como espécie.
Isso por que explicava Aristóteles, todos os cavalos participam de certas qualidades fundamentais que fazem deles cavalos. Do mesmo modo o homem ou qualquer outra espécie.
Exatamente por essa razão que são da mesma espécie. Com efeito, tudo aquilo na natureza que for do acidente não faz parte da natureza da essência. Aristóteles.
Durante muitos anos, séculos afora os filósofos tentaram explicar a origem do mundo das essências, como surgiu esse fundamento, o que foi extremamente de difícil entendimento.
A resposta extremamente ingênua como alguém muito superior a natureza e o próprio homem, com magnífico poder criou tudo isso que existe no mundo.
Formularam essas diferenças básicas, o que é da substância e o que é do acidente, princípio que praticamente chegou até a Darwin. A grande questão filosófica defendida pela Filosofia de Aristóteles.
Era essa concepção de mundo, que nasceu na idade antiga e atravessou toda idade media, como justificativa e explicação para origem de todas as coisas, que referem se a natureza, particularmente a origem da matéria e posteriormente do homem. Tudo isso era visto como criação de divina.
Então foi Deus, segundo a velha explicação quem formulou a matriz básica, para que tudo pudesse existir da forma que existiu sempre.
A obra do grande naturalista Darwin procurou mostrar que para existir a complexidade das formas de espécies que existem hoje, não foi necessário no inicio do desenvolvimento de formas simples da vida, um criador.
Que a complexidade é o resultado da evolução de formas inferiores rumo à evolução, reflexão defendida por Darwin, contrária a explicação essencialista da filosofia antiga grega.
Mas a teoria da evolução de Charles Darwin remonta-se na explicação de outra obra, cuja natureza do fundamento da sua explicitação está de certa forma ligada epistemologicamente a outra obra, o que tentarei explicar aqui, para o melhor entendimento do que estou elaborando.
Thomas Malthus um economista, podemos assim dizer de direita, escreveu um livro, cujo pensamento fora todo equivocado.
Mas serviu de inspiração para Darwin desenvolver a sua teoria da evolução. Isso em parte, a que se refere à necessidade dos melhores adaptados.
Malthus desenvolveu uma falsa teoria para justificar as desigualdades sociais, já se percebe que Darwin apesar de inteligente e estudioso em muitos aspectos da vida humana, das suas relações era completamente ingênuo a respeito de certas explicações.
A teoria de Malthus referia se especificamente, a respeito da questão da explosão populacional, ele imaginou que uma população precisa expandir continuamente, mas precisa também evitar que seja extinta.
Chegará a um determinado momento com o necessário aumento da população porque esse mecanismo é inevitável, a população chegara a exceder aos recursos disponíveis.
Certa irracionalidade evolutiva referente à espécie. Teoria não justificável do ponto de vista da economia, porque a questão resulta da não distribuição da riqueza produzida e não tão somente da explosão da população. Erro crasso na influência de fundamento a Darwin.
Para Malthus alguns morrerão, obrigatoriamente, mas outros vão sobreviverem com os recursos disponíveis, lógica disponível a formulação da teoria da evolução como herança de influência.
Darwin começa a perceber que os seres orgânicos variam isso era certo, em referência as várias partes de sua organização.
Em algum momento a variação que tenha ocorrido dando maior oportunidade a luta pela proteção da vida, na defesa do fantástico principio da hereditariedade.
Aqueles que sobreviveram produziram prole com as mesmas características. Esse é o princípio de preservação, o que Darwin chama de seleção natural.
Na verdade o principio da seleção tem dois fundamentos básicos: o primeiro deles, o que será descrito aqui, denomina-se das diferenças mínimas existentes entre os indivíduos.
O segundo, o princípio da hereditariedade, a transmissão dessas diferenças entre várias gerações. Na verdade as chamadas diferenças essências entendidas por Aristóteles, Darwin mais tarde passou a entender como as variáveis acumuláveis por gerações a gerações.
Levando evidentemente tempo e pelo ambiente, a chamada herança herdada, tudo depende de diversas circunstancias, mas com nova adaptação, pode criar se dentro de uma espécie outra em separada.
Até surgir uma nova espécie determinada, isso de um elo comum, foi por esse mecanismo que resultou o homo sapiens. Naturalmente, foi por esse mecanismo que surgiram todas as formas de vida, naturalmente a evolução das espécies.
Nada, portanto é o resultado de obra divina, a questão da origem das espécies soluciona de certa forma a teoria de Aristóteles, a questão das origens das essências e seus acidentes.
Aquilo que seria natural na explicação das diferenças, o que é denominado por acidente no seu acúmulo das diferenças seria responsável pela criação de uma nova espécie.
Isso ao longo de milhares de anos, o que não poderia ser perceptível pela concepção natural da história das ciências desenvolvida por Aristóteles.
Mas o caminho da evolução não difere em nada da questão da variedade, ou do fundamento do aspecto acidental aristotélico.
A essência da natureza da evolução. O que deve ser explicitado aqui com clareza e objetividade, espera o leitor entender a diferença dessas classificações, necessários aos tempos históricos.
Darwin tinha plena certeza, da coerência da sua teoria, não teria outra forma para explicar a diversidade das espécies, a não ser por esse mecanismo de variação das heranças acidentais que na variação do tempo e na modificação pela adaptação supera estágios anteriores a até ao surgimento nova espécie.
Naturalmente que a teoria de Aristóteles da forma em que foi determinada, caiu definitivamente por terra, como algo ilógico e sem fundamento epistemológico.
Mas sem duvida que foram os preceitos aristotélicos que levaram a Darwin o seu primeiro despertar para escrever uma teoria coerente e científica da Origem das espécies.
Edjar Dias de Vasconcelos.