Evolução e construção da linguagem.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 22/12/2015 | Filosofia

A população do mundo fora tão insignificante, em alguns períodos históricos, não passou de dez mil pessoas, remotamente dividida em diversas tipificações de hominídeos, como são hoje os macacos.  

Com efeito, as únicas coisas que tinham em comum a linguagem e o DNA.  Uma guerra implacável historicamente possibilitou a prevalecer como civilização apenas a espécie sapiens. 

Divididos em diversas tribos de caçadores e coletores, as tribos formavam seus bandos, desenvolvendo idiomas tribais, deuses próprios, normas e costumes.

 Próximo à revolução agrícola, o mundo possuía aproximadamente cinco milhões de habitantes, sendo que tal população teve por diversas vezes próxima da extinção. 

O homem apesar da linguagem tinha comportamento selvagem. Em um mundo simbólico atrasado, inteiramente movido por mitologias.

Em um estágio significativo da evolução primitiva disputava com os animais a carniça como fonte de alimentação.

  A grande revolução formulada pelos hominídeos foi o desenvolvimento da linguagem, sem a qual seria eternamente um chimpanzé.

Entretanto, do ponto de vista do DNA,  igualmente os sapiens aos símios.  De  fato o homo  foi um chimpanzé que conseguiu desenvolver a fala, nada mais diferentemente,  geneticamente.

  O surgimento da linguagem, o que aconteceu aproximadamente de 100 a 70 mil anos, com maior evolução aproximando os 30 mil anos, o que significa perto do homem contemporâneo a linguagem ainda não era bem articulada.

Na evolução humana, os sapiens sempre acreditaram em mitologias absurdas, como a existência dos deuses e demônios, imaginam coisas sem sentido e transformam em mundos reais, quando são apenas ideologizações resultadas das fases históricas da evolução da linguagem.  

A alma, o que significa espírito, é uma dessas imaginações, confunde o que é apenas mecanismo da linguagem, como se fosse uma realidade em si.  Portanto, recusa a vida real, como produto praxiológico.

Motivo pelo qual criou deus e o paraíso, realidades imaginarias compensatórias.  O homem é um inventor de crenças sem significações, como se o espírito de um deus imaginário conseguisse engravidar uma mulher, revelado como inverdade, pelos critérios científicos da reprodução.

A ideia que os reis são divinos, como também o que está escrito na bíblia inspirado por deus, quando são ideologias da classe dominante em Israel. Com efeito, o homem simplesmente inventa. A cultura mitológica até hoje é prevalecente na cultura oficial das civilizações.

O conceito que existe superioridade no mecanismo cognitivo das pessoas, o que se denomina de QI.  Como se a inteligência fosse em especial de determinadas pessoas, algumas nasceram inteligentes outras ignorantes.

Tal ideologia mitológica prevalece ainda hoje, em países adiantados economicamente, como os Estados unidos.  Portanto, tal acepção é uma mitologia ideológica.

 A estrutura de memória de um índio primitivo da America do Sul é exatamente igual à lógica cognitiva de Einstein, no entanto, o índio jamais poderá entender o mundo de Einstein, entretanto, Einstein entenderia o mundo do índio.  

O que significa quanto mais atrasado for uma cultura mitologicamente, menos possibilidade terá para entender a evolução de uma cultura superior do ponto de vista da evolução cognitiva. 

A diferença está essencialmente na construção  cognitiva, jamais em fatores biológicos, os homens são exatamente iguais, como  produtos históricos, naturalmente diferentes, do ponto de vista das ideologizações.    

Com efeito, não existem gênios e muito menos burros, o que existe em consonância com diversos aspectos da vida social, são estágios de desenvolvimento cognitivo.

 A  grande questão é que a memória se estrutura, sendo que mesma passa a defender a ignorância como  fonte do saber.

 O gênio é aquele que constroi uma memória eternamente aberta e autodestrutiva em relação aos velhos saberes construídos.

 Desse modo aquele que não perceber o seu ser como memória identificada é o verdadeiro ignorante, o que acontece essencialmente na   cognição epistemológica, como no mundo do senso comum ou sejam,  das generalizações mitológicas.

 Significando, portanto, que as pessoas cognitivamente são exatamente iguais, as diferenças são os estágios.  A estrutura cognitiva de um selvagem antes da revolução agrícola é proporcional a um acadêmico da era pós-contemporânea. 

As diferenças humanas resultam das evoluções culturais, sendo que tais revoluções podem solidificar nas memórias sociais em forma de alienação e domínio.

Para a realidade técnica atual, o saber quando não indutivo é apenas ficcional, cria a existência de coisas não reais, como se fossem, quando são apenas ideologias resultadas do mundo representativo, por exemplo, a natureza do Estado Político.

Nesse sentido, que existe uma divisão clássica entre saber lógico dedutivo, ou seja, o saber do espírito, com o saber indutivo empírico produto do mundo das ciências naturais.

A respeito de o primeiro saber, o entendimento, é meramente ideológico, representativo, não sendo possivelmente a verdade, a não ser como representação dos símbolos culturais.

Diversos  em variações com os níveis evolutivos dos produtos culturais, o que significa uma prevalência do sujeito cognitivo sobre os objetos.  

Sendo  diferente a respeito, as técnicas indutivas, pois o sujeito cognitivo tem que representar a verdade objetiva imposta pela realidade do objeto.

 Desse modo, efetiva-se a constatação da verdade, o que não é possível no mundo do espírito, pois a construção do saber é meramente cultural, exatamente em tal mundo que a ideologia impõe como critério da verdade, quando são apenas ficções  representativas.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.