EU SOU O AMANHÃ
Por XALONI IORI | 10/11/2018 | Crônicas1 Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás.
2 Reparte com sete e ainda com oito, porque não sabes que mal sobrevirá à terra.
Livro do Pregador, cap. 11:1 e 2.
Eu sempre hei de ser,
Mas você
Não pode me ver.
Eu permanecerei
Porque sempre estarei
Num lugar bem próximo.
“O pouco serve hoje, o muito amanhã não basta.”
Joaquim Nabuco - estadista, historiador e político brasileiro (1849-1910).
Ninguém jamais me viu,
Mas todo calendário descobriu
Que eu existo
E numerou-me.
Eu sou uma certeza
Que apesar de viver na incerteza
Sempre me apresento.
Eu também desaparecerei,
Pois quando todo relógio
Tocar zero hora
Terei de ir embora.
“A expectativa é o maior impedimento para viver: leva-nos para o amanhã e faz com que se perca o presente.”
Sêneca - filósofo, escritor, mestre da arte da retórica, membro do senado, questor e magistrado da justiça criminal, durante o Império Romano (04 a. C. - 65 a. C.).
Meia noite é um marco
Que eu não ultrapasso,
Pois já é o dia atual
E que por sinal
Não sou mais eu.
“Os desejos da vida formam uma corrente cujos elos são as esperanças.”
Sêneca - filósofo, escritor, mestre da arte da retórica, membro do senado, questor e magistrado da justiça criminal, durante o Império Romano (04 a. C. - 65 a. C.).
Todo mundo me espera
E abre a janela
Para me ver,
Porque eu sou a Esperança
Dos que vivem.
“A consciência é o último ramo da alma que floresce; só dá frutos tardios.”
Joaquim Nabuco - estadista, historiador e político brasileiro (1849-1910).
Quem sou eu?
Todos os que respiram
Em mim se inspiram
Quando se despedem do Hoje,
Mas ninguém me toca
Porque eu fico na toca
Do Amanhã.
Então, até Amanhã.
“Ninguém chegou a ser sábio por acaso.”
Sêneca - filósofo, escritor, mestre da arte da retórica, membro do senado, questor e magistrado da justiça criminal, durante o Império Romano (04 a. C. - 65 a. C.).