Ética, Religião e os Tabus

Por Pablo Araujo de Carvalho | 23/04/2016 | Religião

Ética e religião A palavra "ética" é derivada do grego que significava "bom costume", "costume superior", ou "portador de carácter". Diferencia-se da moral, pois, enquanto esta se fundamenta na obediência a costumes e hábitos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar as ações morais exclusivamente pela razão. O termo ética em religião é fundamental, pois o que vemos é a maioria delas vivendo da vilipendiação das outras religiões e ganhando força achovalhando os cultos alheios, e assenhorando-se das verdades divinas, como os únicos povos escolhidos por Deus, garantindo a sua religião como única via de salvação, condenando todas as outras ao inferno, propagando e estimulando assim a intolerância religiosa, a morte aos infiéis. Prova disso foi as santas inquisições, os atuais radicais islamicos, etc. A ética pressupoe a razão e o bom senso acima das regras religiosas. Oras ! temos que entender que para se constituir uma sociedade seja ela religiosa ou acadêmica, devemos ter dogmas que são suas regras de conduta, porém essas regras passam por renovações para melhor se habituarem ao seu meio social, pois assim como a humanidade evolui, a religião deve acompar essas mundanças sem descaracterizar a essência de sua lei, liturgia ou culto, porém readaptando-as ou criando aditivos em seus dogmas para que assim possa dar sustentação a vida de forma equilibrada e ordenada. Na história da humanidade em particular a história religiosa sempre que foi necessário quebrar alguns paradigmas, fundou-se uma nova religião, constituída na base pela mesma divindade, porém alterando o modus operandi, ou o culto. Exemplos: do judaismo, nasceu o cristianismo, pois o judaismo tornou-se tradicionalista, e muito ortodoxo, não atendendo as expectativas de seus fiéis que não conseguiam manter-se numa tradição rigorosa. Com a vinda do mestre Jesus, muitas dessas leis foram transgredidas, para que atendesse os anseios daqueles que esperavam por mudança e um menor rigor e menor fanatismos nas religiões de então. O mestre Jesus foi o catalizador de toda uma insatisfação religiosa que clamavam a Deus por perdão por não cumprirem a riscas alguns preceitos puramente dogmaticos. E Jesus criou seus próprios conceitos, perdoando os pecados daqueles que transgrediram não as leis divinas, mais leis humanas, criadas por homens que não encontravam fundamentos nas verdades divinas. E assim nasceu o Cristianismo. Como assim a Umbanda nasceu da insatisfação de espiritos encarnados e desencarnados de não encontrarem uma religião onde poderiam manifestarem-se de forma natural e de acordo com sua origem, pois só com a manifestação dos pretos-velhos ja havia uma diminuição significativa do preconceito e do racismo, pois o branco rico ao se consultar com o espírito de um negro incorporado em seu médium pobre, e, receber de Deus através dele um milagre divino em sua a vida, passavam a respeitar e diminuir as diferenças e a distância de classes existentes e criadas somente em nossas mentes ignorantes, pois perante Deus todos somos espíritos de pura luz sem diferença entre um e outro. Vemos em países e em culturas do Oriente Médio, o extremismo beirando o fanatismo, no que se diz respeito ao poder patriarcal onde as mulheres são colacadas em segundo plano. Vemos a deturpação no Islamismo, onde o extremismo levam a seres humanos explodirem-se e explodirem a quem esta sem sua volta com a promessa de adentrar ao reino de Alah e terem a compania de trinta virgens. Ora! o mestre e profeta Maomé tinha um arem de mulheres, não porque ele era um desvirtuado, degenerado ou um insaciável sexual e sim porque no seu país, devido aos conflitos religiosos, havia como há até hoje, muita guerra e muitos homens morrião, deixando suas esposas a mingua, e a lei de castas de seu país exigiam que a mulher viúva caso não se casase, devería ser deixada e abandonada a própria sorte, e o Grande Mestre Maomé em sua infinita sabedoria e sem bater de frente com as leis religiosas (dogmas)de seu país, casava-se com todas que encontrava em seu caminho, desposando-as e assumindo seus filhos e filhas, para que as mesma não fosse jogada às trassas. Casou-se por amor à vida e não por sexo, e sim para sustentar a vida de muitas mulheres que viviam sobre o julgo de uma sociedade religiosa patriarcal onde a mulher era tida somente como um ser inferior e colocada sempre em segundo plano. A ética em religião está acima de suas regras religiosas, e a ética serve para renovar essas leis sempre que a vida está sendo anulada ou prejudicada em sua sustentação, pois a religião serve para dar sustentação à vida, sempre calcada na tolerância, no respeito ao próximo, na virtude, no bom senso, sustentando a vida religiosa e civil de seus fieis. Exemplos de ética religiosa e dogma religioso: Dogma religioso: no Cristianismo ou religião Judaico Cristã: Homosexualismo: As leis judaico-cristã, proibe a comunhão de pessoas do mesmo sexo e toda sua vertente religiosa, tais como, Protestantismo, Catolicismo e Judaismo, a seguem a risca, marginalizando ou seja colocando a margem quem assume essa condição tida como pessoas endomoniadas, excomungando-as dos seus meios. A ética religiosa sempre aparece quando hà um conflito no dogma ou lei religiosa, pois ser ético religiosamente é saber conviver em um meio respeitando os príncipios que sustentam a vida, e, a forma de um homem ou mulher se relacionar não interfere em suas convicções religiosas, ou seja, em sua fé em Deus e nem diminui o seu amor pelo Criador. Se a religião é sustentadora da vida em seu meio religioso, a ética entra como um aditivo nos dogmas ou leis religiosas renovando-as, aceitando a comunhão de pessoas do mesmo sexo desde que seja mantido os príncipios humanos exigido para constituir um relacionamento calcado no respeito, na fidelidade, na compreensão, no companherismo, etc. Príncipio esse que constitui uma união sólida e equilibrada. Porém isto está muito longe de acontecer, pois o respeito pela natureza do ser é deixado de lado em favor de uma conversão calcada em príncipios religiosos arcaicos. Resultado: pedofilia, aborto em nome do voto de castidade pois mata-se a vida em nome de uma regra(dogma) religioso. A Umbanda é a única e isso posso afirmar com toda a certeza, que aceita como seguidores, fiéis, religiosos e sarcedotes, as pessoas homosexuais, exigindo deles e não só deles e sim de todos os seus seguidores e fiéis sem distinção que sejam virtuosos, que tenham caráter e que vivam suas vidas de uma forma equilibrada e ordenada e em acordo aos príncipios éticos e morais que exigem Olorum e os Sagrados Orixás, tendo como base e príncipios essas regras inalteráveis, a, Fé, a bondade, a tolerância, o respeito, a caridade pura e gratuita, não exigindo mais nada, somente o respeito em aceitar a maneira e forma de ser e professar nossa religião. Orgulhe-se de vossa religião de Umbanda, pois ela originou-se do preconceito onde espíritos de negros e índios não poderíam se manifestar, pois eram espíritos inferiores, beirando um holocausto espiritual, ou seja morte (anulação) a manifestação de raças inferiores, paciência! Orgulhe-se de vossa religião de umbanda, pois espíritos excelsos e de muita luz cuja indentidade particular foi anulada para integrar-se a um poder maior e a uma identidade divina, baixa suas vibrações para poderem manifestar-se em seu médium e assim por amor a humanidade, através de uma palavra de Fé, carinho e esclarecimento, aceleram e amparam a nossa evolução para que num dia abençoado possamos também estar junto deles voltados para o amparo e a evolução da humanidade. Orgulhe-se de vossa religião de Umbanda, pois outra igual não há, pois as linhas de trabalhos erigidas com o nome de preto-velho, caboclo, baiano, boiadeiro, marinheiro, exu e pomba-gira, são graus e patentes onde manifestam-se espíritos de tudo quanto é tipo de cultura, cor, raça e religiões, não restringindo a nada e ninguém, pois aqueles que querem servir a Umbanda devem aceitar e seguir dois dos maiores mandamentos: a Umbanda é a manifestação do espírito para caridade gratuita, pois o que receberam de graça, de graça doarão, pois assim como o amor, quanto mais se doa mais se multiplica, e o outro mandamento é com os espíritos mais evoluídos aprenderemos, aos menos evoluídos ensinaremos e a nenhum espírito encarnado ou desencarnado renegaremos. É isso irmãos, a Umbanda não renega ninguém, a Umbanda acolhe aquele que quer se iniciar nela não exigindo mais que fé, amor, respeito e uma reforma íntima e uma vida em acordo com os príncipios éticos e morais em acordo com príncipios divinamente humanos e humanamente divinos. Pois se assim é a Umbanda assim são os umbandistas, pois a religião é algo abstrato, que existe, porém existe como a manifestação de sentimentos que não podemos vê-los, sabemos que existe. Se a Umbanda é vista como tolerante e sem nenhum tipo de preconceito, é porque seus adeptos refletem essa verdade em suas atitudes, Se a Umbanda é vista como uma religião politizada, é porque os umbandistas são atualizados segundo as leis que amparam nossa liberdade de culto. Para a Umbanda ser vista como uma religião generosa, amorosa, caridosa e elucidativa, assim devem ser os praticantes e médiuns de Umbanda. Para a Umbanda ser vista como uma religião com base teológica fundamentada em sua liturgia e culto, assim deveram ser os umbandistas que através de conhecimentos pertinentes a sua liturgia, elucidarão aqueles que até eles se achegarem curiosos para conhecerem a sua religião. Ou seja, para que a umbanda cresça como uma árvore frondosa deverá ter raízes fortes calcadas na força da fé, no esclarecimento do conhecimento que devera ser aplicados sempre com sabedoria e humildade. Umbandistas sejam virtuosos, sejam conhecedores, sejam humildes para que a vossa religião seja a expansão e a expressão daquilo que habita em seu templo mais intimo que é onde Deus (Olorum) habita e se expande através da sua religião. Você umbandista é o principio e a Umbanda é a causa de suas ações, pois ela reflete o que do seu corpo religioso dimana, você é a energia, ela é a lâmpada que acende, e se você se mostrar fraco, fraca será sua luz, pois da vida e obra do mestre Jesus gerou-se o Cristianismo, ou seja da virtude do mestre nasceu uma religião e dependerá dos cristãos que essa luz se mantenha acesa. Pois da mesma forma, foi da vida e obra de Pai Zélio Fernandino de Moraes e do Caboclo das Sete Encruzilhadas que nasceu uma religião que é pura luz e sua luz dependerá das atitudes virtuosas de seu corpo religioso, pois a base já foi solidificada, porém deverá ser regada como gotas de virtudes para que assim sua estrutura mantenha-se viva e sólida. Pois Deus está em tudo e em todos, pois ele é a base de tudo e todos, Ele está no príncipio, meio e fim, pois o fim de todos nós e vivermos em Deus, já como seres despertos em todos os sentidos virtuosos e humanos, pois saibam que Deus está em tudo e Ele é a base de todas as religiões, não importando o nome que se dá a Ele, (Olorum, Zeus, Iave, Jeova, Alah, Brama, Jah, etc). Saibam que em verdade não existe religião politeísta ou seja formada por vários deuses, o que existe é Um Deus supremo e a sua corte divina para auxiliá-lo, ou seja todas possui um Deus supremo que criou tudo e todos e sua corte de seres divinos tais como: Orixás, Anjos, Arcanjos, Devas, Querubins, Tronos, Potestades, Potência, Cupido, Santos, etc. O que existe por de traz dessa história de politeísmo, ou vários deuses é a luta religiosa pelo poder, em dizer que meu Deus esse ou meu Deus aquele é unico e não pode existir dois Deuses etc, pois quando alguém diz que sua religião é a unica que salva, que só ela é o caminho, etc, está jogando a todas nas valas comuns da intolerância.