Etica e Politica no Brasil: Da colonização a atualidade

Por elisangela bento de souza | 30/01/2018 | Educação

Elisângela Bento de Souza¹
Jonas Gerá Bindaco²

Resumo

Este artigo apresenta a política e a ética, de maneira engendrada à política brasileira, suas ações democráticas e não democráticas, como forma de reflexão, a partir do surgimento filosófico grego dos termos política e ética e seus adendos, o caminho traçado até a modernidade e as desconstruções causadas pela mesma na política, que impactou pela troca de sentidos e maneiras de agir, substituindo a ética pelo poder, utilizando-se dele, com gozo e potência, por sua composição ser sucinta e delicada. O pensamento de Michel Foucault definiu o poder, suas dimensões e formas de ação, seguido por Pelbárt e Paulo Freire, abordam com clareza as questões políticas atuais e da colonização brasileira. Como potências, as ações mais humanas e democráticas focadas no futuro, modelam o homem atual, como um integrante da democracia e agente ativo e não passivo da caminhada política, ética e democrática brasileira. Palavras-chave: Política. Poder. Ética.

2 Introdução

O sonho de uma sociedade transparente, ao mesmo tempo visível e legível em cada uma de suas partes; que não haja mais nela zonas obscuras, zonas reguladas pelos privilégios do poder real, pelas prerrogativas de tal ou tal corpo ou pela desordem; que cada um, do lugar que ocupa, possa ver o conjunto da sociedade; que os corações se comuniquem uns com os outros, que os olhares não encontrem mais obstáculos, que a opinião reine, a de cada um sobre cada um (FOUCAULT, 2001, p. 118). O explanar da política e da ética no contexto brasileiro, se declina sobre a história, brevemente pelo surgimento da ética e da política pelo viés da filosofia grega, sua transmissão de pensamentos, valores e formas de ação, ilustrando as definições sucintas sobre a ética e a moral, suas contribuições para o crescimento e organização dos processos humanitários e da humanidade. Aclara a política e sua função, através da ética para a promoção de qualidade de vida para as populações, seja pelo planejamento ou pela execução dos projetos e das políticas públicas em pequena, média e grande escala (ALLES, 2014), em beneficio do bem comum, em favor de todos e para todos. A problemática se forma com o surgimento da modernidade, época que marcou pelos avanços, na política, porém, o caminho foi inverso, a via tomada foi o rompimento com a tradição da política trazida pela filosofia grego romana, logo, a política e a ética passaram a existir distintamente e a política não mais se obriga a cumprir com os princípios éticos, dessa forma, a adesão pelo poder foi mais produtiva e forte. O poder definido por Foucault, sem repressões físicas, que se promove do interior para o exterior, desencadeando o silencio do povo e o sobrevivencialismo, salientando as características da sociedade objeto, levada pela minoria enriquecida que comanda a política e consequentemente o país (FREIRE, 1980), que desencadeia inúmeras ações, inclusive o inverso do esperado da ação política, o escolher do ego, ações beneficentes a poucos, ou a um, ignorando a população e as regras e normas estabelecidas. Assim, não mais um espaço de discussão e construção do que é fundamental e comum a todos, ou o exercício pleno da democracia, para o bem comum, não mais um espaço de ação para o bem coletivo, e sim uma máscara, uma justificativa, com as práticas divergentes e infundadas, que visam ações individualistas e egocêntricas (KINN, 2016). 3 Abordado o tema do poder e da política moderna, as expressões da livre escolha, pelo que não é ético e democrático na política, em virtude do poder, do ter e do ser, na realidade brasileira, os temas da colonização, as heranças e os efeitos dela na população brasileira são delimitados não como justificativa, sim como fato histórico, constituinte das características da população, das ações, das escolhas, das características, da ‘não democracia’ e da execução da política, como se ainda fosse necessário o envio dos bens para o exterior e enriquecimento de poucos. Novas ações foram forjadas, como o paternalismo, o assistencialismo, os mitos, a paralisação das massas pela minoria, entre outras, que perduram até a atualidade, com muito mais força e menos descrição. Mesmo com as ações pautadas a existência de um novo fazer político democrático pode ser possível, pela elevação do homem em relação às escolhas ditas racionais, sendo capaz de integra-se a política e promover a democracia, a logo prazo, com previsões futuras. O trabalho empírico consistiu em um levantamento dos resumos de teses e dissertações da produção sobre ética, política e filosofia, por meio da utilização de palavras-chaves consultando uma por uma as produções disponíveis. As expressões de busca utilizadas foram: poder, política, filosofia, política e democracia no Brasil. A metodologia adotada procurou articular analises extensivas e intensivas, com métodos quantitativos de resumos existentes. Com esses dados foi possível o encontro de variáveis com naturezas acadêmicas sobre esta temática. O contexto bibliográfico permitiu-nos definir os principais temas pesquisados na área política, ética, filosofia e o Brasil, contextualizando e qualificando-os historicamente, socialmente e filosoficamente.

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