Ètica ambiental

Por fernanda alves pires | 08/07/2012 | Ambiental

Ética ambiental

Fernanda Alves Pires

Resumo

 O trabalho tem como objetivo analisar a questão ética na problematização ambiental, na tentativa de compreender a relação do homem com a natureza visando unicamente à conservação da vida global.

Palavras-chave: Ética Ambiental, Educação, Meio Ambiente.

Abstract

 The work aims to analyze the ethical issue in the problematic environment in an attempt to understand the relationship of man with nature and merely involves the conservation of global life.

Keywords: Environmental Ethics, Education, Environment.

1- Introdução

A palavra ética vem do grego ETHOS que significa: modo de ser, caráter enquanto forma de vida do homem. 

Ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. É uma ciência, pois tem objeto próprio, leis próprias e método próprio, na singela identificação do caráter científico  de um determinado ramo da sociedade. O objeto da ética é a moral (NALINI,2009).

Ética ambiental é o comportamento do homem em relação ao meio ambiente; é ter consciência antes de agredir a natureza e saber utilizar os nossos recursos naturais. O ser humano precisa respeitar os limites do planeta adotando uma postura mais consciente a respeito do futuro das próximas gerações.

Educação ambiental consiste em ensinar a forma correta de se relacionar com o meio em que se vive, ou seja, a ética é decorrente da conscientização, foco da educação que transmite conhecimento e incentiva a prática de atos que valorizam a vida.

A deficiência na educação é um dos grandes problemas enfrentados pela humanidade.

A ética ambiental é uma nova filosofia de vida, pois, através desse processo de aprendizado, as pessoas não estão apenas respeitando a natureza, estão dando oportunidade de melhores condições de vida ás gerações futuras.

A pesquisa tem como finalidade refletir acerca dos problemas ambientais e na relação conflitante entre o homem e a natureza.

2- Os princípios da ética ambiental

A ética ambiental é embasada em três princípios fundamentais: alteridade, cuidado e responsabilidade.

A alteridade significa que todo homem social interage e interdepende do outro. È uma ligação da natureza com os todos os seres que ali habitam, é uma proposta que visa aprimorar o conhecimento à respeito da vida no planeta e incentivar as pessoas a trabalharem de forma consciente e coletiva, respeitando a individualidade de cada um, porém seguindo o princípio de que cada ser, representa uma parte do que você é. È uma relação mútua de companheirismo, que faz com que a natureza esteja ligada a tudo que afeta a nossa vida de forma significativa.

O princípio do cuidado é um dos pilares da ética ambiental, porque zelar pelo que é nosso é o ponto crucial da valorização e preservação do meio ambiente. O saber cuidar está relacionado com o princípio da alteridade, pois é impossível cuidar sem se preocupar com o outro. Cuidar é trabalhar em perfeita harmonia com o meio ambiente, é entender de forma sistemática que só através desse cuidado que haverá vida no futuro.

O princípio da responsabilidade é simplesmente agir com responsabilidade, é ser responsável pela existência da vida no futuro. É comprometer-se com a qualidade de vida das pessoas.

São princípios que norteiam a preservação ambiental, é um estudo utilizado para diminuir os problemas causados pela falta de consciência das pessoas que insistem em tratar a natureza como “mercado” e lucratividade, em uma época em que os recursos naturais estão cada dia mais escassos. A vontade constante de se obter lucro sem se preocupar com as consequências futuras, faz com que haja uma destruição incessante ao nosso meio natural e desprotegido.

Não há quem emita a fatura em nome da natureza. Mas se ela cobrasse pelos serviços prestados ao homem, não haveria quem conseguisse pagá-la (NALINI,2009).

A ecologia pode ser lucrativa e ao mesmo tempo não causar danos ao meio ambiente aplicando o princípio da responsabilidade, ou seja, é possível ganhar dinheiro com a natureza, desde que haja responsabilidade social. A empresa além de se preocupar com a alta lucratividade precisa rever novos conceitos e devolver esse lucro à natureza, investindo em projetos que visam o reflorestamento, desenvolvimento sustentável, reciclagem.

3- Questões ambientais emergentes e urgentes

Desde os primórdios da cultura da cana-de-açúcar, percebem-se agressões cruéis praticadas contra a natureza, pois a colheita é feita mediante queimadas, e hoje em pleno ano de 2012 ainda se encontram usinas que não investiram em mecanização e consequentemente seus resultados não são favoráveis ao meio ambiente.

O etanol, apontado como a “salvação do planeta” é a base da lucratividade e também da irresponsabilidade em não se adequar essa expectativa de crescimento a um trabalho consciente voltado para preservação ambiental e para dignidade humana das pessoas que são submetidas a condições desumanas de trabalho escravo.

A Amazônia também é um perigo iminente, já que são vários os problemas enfrentados por uma floresta rica em biodiversidade, porém com uma vasta área de devastação originária de queimadas, incêndios e mineração.

Destacar quais são as questões ambientais emergentes e urgentes diante de tantos problemas causados pela falta de consciência das pessoas é uma tarefa muito difícil, porém, é muito mais fácil aperfeiçoar a educação, tendo ética para discernir o certo do errado e prevenir os males que causam danos irreversíveis no futuro.

A natureza tem direitos que devem ser assegurados pela humanidade, as agressões ao Meio Ambiente são contempladas pela Constituição da República Federativa do Brasil, artigo 225:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

As leis são criadas com o intuito de fazer com que as pessoas repensem certas atitudes antes de cometê-las, porque proteger o que é nosso não é uma obrigação apenas de entidades governamentais, é dever da própria população atuar de forma coerente, diante de problemas que afetam todos de maneira igual, independente de crença, raça ou classe social. É um problema que exige cuidados porque as consequências são drásticas.

O meio ambiente é um local de adaptação, não de transformação.

4- Considerações finais

A maioria dos problemas brasileiros são decorrentes de uma educação deficiente, pois uma pessoa instruída reconhece e valoriza a natureza.

Dois grandes aspectos foram avaliados: Ações governamentais e responsabilidade da coletividade, e analisando esses pontos relevantes do trabalho, cheguei à conclusão de que não existe plano sem execução, ou seja, de nada adianta se o governo amplia os projetos de preservação e reestruturação ambiental, se as pessoas não têm “Educação” para entender que a “Ética Ambiental” deve fazer parte da nossa realidade, se conscientizando dos problemas decorrentes de um ambiente desvalorizado.

Sobre a contribuição da pesquisa, entendo que se deu devido ao alerta de acontecimentos de fenômenos naturais consequentes de agressões severas ao meio ambiente provocadas por pessoas que não tiveram uma “Educação” que realmente contribuísse de forma significativa para construção da “Ética Ambiental”.

5-Referências bibliográficas

NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. 7ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.

NALINI, José Renato. Ética Ambiental. 3ª ed.

Campinas: Millennium, 2003. 376 p.

GRUN, Mauro. Ética e educação ambiental a conexão necessária. 11ªed.Campinas: Papirus,2007.

H.S.PEREIRA, Pedro (2009).Três princípios da ética ambiental. Acedido em 25/06/2012, em http://jusvi.com/artigos/41168/2

SILVEIRA, Antônio (2009). Homem-natureza: a nova relação ética. Acedido em 25/06/2012 em http://www.aultimaarcadenoe.com.br/homem-natureza/