Etanol, Agricultura E O Futuro Do Brasil
Por Natalie Bedacht | 22/10/2007 | AdmNo século XX a energia se transformou na quinta necessidade humana juntamente com o ar, água, alimento e abrigo. O Brasil – a nação com 23 por cento da terra arável do mundo — está se preparando para atender a nossa crescente necessidade de energia e de alimento na medida em que trabalha para se tornar o primeiro produtor do mundo de etanol e comida.
O clima generoso do Brasil e mais de 884 milhões de alqueires em potencial de terra cultivável fornece as condições ideais para que o país venha a ser a superpotência mundial no fornecimento de alimento e de energia. As melhorias na infra-estrutura estão facilitando o acesso das multinacionais ao excelente mercado agrícola brasileiro. Atualmente, dois produtos - etanol e alimentos — estão impulsionando a taxa de crescimento a longo prazo do Brasil. O Brasil fornece produtos alimentícios a quase todos os países do mundo, e o etanol proveniente da cana-de-açúcar apresenta uma alternativa viável à dependência do petróleo. De fato, o Brasil está no seu caminho da independência energética e logo se tornará num exportador de energia.
Os vastos pedaços de terra disponíveis são o resultado de uma pequena concentração da população no campo, e por esta mesma razão a maior parte das terras permanece não são utilizadas . Cento e oito milhões de alqueires são atualmente cultivados, o que deixa um impressionante 383 milhões de alqueires de pastos, arbusto e pastagem disponíveis para o cultivo.
O plantio de cana-de-açúcar representaria certamente um uso sábio destas terras. Nos últimos anos, o governo dos Estados Unidos vem contribuindo com iniciativas que buscam a redução da dependência Americana do petróleo estrangeiro. O etanol tem sido um fator chave nesta estratégia. O governo tem altas expectativas para o etanol, isso fica evidente pelos subsídios agrícolas de vários bilhões de dólares que já subiram para aproximadamente $1.21 dólares por galão. Mas o etanol derivado do milho nos Estados Unidos representa de fato um processo negativo de energia, significando que ele requer mais energia para cultivar e converter o milho em etanol do que se simplesmente o petróleo fosse utilizado. Cada 100 unidades de energia dedicada ao cultivo de milho para o etanol resulta em apenas 70 unidades de energia à base de etanol. O uso de energia adicional para produzir o etanol vem de combustíveis derivados do petróleo, o que causa uma dependência ainda mais alta no petróleo. Ao somar o custo dos subsídios dedicados a este processo ineficiente, o etanol acaba custando $132.37 dólares por barril, mais do que 50 dólares a mais do maior preço registrado do barril de petróleo. Além disso, o uso de milho na produção de etanol em vez da comida levantou os preços dos alimentos básicos em até 300 por cento em algumas partes do mundo. Os proponentes do programa de etanol afirmam que o processo ficará mais eficiente com o tempo. Na realidade, a única coisa que o programa de etanol americano faz é utilizar onze alqueires de milho para encher um tanque único de gasolina durante um ano ao invés de alimentar uma família de sete pessoas durante o mesmo período.
Ao contrário do etanol à base de milho tão proeminente nos Estados Unidos, o etanol brasileiro a base da cana-de-açúcar representa uma a energia positiva. O processo brasileiro de produção do etanol é de muito menor impacto do que o utilizado nos Estados Unidos. A diferença é tão dramática que um galão de combustível a base de petróleo usado no cultivo da cana-de-açúcar resulta em 3.7 galões de etanol. O processo é de fato tão eficiente que o etanol pode ser exportado para os Estados Unidos a $1.56 dólares por galão (levando-se em conta o transporte e a eficiência do etanol comparado com a gasolina). No momento atual, contudo, os Estados Unidos têm em vigor uma tarifa proibitivamente alta de U$0.545 por galão em cima do etanol estrangeiro que inclui o etanol brasileiro. Este imposto exorbitante impede que os consumidores Americanos tenham acesso à fonte de energia alternativa que poderia realmente quebrar a dependência do petróleo do Oriente Médio.
Este imposto é o resultado de poderosos lobbys e dos esforços estritos de vários parlamentares que querem o mercado para eles e que impedem a competição e a entrada do etanol brasileiro nos Estados Unidos. Em um futuro próximo, porém, esta posição se tornará indefensável e os Estados Unidos terão que revogar ou modificar radicalmente a sua tarifa sobre o etanol. Quando isso acontecer, a indústria brasileira de etanol terá amadurecido, e o país estará pronto para exportar a preços ainda mais vantajosos.
Este potencial de crescimento é assombroso, pois atualmente o Brasil produz apenas 1/50 da sua capacidade potencial de produção de etanol . Isto resulta em 4.4 bilhões de galões de etanol, oriundos de aproximadamente metade da safra de cana-de-açúcar. Se você considerar que um alqueire pode produzir aproximadamente 615 galões de etanol, o investimento e cultivo apropriado dos 383 milhões de alqueires não cultivados no Brasil significa que o Brasil tem o potencial para produzir 5.2 bilhões de barris de etanol por ano. Com 14.25 milhões de barris por dia, isto tornará o Brasil o produtor principal da energia do futuro, excedendo até o nível de produção de petróleo da Arábia Saudita.
Para satisfazer estes resultados em potencial e a exigência mundial, o setor agrícola deverá crescer sete vezes e meio a mais durante as três próximas décadas, até que toda a terra acessível seja adequadamente utilizada. A necessidade resultante precipitará em uma das maiores corridas corporativas de compra de terra no mundo, na medida que as principais companhias de energia e agricultura brigam pelo controle sobre este mercado exportador energético e agrícola de $238 bilhões de dólares. A economia do Brasil subirá rapidamente com base neste desenvolvimento agrícola, crescendo da décima posição para a da quinta maior economia.
Michael Greene, principal executivo do Brazil Property Group (BPG), diz que recebeu várias perguntas e propostas de investidores estrangeiros que desejam entrar no mercado de terra brasileiro.
“Com um alqueire custando atualmente algo em torno de até $30 dólares em certas áreas, o retorno em potencial de se investir cedo é assombroso,” Greene diz. “O Brasil está equilibradamente posicionado na beira de um grande desenvolvimento.”
Para maiores informações, contate Michael Greene do Brazil Property Group , uma empresa imobiliária e de consultoria que tem mais de 400 grandes fazendas e várias propriedades comerciais de etanol a venda no web site www.brazilpropertygroup.com.